quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O porquê de eu amar o futebol e odiar a política!

Nesta semana dois acontecimentos chamaram minha atenção, pois estavam relacionados a duas coisas que mexem bastante com as minhas emoções e de formas bem distintas. O Futebol, pois sou apaixonado pelo esporte, e a Política, que me causa grande repulsa.

Na terça-feira o Internacional, atual campeão da Libertadores da América, estreou no Mundial de Clubes da Fifa contra o desconhecido Mazembe, da República Democrática do Congo.
Estava tudo pronto para uma grande festa colorada, com uma vitória (mais que provável) e a vaga na decisão do Mundial, quando o Inter buscaria o bicampeonato mundial. Mas não foi o que aconteceu.
Em um jogo onde as principais individualidades do time colorado simplesmente não apareceram, o Inter acabou levando 2 a 0 do aplicado, porém fraco tecnicamente, time africano.

Mas por que isso fez eu gostar mais ainda de futebol? Simples!
Em que outro esporte esse tipo de resultado pode acontecer?
Eu que acompanho praticamente todas as modalidades, sei que em qualquer outro esporte, é praticamente impossível o melhor time ser surpreendido de tal forma. No basquete, no vôlei, no tênis, no handebol, enfim, em qualquer outra modalidade, o time mais forte vence, mesmo com o maior nível de superação possível, dos mais fracos.
Mas no futebol não. Neste esporte que encanta e até enlouquece milhões e milhões de pessoas ao redor do planeta, uma equipe mais fraca pode sim se superar e protagonizar jornadas épicas como essa que o Mazembe realizou na terça-feira. E é exatamente isso que encanta os amantes do futebol. Um esporte onde o trabalho coletivo, a vontade de ganhar, a concentração, a garra e a humildade costumam ser premiados. Uma modalidade onde times limitadíssimos tecnicamente podem se sobressair contra grandes equipes, graças ao empenho e à vontade de vencer.
O que não deixa de ser um ensinamento para o nosso cotidiano. Mostra que por maior que um obstáculo possa parecer, podemos sim ir em frente se nos dedicarmos e nos esforçamos para isso. Mostra que a soberba, a arrogância, a pretensão de achar que é melhor que os outros, uma hora, mais cedo ou mais tarde, vão ser cobradas. E que a humildade, é uma virtude que não deve ser abandonada jamais.
Por essas e outras, que eu amo o futebol. Surpresas e emoções como essas, nenhum outro esporte nos proporciona.


Já na quarta-feira, veio a política e colocou um pouco de gosto amargo na semana de todo o povo brasileiro. E isso ocorreu porque os nossos "queridos" políticos votaram e aprovaram, uma lei que prevê um reajuste  salarial de "apenas" 60% para eles mesmos. Vejam vocês, deputados e senadores, que ganhavam tão pouco para o ótimo trabalho que realizam (estou sendo irônico, caso não tenha dado para perceber), passarão a receber o valor de R$ 26,7 mil por mês. Nossa, eu fico até pensando como eles vão conseguir sobreviver com tão pouco (preciso explicar?).
Mas eles não foram os únicos beneficiados com a mudança. O presidente da República e os ministros também serão beneficiados. Agora, todos vão receber um valor igual ao que é pago aos ministros do Supremo Tribunal Federal.
Na votação de quarta-feira, foram 279 votos a favor do reajuste e apenas 35 contra. Além disso, a aprovação foi em caráter de urgência (por que será?!). Em números exatos, o reajuste representa um aumento de 149,5% para os ministros, que ganham pouco mais de R$ 10.7 mil. Para o presidente da República, que hoje recebe R$ 11.4 mil, foi um aumento de 133,9%. Para os parlamentares, que recebem R$ 16.5 mil, o acréscimo será de 61,8%.
E só para constar ainda, como se trata de um decreto legislativo, o texto não precisa da sanção presidencial. Os novos salários começam a valer a partir de primeiro de fevereiro do ano que vem.

Aí, quando eu digo que me recuso a participar das eleições, a perder meu tempo e votar nesses aí, o pessoal vem com aquele papinho de que tem que participar para tentar mudar esse quadro. Mas eu só digo uma coisa: isso NÃO vai mudar nunca.
Eles levam meses para votar qualquer projeto de lei que possa trazer algum benefício real para a população como um todo. Reajuste do salário mínimo então, é uma novela. E quando aprovam, não chega nem perto do percentual do reajuste que aprovaram agora para o salário deles. Vocês realmente acham que eles vão deixar isso mudar? Se a resposta for sim, me desculpem, mas como vocês são ingênuos.
Basta ver que mesmo os bons políticos (sim, eu até acredito que eles ainda existem), devem se submeter a certas "obrigações" para conseguir aprovar algum projeto de sua autoria.

Bom, vou ficando por aqui, mas antes, só para desencargo de consciência, deixo a seguir o link onde você pode conferir quem votou a favor desse reajuste e quem votou contra, entre os deputados federais. Espero que os que tiverem acesso a essa informação, marque esses nomes do qual consta ao lado a palavra "sim" e tentem lembrar (ou seria esquecer!?!) deles nas próximas eleições: http://congressoemfoco.uol.com.br/noticia.asp?cod_publicacao=35575&cod_canal=1

E por hoje era isso. Até a próxima viagem pelas ideias malucas de Mr. Gomelli. ;)

sábado, 11 de dezembro de 2010

Nada demais!

