sábado, 28 de janeiro de 2012

Mr. Gomelli em... "Quem quer ser um milionário"

O título desse texto faz referência ao pensamento que tive ao chegar em "casa" na última terça-feira. Sim, pois parecia que tinha entrado dentro do filme "Quem quer ser um milionário". Isso pelo simples motivo da casa ter sido "invadida" por um monte de indianos. Sim né, como se já não bastasse a excentricidade do dono da casa, um músico, de cabelos brancos, que deve ter seus 50 anos e atende pela alcunha de "Maninho". Figuraça!

Pois bem, acontece que o local onde eu estou "morando" temporariamente é uma casa que é tipo uma pensão. Então, o dono acaba recebendo de tempos em tempos um pessoal da Índia. E foi isso que aconteceu mais uma vez essa semana.

Quando cheguei em "casa' na noite de terça-feira, a cozinha parecia uma rua de Nova Déli. Eram seis indianos, mas pelo tanto que falavam e pela velocidade da conversa, naquele idioma pra lá de esquisito, parecia que tinha uns 120 indianos na cozinha... hahaha

Em um primeiro momento, como um verdadeiro xucro da campanha, tratei de ficar pelo meu quarto. Mas algumas horas mais tarde, acabei indo à cozinha novamente. Eles estavam jantando e aí descobri que um deles fala português.

Bom, aí meu lado jornalista falou mais alto e eu puxei conversa pra matar minha curiosidade. Afinal, o que faziam aqui? Como vieram parar? Todos falam português? Como eram as coisas na Índia? Entre outras tantas perguntas.

E foi interessante. Ele contou que trabalha pra uma empresa da Índia, mas aqui no Brasil, o que faz com que esteja por aqui há 10 anos já. Os outros, porém, todos estão aqui pela primeira vez e não falam português. Isso rendeu algumas cenas engraçadas durante a semana, pois o único que falava português não ficou aqui na casa. Ele e o sobrinho dele, outro que "arranhava" algo no nosso idioma, foram pra outro local, deixando aqui os outros quatro que não falam nadica de nada em português.

Bom, o resto da semana foi meio que de descobertas. Por exemplo, a comida deles tem muita pimenta. Sério, TUDO leva pimenta, MUITA pimenta. Outra coisa interessante, eles não comem carne de porco, mas carne de gado está liberada. Eu, no auge da minha ignorância, por já ter ouvido falar tantas vezes sobre as vacas que são sagradas na Índia, achava que não comiam carne de rês. Mas eles comem sim. Só não podem matar, pois isso é pecado, afinal, lá o bicho é sagrado... hehe.

Mas o fato relacionado à comida que mais me chamou a atenção foi o de que eles comem com as mãos. Ou melhor, com A mão. Sim, pois é pecado sujar a mão esquerda, então eles usam apenas a direita. Tem até uma manha com o dedão pra jogar a comida pra dentro da boca, mas não tenho como mostrar agora pra vocês. E é estranho ver eles metendo a mão no prato cheio de comida, misturando tudo e levando à boca.

Uma coisa que me incomodou, talvez a única, já que a gurizada é bem tranquila, foi o "lago" que eles deixam no banheiro a cada banho. Eles simplesmente alagam todo o banheiro. Vira uma piscina. Não sei como conseguem.

Algo muito hilário é ouvir eles conversando. Eles falam MUITO rápido... é muito engraçado.

Na quinta-feira, um dos que falam português esteve aqui à noite. Primeira coisa a se considerar sobre ele: é a cara do protagonista de "Quem quer ser um milionário" (foto). Impressionante! 
Pois bem, conversando com ele, descobri que os outros não gostavam de ter que cozinhar todo dia. Sim, pois segundo ele, na Índia, a parte da cozinha, da casa como um todo, ainda é uma tarefa única e exclusivamente feminina. Ou seja, eles não estavam acostumados a ter que cozinhar. Ficavam um tempo em volta das panelas naquele falatório medonho. Era visível que discutiam o que e como fazer... hehe.

Mas a melhor cena da "semana indiana" aqui foi na noite dessa sexta-feira. Eles queriam ligar para um número de Brasília e pediram ajuda pra descobrir o DDD. Só que, obviamente, eles falando o idioma deles e eu o nosso, não deu muito certo. Eis que lembramos do inglês. Sim, não sei quem era pior no inglês, eu ou eles... hahahaha.