Pela milésima vez (não levem ao pé da letra né...) eu abro o blog, clico em "Nova Postagem" e fico aqui, parado na frente do computador tentando puxar um texto de algum lugar. Não que não tenha diversos assuntos interessantes por aí e coisas que eu realmente gostaria de escrever. O que acontece, é que não tenho vontade, inspiração, vontade, vontade, vontade...
Outro dia o Eduardo Ritter escreveu no blog dele (http://orebate-eduardoritter.blogspot.com) que toda pessoa que escreve, que gosta de escrever, algum dia na vida vai escrever sobre a falta de inspiração. E é verdade. Eu mesmo já escrevi sobre isso, aqui no blog. Então, para variar, este é só mais um texto repetitivo que estará em breve no blog.
Pois bem, continunando o que estava falando. A última fez que postei um texto aqui foi há mais de 20 dias e nesse período, quase todos os dias eu venho aqui, tento escrever algo e acabo desistindo. E isso me incomoda.
Me incomoda porque eu gosto de escrever, gosto de colocar minhas opiniões sobre temas que acabam fazendo parte da vida de todos, mesmo que mais ou menos, dependendo da pessoa. É uma forma de relaxar, porque  no meu trabalho eu não posso expressar minhas opiniões. Bom, pelo menos não deveria.
Aprendi na faculdade que o texto noticioso deve ser para informar e não para opinar, embora tenha lido também que por mais que a gente tente, é quase impossível  não deixar passar um pouco da nossa opinião no texto jornalístico.
Mas enfim, quando estou escrevendo para o jornal tento contar os fatos e isso não permite opinar. E aqui no blog é onde posso fazer isso, como já fiz em diversos casos, pegando até mesmo textos do jornal para sobrepor minhas ideias.
Então, o fato de estar sem escrever aqui me incomoda. Eu queria, na verdade, escrever um texto por dia, mas não consigo. Ideias não faltam, mas sim vontade de transcrevê-las. E ficar sem escrever é pior ainda porque o texto opinativo é uma forma de esvaziar meus pensamentos. Sim, porque eu penso demais, em tudo.
Até estava comentando isso agora há pouco em uma conversa no MSN. Eu penso muito em todas as ocasiões. E isso é um saco. Aí quando eu escrevo, de certa forma esvazio um pouco o estoque de pensamentos...hehe (isso ficou estranho o.O).
E vejam vocês, eu escrevi esse tanto de coisa e ainda não disse muita coisa. Estou escrevendo e ainda tentando um assunto que eu possa realmente abordar, até mesmo para dar um final decente a esse texto. Mas onde será que foram parar minhas ideias?! Vai saber...
Estão escondidas por aí, em algum lugar.
Na verdade, eu até sei onde elas podem estar. Devem estar perdidas em meio ao tanto de sono acumulado que eu tenho. Isso mesmo. Tenho dormido muito pouco. E eu sei disso, constatei isso, tentei mudar, mas não consigo.
Mas enfim...acho que já falei demais por hoje. Esse texto é mais uma forma de dizer: "sim, eu ainda estou vivo"... hehehe...
Agora vou dar uma passada em outros blogues para dar um "oi" e quem sabe nos próximos dias eu volte com um texto TEXTO mesmo. Porque esse aqui foi só uma forma de tentar quebrar esse período sem ideias. Veremos se funciona.

Até a próxima!

sábado, 20 de novembro de 2010

A emoção de ver um ex-beatle de perto!


Para quem não sabe, no dia 7 de novembro, o ex-beatle Paul McCartney esteve em Porto Alegre para uma das apresentações de sua turnê em solo brasileiro. E como era de se esperar, foi uma apresentação apoteótica, sensacional, a altura da história de Paul no mundo da música.




Mas este que vos escreve não teve o prazer de estar lá e para elucidar um pouco mais, como foi a emoção de viver aquelas horas vendo de perto um ícone da música, eu trago para vocês o texto de uma colega de trabalho. Ela teve a honra de estar no Beira-Rio e aplaudir de perto ao espetáculo proporcionado por Paul McCartney e o relato é emocionante. Quando eu li o texto, que foi publicado no Jornal das Missões (onde trabalhamos), fiquei imaginando como deve ter sido a emoção que ela passou. Ela relata no texto tudo que os Beatles representaram e ainda representam para a vida dela, assim como acontece com milhões de outras pessoas.
Além do relato em si, que é emocionante, achei excelente o texto pela importância que Paul tem para a música, uma arte que, na minha opinião, está sendo degradada por "Restarts" e "Tatis Quebra Barracos" da vida, que muita gente chama de música, mas que na minha opinião não passam de ruídos.
Então, com a permissão dela, deixo aqui para vocês o texto da minha colega de trabalho, jornalista Gilda Gonçalves Karlinski. Emocionem-se. =)

Eu fui
Por Gilda Gonçalves Karlinski - Jornalista

Impossível afirmar que era um sonho, porque a gente jamais imaginou que eles viessem. Devo começar dizendo que não fui a Porto Alegre (enfrentei solaço na fila, faltei ao trabalho) para ver Paul McCartney. Fui ao Gigante (sou Gremista) para ver The Beatles. E eles estavam lá.
A ficha ainda não caiu e acho que só vai cair quando eu folhear o álbum que estou montando com recortes de jornais que antecederam o show, o ingresso, fotos desde a chegada no estádio, reportagens pós-show, a fitinha "hyppie" que amarrei na testa, o lencinho que ensopei de lágrimas. Este tipo de álbum a gente fazia na adolescência e até os 17 anos. E o Paul, encarnando os quatro de Liverpool me fez começar outra vez. Os filhos entendem, porque cresceram me ouvindo cantar All you need is love, Let it be, Yesterday. O álbum, já combinamos, vai ser mostrado e explicado para os netos.
Eu morava em São Chico de Assis. Não tinha TV, muito pouca revista na banca pobre da praça, nem loja de discos. Era o rádio e a chegada, no verão, dos primos que moravam em Porto Alegre. A gente ficava junto todo mês de janeiro. Depois, vinham o carnaval e a praia e todos se dispersavam.O momento de abertura da mala dos primos, era mágico. A gente ficava extasiado diante da capa do último LP "deles". E então, o verão inteiro era pura emoção cujas lembranças nos embalavam o resto do ano. Até o próximo janeiro.
Nossa casa tinha uma quarto grandão separado da casa principal. Era o nosso acampamento de férias. Toca-discos elétrico com toda a coleção dos Beatles que formamos pouco a pouco, baralho de truco, futebol de botão e a turma ali reunida.
Companheiraça que entendia os amores platônicos de todos nós, orientava, cuidava e fazia chazinho para os primos e amigos, minha mãe cozinhava o verão inteiro cantando Yesterday, Michelle e outros hits sem saber absolutamente nada do que dizia. Decorava as músicas que a gente ouvia o dia inteiro no quarto-acampamento. No resto do ano, toca-discos e Beatles só aos domingos. Afinal, primeiro a obrigação (estudar, dormir cedo, estudar), depois a diversão. OK, dona Edy! Ela sofreu conosco quando a banda se desfez. Toda a turma concordou que a culpada era a japonesinha. E a partir dali, passamos a o-di-ar Yoko Ono. Mas o Lennon continuou cada vez mais como referência. Cada nova causa que ele abraçava, a gente vibrava junto. Além da cabeleira, muitos dos guris aderiram aos óculos redondinhos.
Quando a mãe soube que eu iria ao show, tenho certeza que voltou quarenta anos atrás.
E então eu comprei a fitinha para colocar na testa; comprei a camiseta que diz "Eu fui", peguei cinco lencinhos com o autógrafo do Paul, fiz horrores de fotos e gritei muito: "Eu estou aqui; Eu vim; Beatles forever, I love you. Perdi a noção da minha certidão de nascimento. Ensopei o ombro do meu irmão Marco Antônio e ele ensopou o meu ombro com todas as lágrimas na hora de Let it be e de novo com Eleanor Rigby. E de novo por Hey Jude.E ficamos assim, abraçados, sem precisar dizer uma palavra sequer. A mulher dele, a Beth, deu espaço porque também viveu tudo isso. Meu filho compreendeu e deu batidinhas de apoio no meu ombro. E ainda se prestou para fazer fotos. E durante quase três horas, eu não senti sede, não tive fome, não fui ao banheiro. Via aquele mar de gente nas arquibancadas e no gramado, com as mãos levantadas num ritmo que acompanhava o piano, a guitarra, o baixo, a bateria. E todos os quatro estavam lá. Eu não enxergava direitinho o rosto do John, do Ringo e do George, porque a gente ficou na arquibancada, bem em frente, mas longe do palco. Tinha milhares de pessoas no gramado, entre nós e o palco. No telão, eu só enxergava o Paul, porque os organizadores escolheram um telão muito estreito. Mas os quatro estavam no palco. Os quatro de Liverpool. E eu tinha 16, 17, 18 anos.
Os primos de Porto Alegre também estavam no Beira-Rio. Mas nem imagino de que lado.
E eu quero agradecer. À milha filha Ângela pelo patrocínio do show; ao meu genro Victor pela correria e o stress até conseguir o ingresso; à minha filha Giovana pela hospedagem e por suportar toda minha ansiedade pré-fila; ao meu filho Luiz por me acompanhar, me cuidar e aguentar o meu desejo compulsivo de comprar tudo: fitinha, camiseta, binóculo, picolés, água, almofadinha (só tinha do Inter!). Ao Paul, por ter cantado músicas que não são só dele. (Tudo bem que para mim faltou Across the universe and All you need is love. Mas eu lhe perdôo, Sir.) Ele pode até sofrer. Mas ele É os quatro de Liverpool. Quero agradecer ao meu marido Sergio por ter me aguentado quase um mês antes, TODAS as noites, entrar no youtube e ficar ouvindo The Beatles numa preparação espiritual para o momento mágico. Ele preferia ter ido ao Beira-Rio para ouvir Jayme Caetano Braun. Quero agradecer ao meu filho Francisco, por ter suportado não ir e se dedicar ao Trabalho de Conclusão de Curso. Afinal, primeiro a obrigação, depois a diversão.
E então: Don’t let me down, meus filhos. Guardem com carinho este álbum com recortes de jornais, lencinhos sujos de lágrimas que eu não vou lavar, o ingresso, as fotos, o papel do cachorro-quente. E contem para os filhos de vocês que a BOA música pode sim, embalar não apenas a adolescência e a juventude, mas a vida inteira de uma pessoa. E que a avó deles foi muito, muito, muito feliz por ter ouvido, ao vivo, os Beatles dizerem I love you...

domingo, 14 de novembro de 2010

Brasil: o país do... vôlei! Vôlei?

O Brasil é reconhecido no mundo todo como o "País do Futebol". E não poderia ser diferente não é mesmo?! Afinal, no esporte mais popular do planeta, a Seleção Canarinho é a maior vencedora, com cinco títulos mundiais, além de ter apresentado ao mundo gênios da bola, como Garrincha, Rivelino, Jairzinho, Gerson, Falcão, Sócrates, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, além de muitos e muitos outros, sem esquecer, obviamente, do maior de todos: o Rei Pelé. Pois bem, é fácil, dessa forma, entender porque somos assim conhecidos. Mas nos últimos anos, o esporte que vem sendo destaque no Brasil é o vôlei.