Foi um tal de "code" pra cá, "i don't know" pra lá, mas no fim conseguimos nos entender. E tudo terminou com um "thanks" e um "relax man"... hahahaha. Ah, e eles conseguiram fazer a ligação. Esse episódio me ajudou a descobrir que apesar da precariedade do meu inglês, eu consigo me comunicar razoavelmente no idioma. 

Enfim, poderia ficar puxando na memória mais coisas interessantes e estranhas sobre os indianos, mas acho que esse texto já ficou muito longo. E sabemos que os leitores não gostam de textos longos... hehe

Apesar dos pesares, foi interessante passar esses dias na convivência de um pessoal com a cultura tão diferente. Mesmo que não tenhamos nos comunicado tanto, observar certos hábitos deles foi legal. Mas o que mais me chamou a atenção mesmo foi ver eles comendo com as mãos e, lógico, o idioma.

Então era isso amigos.

Até a próxima! o/

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Eu voltei! (por enquanto)

Nove meses. Nove longos meses. Esse foi o período que fiquei fora do Jornalismo. E nunca pensei que fosse sentir tanta falta disso. 

Não é que eu não goste da profissão, mas pensei que não fosse fazer tanta diferença atuar ou não, no Jornalismo. Ledo engano. E foi hoje, quando eu efetivamente voltei a atuar, que vi o quanto gosto disso, o quanto fez falta.

Depois de nove meses, hoje eu peguei a câmera do jornal, meu bloquinho, uma caneta e saí para fazer uma reportagem. Foi muito legal a sensação que senti quando voltei à ativa, efetivamente. Fiquei feliz.

Sei que nem sempre vai ser fácil. Já vivi por dois anos essa rotina. Tem vezes que os entrevistados não colaboram, ou outros fatores atrapalham. Mas hoje, no meu retorno, eu me senti muito feliz. Entrevistar, fotografar, conversar com as pessoas e contar a história proposta, foi satisfatório.

Confesso que a "ferrugem" atrapalhou um pouco. Não tanto na conversa, na coleta de informações, de dados para compor a matéria, mas a redação em si foi mais complicada. Dei uma "travada" básica, mas no fim, saiu a matéria.

É interessante como a gente pode ser surpreendido por essas sensações. A vida tem disso. Muitas vezes não damos tanta importância a certas atividades ou momentos e são esses que acabam nos trazendo alegria. Mas lógico que é uma surpresa boa. O problema é quando nos enchemos de expectativa por algo e acabamos nos decepcionando. Infelizmente, acontece muito também.

Mas alegrias e decepções fazem parte da vida. Resta saber como vamos nos comportar diante delas. Eu já escrevi algumas vezes aqui que o ser humano tem essa mania de ficar se lamentando muito pelas coisas ruins e esquece de valorizar as coisas boas que acontecem ao mesmo tempo. Sim, porque na vida é assim. Coisas boas e ruins podem ocorrer simultaneamente. O erro está em dar "importância" apenas para as ruins e ficar se lamentando por elas.

Por isso, também, estou escrevendo esse texto. Como uma forma de exercitar o hábito de valorizar as coisas boas que acontecem comigo. Tive coisas ruins nesses dias também, mas deixa elas pra lá, que logo se resolvem.

Buenas... por enquanto era isso. Logo, logo volto para contar um pouco mais sobre a nova cidade. Já é a 6ª e é diferente de todas as outras... hehe. Normal, cada lugar tem suas peculiaridades. Enfim...

Até a próxima, pessoal.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Uma história de amor moderna...

O mundo havia parado. Pelo menos era isso que ele sentia naquele momento. Como se os minutos não passassem, como se estivessem envoltos em uma camada que os separava do restante de vida que existia ao redor.

Olhando em seus olhos, olhos cor de mel, ou apenas olhos de mel, como sempre dizia, ele pronunciou as três palavras.

- Eu te Amo!

Ela sorriu. Um misto de timidez e felicidade. Pelo menos foi assim que ele interpretou a reação de sua amada.

A jovem desviou por alguns segundos seu olhar. Quando voltou a olhar para ele, exibia o mais lindo sorriso. Ah, como ele adorava aquele sorriso.

Mas em poucos segundos o belo sorriso se transformou em uma gargalhada em alto e bom som, chamando a atenção dos que estavam a sua volta. Ele ficou assustado, mas pouco depois, ao ouvir o que ela tinha a dizer, ficou mesmo foi envergonhado.

- Mas que isso? Você tá louco? Hahahahaha...