O Vôlei do Brasil se consolidou como uma potência mundial nesta década. Primeiro foi o time masculino, que sob o comando do técnico Bernardinho tem um aproveitamento espetacular. O treinador assumiu o time masculino em 2001 e fez a seleção reencontrar as grandes conquistas. De 2001 a 2006, o time comandado por Bernardinho disputou 20 competições e venceu 16, tendo ainda três vices e um 3º lugar. Ou seja, nesse período, o Brasil, quando não ganhou, esteve pelo menos no pódio. 
Depois disso, seguiu a saga de grandes conquistas. A última, foi há pouco tempo, em outubro deste ano, quando o time venceu Cuba na final do Campeonato Mundial, disputado na Itália, e conquistou o tricampeonato da competição.
E não pense você que foram campeonatos de importância questionável. A era Bernardinho nos trouxe o 2º ouro olímpico, em Atenas (2004); três títulos do Campeonato Mundial, na Argentina (2002), Japão (2006) e Itália (2010); duas copas do mundo (2003 e 2007); três copas dos campeões (1997, 2005 e 2009); oito ligas mundiais (2001, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009 e 2010); o Pan do Brasil em 2007; e oito sul-americanos (1995, 1997, 1999, 2001, 2003, 2005, 2007 e 2009).

O Vôlei Feminino, por sua vez, também teve bons momentos com o técnico Bernardinho no comando, de 94 até o final dos anos 90. Depois disso, após um período de "vacas magras", a meninas do Brasil reencontraram o caminho das vitórias sob o comando do técnico José Roberto Guimarães, que iniciou o trabalho em 2003 e continua no cargo até hoje. Foi com ele no comando e com uma seleção renovada, que o vôlei feminino do Brasil conquistou sua primeira medalha de ouro olímpica, nos jogos de Pequim, em 2008.
Neste mês, o time feminino disputou o Mundial no Japão, tendo uma campanha brilhante. Foram 10 vitórias em 11 jogos. A única derrota foi, infelizmente, na final, disputada neste domingo, contra a Rússia, em um jogo onde uma gigante de 2,02m fez a diferença para as russas. 
Mas mesmo com o 2º lugar, é preciso se destacar a raça que a equipe brasileira apresentou, além da competência de passar por grandes adversárias com uma superioridade espantosa. Eu acompanhei todos os jogos. Fiz parte da "galera zumbi", pois os jogos foram disputados de madrugada, já que o mundial era no Japão, e pude ver as  meninas do Brasil "atropelar" seleções tradicionais como Itália, Cuba e Estados Unidos. 


Mas além das grandes conquistas do vôlei masculino e feminino, é preciso ressaltar o comportamento dos atletas dessas duas equipes quando vestem a camisa do Brasil. É raça, amor à camisa, vibração, vontade de ganhar. Defendem o Brasil como se defendessem a própria vida, a própria honra. E isso é lindo de ver. Dá orgulho de torcer por esses dois times.
E isso tudo é fruto de um trabalho que vem da base. O vôlei brasileiro faz um trabalho permanente, através da Confederação Brasileira de Voleibol, na busca por novos valores. Tanto é que as equipes de base do vôlei brasileiro, são tão vencedores quanto os times principais. Tanto é que nos dois mundiais disputados recentemente, as equipes tinham média de idade baixa, com atletas de alto nível e 21, 22, 23 anos de idade. Isso nos mostra que as conquistas devem permanecer por um bom tempo, que as seleções brasileiras de vôlei vão continuar entre as melhores do mundo e dando alegrias e mais alegrias para a torcida brasileira, servindo de exemplos para outras modalidades.


E eu espero que um dia esses exemplos sejam seguidos por outras confederações. Em especial a de basquete, já que a modalidade vive uma fase quase amadora no país, com as seleções obtendo resultados pífios, jogadores que se recusam a defender as cores do Brasil e figurões disputando pra ver quem manda mais. Ou também a Confederação Brasileira de Futebol, que tem um presidente que acha que é dono do futebol  brasileiro, mandando e desmandando sem que ninguém faça nada para mudar o cenário.

Enfim, esse texto é para enaltecer o grande trabalho realizado no Brasil com o vôlei. Estão todos de parabéns. Tomara que um dia, esse bom exemplo seja usado pelas outras modalidades também. É por isso que eu torço, enquanto aplaudo as nossas seleções de vôlei.

Até a próxima! =)

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Um belo dia... - Eu te amo! (7/7)

- Márcia!? Ué, o que faz aqui?

- Rafaaa... finalmente chegou hein... já tava pensando em ir embora. Todos já foram almoçar e nada de você chegar. Como foi de reunião?

- Bem, tudo tranquilo! - Não tinha nada tranquilo com Rafael e naquele momento, ele tomou uma decisão.

- Que bom meu amor! Vamos almoçar juntos então? - Márcia se levantou e foi em direção a Rafael. Abraçou ele e quando ia lhe dar um beijo, foi surpreendida..

- Eu não consigo mais...

Márcia não entendeu e Rafael continuou.

- Eu sei tudo que aconteceu, eu sei que provavelmente não deveria fazer isso, mas eu simplesmente não consigo mais.

- Do que você tá falando, Rafa?

- Nós não vamos nos casar, Márcia! Desculpa! Eu agradeço por todo apoio que você me deu nesse tempo que a gente ficou junto, mas eu nunca consegui esquecer a minha ex. Ela voltou pra cidade, sabia?

Márcia não falava nada. Apenas olhava para Rafael, ainda incrédula. Não chorava. As emoções pareciam sumir do seu rosto.

- Desculpa, Márcia! A gente se encontrou acidentalmente naquele café que fica na esquina do meu apartamento e isso só serviu pra mostrar que eu nunca esqueci ela, que eu nunca deixei de amar ela.

Márcia sorriu. Uma risada nervosa...

- Eu não acredito nisso. Não acredito nisso!

- Desculpa, mas eu não posso ficar contigo amando ela. Não é justo nem contigo, nem comigo. E eu preciso dizer isso pra ela. Tchau Márcia! - Rafael virou as costas. Estava decidido. Iria encontrar Julia e falar o que sentia.

- Eu sabia que vocês tinham se encontrado. - falou Márcia. A voz quase não se podia escutar, mas ela continuou. - Eu acabei de ler um e-mail dela pedindo pra te ver.

- O que? como assim? Você tava lendo meus e-mails de novo? Não acredito. Onde ela tá?

- Desculpa Rafa... Eu sei que meu ciúmes ajudou pra você nunca gostar de mim como gostou dela. Eu que vou embora agora...

Triste, Márcia terminou de falar e saiu. Rafael ficou em silêncio, pensou por alguns instantes no que ela disse e depois correu para o computador. Procurou o tal e-mail, mas não encontrou. Pensou um pouco e decidiu que iria até a casa de Julia, mas precisava passar em seu apartamento antes para pegar uma coisa.

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Estavam todos almoçando quando a campainha tocou na casa de Julia. O pai, bravo por alguém interromper o almoço da família, esbravejou:

- Mas quem é que vai na casa dos outros numa hora dessas?

- Deve ser algum mendigo pedindo comida... - afirmou a mãe de Julia levantando da mesa.

- Pode deixar mãe. Eu vejo quem é...

Julia levantou e foi até a porta. Ao abrir, para sua surpresa, não havia ninguém. Ela achou estranho, pensou que pudesse ser alguma criança da vizinhança e resolveu voltar para a mesa. 


Quando fechava a porta, viu um pedaço de papel no chão. "Agora sim isso tá estranho", pensou, enquanto se abaixava para pegar: "EU TE AMO!".

Ela sorriu. Estava um pouco assustada, mas tinha a certeza que só uma pessoa poderia ter feito aquilo.
Olhou para o chão novamente e um pouco mais a frente, algo brilhava. Ela pegou e viu um pequeno pingente. Ela reconheceu aquilo. Agora não restava mais dúvidas de quem era.

- Julia... quem é hein? - Ouviu sua mãe gritando da cozinha.

Não deu bola para ela, passou pela porta e olhou para os lados. Não enxergou ninguém. "onde ele tá?!", pensou. 


Andou mais um pouco e ao chegar na rua, viu Rafael, escorado no carro e sorrindo para ela.

Nenhum dos dois falou nada. Apenas sorriram e se abraçaram. Tudo que ela precisava saber, estava escrito naquele papel.

FIM! 

domingo, 7 de novembro de 2010

Use sua imaginação. O que estão esperando?

- Oi, tem alguém aqui?

- Não tem não...

- Ah, que bom... já não aguentava mais ficar em pé!

- Imagino...

- Quente hoje , né!?!

- Bastante...

- Aiai... assim tá bem melhor...

- ...

- você tá aí faz muito tempo?

- Pior que já faz um "tempinho" mesmo...

- Pois é, eu também...

- Não sei porque demora tanto...

- é mesmo né...

- ...

- Mas você acha que vai demorar muito ainda?

- Tomara que não...tenho muita coisa pra fazer ainda...

- É, eu também...

- ...

- (assobiando)...

- óh, tão me chamando...boa sorte na espera...

- ah, valeu!

FIM

domingo, 31 de outubro de 2010

(Outro) Bom exemplo!


A reviravolta na vida de Vinicius 
Streda após a publicação de livro


A vida pacata que Vinicius Streda levava em Santo Cristo, trabalhando no mercado e de vez em quando indo a bailes da Indústria Musical, mudou radicalmente a partir de 31 de agosto deste ano. Naquela data, durante o evento “Incluir é Legal”, do Jornal das Missões, ele lançou a 1ª edição do livro “Nunca deixe de sonhar”, escrito com a ajuda da prima, a psicopedagoga Carina Streda.

Desde então, sua rotina mudou. “Agora tenho um roteiro muito puxado, vendendo livros, fazendo palestras, mandando livros pelo Correio”, diz Vinicius, orgulhoso, que desde o lançamento já foi tema de reportagens de jornais locais, do Zero Hora e da RBS TV. O livro, agora na segunda edição, já foi para municípios gaúchos como Novo Hamburgo e Bagé, para Belém do Pará, para Buenos Aires, na Argentina, e até para a Suíça. 
Os primeiros mil exemplares terminaram em cerca de um mês. A segunda edição, com outros mil exemplares, também está sendo comercializada aos poucos, principalmente nos lançamentos e palestras que Vinicius realiza. Nos últimos dias, Vinicius e Carina Streda palestraram em Giruá, Cruz Alta, Cândido Godói, Santa Rosa e Santo Ângelo. A dupla está organizando ainda lançar em outras cidades, como na feira do livro de Passo Fundo. “Estamos sendo chamados para palestrar em escolas, universidades. Já tem palestra marcada para fevereiro”, conta Carina. 
Em sua fala nas palestras, Carina dá uma abordagem mais técnica sobre a educação, enquanto que Vinicius conta experiências da vida familiar e escolar. Algo semelhante ao escrito no livro. Além disso, a obra está sendo traduzida para o espanhol. “Nunca imaginei que o livro fosse ter tanto sucesso. Foi uma surpresa, acredito que ninguém esperava que fosse tão grande assim a procura”, disse Carina Streda, que esteve nesta semana com Vinicius no JM. Ela acrescenta que se surpreendeu com o desempenho de Vinicius nas palestras, ao demonstrar um grande carisma e postura frente ao público.