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Passeio de domingo: Redenção - Poa

Eu já escrevi aqui no blog, em outras oportunidades, o quanto eu gosto de Porto Alegre. Não sei explicar direito o porquê disso, só sei que sou meio fascinado pela cidade. E no último final de semana eu pude passar mais alguns bons momentos na capital gaúcha. Momentos esses que só me fizeram gostar mais ainda do lugar.

A visita à capital do estado foi mais uma vez devido a um concurso. Só que dessa vez, devido a um compromisso na região, na segunda-feira, acabei ficando por lá no domingo e começo da própria segunda. Assim, pude curtir alguns bons momentos na cidade, como uma atividade bem comum para os moradores de Poa.

Na tarde de domingo fui com amigos ao Parque Farroupilha, ou como é chamado, a Redenção. O lugar é legal. Para quem já conhece a mais tempo, ou mora em Poa e está acostumado a visitar o local, isso que escrevo aqui parece meio bobo, mas para mim, que não tinha feito o passeio ainda, foi algo a ser registrado.



A redenção é um parque bastante grande e até que tem uma estrutura bem organizadinha para receber os visitantes. E foi o que aconteceu no último domingo. Com a volta do sol, após alguns  dias de chuva, o pessoal se mandou para a "Redença". Era gente caminhando, andando de bicicleta, aproveitando pra pegar um sol, ou ainda recostado em uma sombrinha na grama ao redor do parque. Outros passeavam com os filhos, muitos levaram os cachorros para passear, e quase todos com o bom e velho chimarrão.


Toda essa mistura rendeu ainda algumas "cenas" interessantes e muito engraçadas, como o gurizinho vestido de "Superman' que corria pelo parque com os braços estendidos, como se voasse, e um cusco "enlouquecido" correndo atrás das pombas... hehehe (pena que não peguei fotos disso).

Outra coisa que achei legal no passeio foi o fato de ter achado o lugar muito bom para refletir. Em pouco mais de uma hora lá, fosse caminhando pelo parque ou sentado em um dos banquinhos, minha mente trabalhou bastante, os pensamentos fluíram bastante. E gosto de lugares assim. Com certeza é um ótimo lugar para refletir, pensar na vida, etc.


Tentei registrar o passeio, mas como vocês puderam ver, as fotos não ficaram das melhores... sabe como é né... foto de celular, tirei elas enquanto caminhava... hehehe... o que vale é a intenção! =)

Mas se clicarem nelas e ampliarem, já melhora um pouco mais a visualização!

Enfim. Se você mora em Porto Alegre ou não mora, mas já foi alguma vez na Redenção, pode ter achado o texto bem besta, mas como já disse antes, precisava relatar a minha impressão, que foi muito boa. Para quem não conhece e tiver a oportunidade de ir a Porto Alegre, sugiro que faça o passeio. Acho que vão gostar.

Até a próxima!

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Troca de Turno

- Eita... finalmente acabou... já tava esgotado!

- Ah pára que você cansou tanto assim?

- Cara, você não imagina a loucura que tá lá fora...

- Mas o que pode ter de tão ruim assim? É sempre a mesma coisa... pelo menos foi o que eu sempre ouvi...

- Pois é, pois é... também pensava isso, mas vi que não é bem assim...

- Ihh... não vem querendo me assustar que já tá quase na hora de eu entrar.

- Então te prepara amigão... hehehe

- Mas e me diz uma coisa: tá muito quente?

- Depende do lugar né...

- Hum... por via das dúvidas vou levando roupa pra todas as estações.

- Ótima ideia!

- Mas vem cá hein... você não saiu meio cedo demais, não?!?

- Ah cara... ninguém tava me dando bola mais não... só falam em você... resolvi me mandar logo de vez... por falar nisso... tão te chamando oh.

- É... tenho ouvido muito isso faz uns dias já. É pedido de dinheiro pra cá, de amor pra lá... já to de saco cheio... eles acham que eu vou resolver tudo!?! Fazer um esforço pelas mudanças nem pensar né... eu que tenho que resolver...

- Ah, mas nem esquenta. É só no começo que é assim... depois eles te deixam quieto e o tempo “voa”. No final, é só aguentar umas reclamações quando percebem que tu já tá quase indo embora e eles já começam a falar no próximo. Bom, pelo menos foi assim comigo... hehehe

- Tá bom, tá bom.

(Segundos de silêncio)


“10, 9, 8, 7, 6, 5...

- oh, tá na tua hora, Doze. Boa sorte!

- Valeu Onzee... bom descanso aí pra você!


O texto acima foi escrito para o desafio do Duelo de escritores.