RETORNO DOS LEITORES
“Eu me sinto muito feliz e emocionado com esse reconhecimento”, afirma o jovem com síndrome de down, complementando que “estou recebendo um carinho muito grande das pessoas”. Uma dessas demonstrações de carinho foi com o leitor Mário Gomes. Após ler o livro, ele retornou em e-mail uma mensagem elogiando a publicação. “Com a minha experiência de 73 anos de existência, com altos e baixos pela senda da vida, fatos assim me emocionam, me ajudam a refletir sobre as nossas responsabilidades, como seres humanos e filhos de Deus. Responsabilidades, que devem nos liberar das amarras do pegajoso egocentrismo. Vinícius, um jovem escritor, luta contra as correntes da discriminação, luta contra as próprias limitações, luta para não perder a autoestima frente as adversidades e obstáculos, que não são poucas, mas sempre acreditando no futuro. Vinícius nos deixa, no seu exemplo de amor, sacrifício e solidariedade, a esperança de um mundo cada vez melhor, onde possamos realmente sonhar. Portanto, nunca deixe de sonhar”, escreveu. 
O mesmo conta Carina Streda com relação a uma outra leitora. “A mãe de uma menina de quatro meses com síndrome de down, que lê tudo o que encontra sobre o assunto, disse que após ler o ‘Nunca deixe de sonhar’ renovou as esperanças de ver o filho ter sucesso na vida”, disse a psicopedagoga. 
Mais informações sobre o livro podem ser obtidas através do blog http://livronuncadeixedesonhar.blogspot.com/.




Como já fiz em outras oportunidades, trago um texto que não é de minha autoria, mas que me chamou a atenção pela qualidade do texto e principalmente, pela relevância do tema. O autor da reportagem, publicada na edição deste sábado (30/10/10) do Jornal das Missões, é o editor do JM, Tiarajú Goldschmidt. Agora  Não consegui colocar a foto do Vinicius que saiu junto com a reportagem, mas vou seguir tentando.
Acho que o texto já diz muito sobre o exemplo que o Vinicius nos transmite, mas não custa nada reforçar que ele e quem tem dado todo o apoio para ele, estão de parabéns pela iniciativa e justamente por passar para nós esse exemplo de força de vontade. Estamos acostumados a reclamar por coisas que acontecem na nossa vida e muitas vezes fazemos isso de "barriga cheia". Que tal parar um pouco de reclamar e transformar os obstáculos em formas de nos impulsionar para grandes conquistas? Fica aí o convite. Eu garanto que vou tentar!

Até a próxima!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Use sua imaginação. O que ele ia fazer?

- Opa...como é que tá, cara?

- Tranquilo e tu?

- Tranquilo, tranquilo...

...

- Então, ouvi uma história de que tu tava querendo fazer uma coisa e não sei se acredito. Vai fazer mesmo?

- Vou sim...

- Mas por que, cara?

- Por que sim...

- Só isso? Porque sim?

- Ué, não basta?

- Sei lá né...

- Eu to com vontade de fazer. Vou fazer e pronto.

- Ah, tudo bem, cara. Só achei estranho tu pensando em fazer isso.

- Tanto faz...

- Mas eu acho que tu devia pensar bem hein...

- Já pensei bastante...

- Bom, tudo bem então. Tem certeza que vai fazer mesmo? oolhaa..

- ...

- Pô cara... pensa bem...

- Mas não é nada demais...

- Sim, sim... mas pensa bem se vale a pena...

- Pois é...

- Eu se fosse tu não fazia...

- Pois é...

- Vai saber o que pode acontecer...

- Pior que é verdade... acho melhor deixar isso pra lá.

- Isso aí cara...

- Blza!

- Blza!

Fim

sábado, 23 de outubro de 2010

Bom exemplo!

E o Mr. voltou. Andava meio sumido...hehe.

Pois o que aconteceu foi que a preguiça me dominou essa semana. Já vinha com um certo acúmulo de cansaço, sono e, por consequência, preguiça. Tenho essa mania de dormir pouco que acaba dando nisso né. Mas acho que o estopim foi uma viagem que fiz no final de semana passado. Fiquei cerca de 48 horas sem dormir e essa semana o que eu mais fiz foi dormir. Até pensei em vir aqui escrever algo, mas na hora acabava desistindo...hehe.

Bom, espero que meus leitores não tenham me abandonado por causa do sumiço.

Voltei hoje para contar algo que eu percebi nesta semana, uma coisa que apareceu na minha rotina, e que me chamou a atenção.

Eu costumo utilizar o transporte público para ir trabalhar. Então, durante o dia pego quatro ônibus, que me levam de casa para o trabalho e vice-versa. Uma coisa que sempre notei, que normalmente me incomoda, é a forma pouco gentil que os funcionários desse serviço, tratam nós, passageiros/clientes.
Alguns chegam a ser rudes, sem a menor preocupação com o lado humano mesmo. É motorista que arranca de qualquer maneira quase derrubando as pessoas ou que param longe do meio fio, dificultando o acesso ao ônibus, principalmente pelos idosos. Ou os cobradores, normalmente mal-encarados, mau-humorados, que nem sequer cumprimentam os passageiros. Maus exemplos não faltam. Pelo contrário, são a maioria.

Pois bem, o que aconteceu nesta semana foi o seguinte. Na terça-feira, saí mais cedo do trabalho e peguei um ônibus que não costumo pegar, ou seja, nunca tinha visto o cobrador, nem o motorista do tal ônibus. E o que me surpreendeu foi a forma como o cobrador interagia com os passageiros. Cada um que entrava ou que passava pela catraca, ele conversava, fazia brincadeiras, fazia questão de ajudar com sacolas e pacotes e uma frase emblemática para mim, foi quando subiu uma senhora de idade, com bastante dificuldade para subir os degraus do ônibus. Ele observou isso e fez um sinal para o motorista não arrancar com o ônibus. Depois virou para a senhora e disse: "cuidado aí vozinha, um degrau de cada vez...", e espichou o braço para ajudar.
Eu fiquei surpreso com o comportamento dele. Tão surpreso que dei os parabéns quando passei pela roleta.

Como disse antes, é algo raro e não só com cobradores e motoristas de ônibus. Acho que as pessoas parecem que não se preocupam mais em ser gentis umas com as outras. Só pensam no próprio umbigo. E por isso mesmo me sensibilizei com o comportamento desse cobrador.

Enfim, acho que embora pareça que não, ainda existem pessoas dispostas a mudar as coisas com pequenos gestos. Tomara que aos poucos mais e mais pessoas sejam "contaminadas" com essas atitudes e passem a agir de forma semelhante. Quem sabe assim, um dia esse "mundo ideal" deixe de ser apenas mais uma utopia, não é mesmo!?!

Bom, por hoje era isso. Um grande abraço e até a próxima! =)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A historinha!

É difícil, de certa forma, pra mim, explicar de onde surgiu essa história que está chegando ao fim. Bom, o conto (não sei se é assim que deve ser chamado) "Um Belo Dia..." surgiu como surgem outros tantos. Tenho uma imaginação que viaja e nem precisa de muito estímulo para isso. Na verdade, acho que crio mentalmente várias histórias do mesmo estilo dessa, diariamente. Só não vão para o blog por preguiça mesmo.
Costumo me comparar a um personagem de desenho que marcou muito minha infância: o Bob. O desenho se chama "O fantástico mundo de Bob" e eu me criei assistindo ele. Sim, quando perdia aula por causa da asma eu ficava em casa assistindo. Adorava o desenho e eu me considero um "Bob" da vida real. Eita imaginação fértil essa minha...hehe.
Enfim, e foi assim que surgiu o conto. Claro, outros fatores influenciaram, como sonhos que eu tenho, mas isso eu não vou pormenorizar.
Então, num belo dia, voltando de uma viagem que fiz para visitar meu pai, uma dessas tantas histórias que nascem dentro da minha cabeça, me fez, em um impulso, iniciar a "historinha", como apelidei. Engraçado que eu estava escrevendo a 1ª parte e já tinha decidido que seriam sete, mas sem nem saber como continuar depois.
E ela foi indo, meio "aos trancos e barrancos", mas foi indo e agora resta apenas a última parte. Confesso que eu já escolhi o final e o enredo que vai estar no último capitulo, mas ainda não consegui ligar bem os acontecimentos. Logo, vou deixar maturando as ideias mais alguns dias.
Estou escrevendo isso mais como uma justificativa para quem acompanhou a história. Acho que tenho muito que evoluir ainda. Minha narrativa ainda é fraca e isso é só a minha opinião. Adoro receber os elogios que escrevem nos comentários, mas eu sou mais rígido um pouco comigo...hehe.
Enfim, sei que preciso evoluir em muitos elementos, detalhar mais a história foi uma coisa que tive grande dificuldade. Mesmo assim, para uma primeira experiência, assim de colocar no "papel", uma das tantas histórias que nascem aqui nessa mente maluquinha, acho que foi razoável. Ah, sim, para quem lembrar dos outros contos, como o do "Menino" e "A Vingança", me refiro a algo assim mais longo, dividido em algumas partes.
Enfim, espero que quem vem acompanhando tenha realmente gostado e peço que indiquem os pontos que não gostaram. Acho que assim é a melhor maneira de evoluir. E prometo o último capítulo para os próximos dias.

Então até lá! =)

Abraços!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Um belo dia... - O e-mail (6/7)

Mal Rafael havia saído do elevador, no 3º andar do prédio onde ficava a empresa de seu pai, e já foi abordado pelo amigo Denis.

- Pô, Rafa! Que aconteceu contigo cara?

- Bom dia pra ti também, Denis! - respondeu com um tom irônico.

- Ah, bom dia, mas é que eu tava preocupado.

- Tudo bem e respondendo sua pergunta, tá tudo bem comigo. Apenas me atrasei. Acontece! - Rafael parecia irritado, talvez decepcionado, mas o sentimento não tinha nada a ver com as perguntas de Denis. Estava assim por causa do sonho da noite anterior.

- Então, foi bom você chegar, Rafa. O Lúcio Miranda já ligou várias vezes perguntando de ti e falando se a reunião tava confirmada pras 10hs. Eu não confirmei ainda. Afinal, tu não aparecia, não atendia o telefone...

- Ahh... já tinha esquecido disso. - Rafael olhou no relógio e viu que já passava das 9h30. Pediu então ao amigo - Cara, faz o seguinte, preciso de um favor. Liga pro escritório dele, confirma a reunião e diz que eu encontro ele no lugar combinado. Fico te devendo essa. - afirmou dando meia volta e se dirigindo novamente ao elevador.

- Tá beleza cara. Vai lá. Boa sorte! - Denis mal havia se despedido e o amigo entrou no elevador e foi embora. Ele aproveitou que estava na entrada do escritório e chegou mais perto da mesa onde sentava a secretária. Érica, "uma loira de parar o trânsito", como sempre ele dizia. Ao chegar próximo da moça, puxou assunto e por ali ficou. Fazia questão de paquerar a bela secretária, que volta e meia dava corda à imaginação de Denis.

Estava ali, tão envolvido na conversa com Érica, que levou um susto quando Márcia chegou.

- Oi Denis, posso falar com o Rafa?.

- Márcia... que surpresa é essa!? - respondeu enquanto se virava para falar com a noiva do amigo. Ele estava surpreso e um tanto sem graça.

- Pois é. Queria fazer uma surpresa pro Rafa. To com saudade dele.

- Bom, ele saiu não faz muito. Tinha uma reunião, mas acho que não deve demorar muito. Acho que você pode esperar na sala dele.

-Ah, que bom...vou esperar lá então. - falou já se dirigindo para o escritório de Rafael.

Márcia realmente estava com saudades do noivo. Afinal, desde que começaram a namorar, não era muito comum ficar muito tempo sem se ver. Também estava preocupada, já que Rafael parecia confuso e preocupado nas últimas vezes que conversaram. Queria ver o que estava acontecendo.
Entrou na sala do noivo e sentou em frente ao computador. Ficou ali lendo qualquer coisa na Internet até que resolveu ler os e-mails de Rafael. Era ciumenta e volta e meia discutiam por causa disso.
Foi então que ela viu o nome do remetente de um dos e-mails não lidos. Lembrava do nome da ex-namorada de Rafael e não se conteve. Resolveu ver o conteúdo.

"Oi Rafa, tudo bem?

Olha só, sei que não deveria fazer isso, porque vi o anel no seu dedo. Mas desde que nos encontramos aquele dia não consigo mais raciocinar direito. Queria te encontrar pra gente conversar sobre isso. Tenho certeza que você também está sentindo algo. Espero que a gente possa se ver. Se você concorda com a ideia, me encontra amanhã lá no café de novo. Pode ser depois que tu sair do trabalho.

Beijinhos da Julia!"

Márcia ficou enfurecida. Não só com o e-mail, mas por Rafael não ter lhe contado que tinha reencontrado a ex. Tentou se controlar, pensar o que fazer e chegou a uma conclusão. Não iria deixar Rafael ver o e-mail. Abriu novamente a mensagem e clicou em responder.

"Oi Júlia.

Combinado então. Também acho que precisamos conversar. Amanhã, no mesmo café onde nos encontramos aquele dia. Chego lá por volta das 17h30.

Beijo.

Rafa!".

Enviou a resposta e tratou logo de apagar a mensagem original e a que tinha enviado. Decidiu que iria encontrar Julia e tirar aquela história a limpo. Terminou a "limpeza" no e-mail e voltou às notícias da Internet...



CONTINUA...


PS.: para quem não recorda ou simplesmente não leu, abaixo estão os links para os "capítulos" anteriores!


http://mrgomelli.blogspot.com/2010/06/um-belo-dia-o-reencontro-17.html


http://mrgomelli.blogspot.com/2010/07/um-belo-dia-confusao-nela-27.html


http://mrgomelli.blogspot.com/2010/08/um-belo-dia-ele-sonhava-com-isso-37.html

http://mrgomelli.blogspot.com/2010/09/um-belo-dia-musica-47.html

http://mrgomelli.blogspot.com/2010/09/um-belo-dia-o-susto-57.html

domingo, 3 de outubro de 2010

O Dia dos Bobos!

E chegou o dia. O nosso dia. O dia dos bobos e olha que não é 1º de abril hein.

Sim, pois só me resta essa conclusão: os políticos nos tiraram para bobos.

Passaram-se semanas, talvez meses, de propaganda política. Eles invadiram nossa vida. Na TV, no rádio, na Internet, nas ruas, em todos os lugares. Vídeos, músicas, panfletos, cartazes, promessas, promessas, promessas, promessas...

Eu estava imaginando uma coisa esses dias. Como seria uma escola de políticos? Acompanhem meu raciocínio. Em uma escola normal, as disciplinas são: matemática, português, ciências, biologia, história, geografia etc. 
Pois bem, na escola de políticos que eu estava imaginando, acredito que as disciplinas seriam: aula de mentiras, de promessas, de como dar aquele sorriso falso que parece verdadeiro, de pegar criança no colo e fingir que está adorando e por aí vai.
Porque é incrível como eles todos fazem as mesmas coisas. Parece um bando de robozinho, tudo igual e pior de tudo, é que tem gente que acredita no que eles falam.

Eu confesso que várias vezes me sentei na frente da TV para assistir ao horário político, mas não foi para avaliar as propostas, nem tão pouco escolher meus candidatos. Foi por diversão mesmo. Sim, porque é hilário ver eles prometendo mundos e fundos. E eles fazem isso com uma naturalidade incrível.

Uma coisa aconteceu na quinta-feira que mostra muito bem isso que eu estou falando. Na quinta aconteceu o último debate para os presidenciaveis. O debate ia rolando e eles lá, prometendo, prometendo, prometendo. Acontece que eu sigo no twitter uma jornalista de política aqui do estado, que eu admiro muito. Ela com certeza entende muito mais de política do que eu. Pois bem, lá pelas tantas elas escreveu isso aqui no twitter: "Só para bancar o que esses candidatos prometeram no debate da Globo são necessários recursos de uns 20 orçamentos anuais".

Vejam vocês. 20 (VINTE) orçamentos anuais. E pior que teve muita gente acreditando em tudo que eles falavam.

Mas pior que acreditar nisso, é saber que o candidato mais bizarro (e olha que são muitos nessa categoria) dessa eleição, esta liderando as pesquisas no estado e no seguimento ao qual está concorrendo. Sim, acreditem se quiserem, mas o Tiririca, um cantor/humorista/palhaço, que por sinal é analfabeto, é o líder das pesquisas para deputado federal no estado de São Paulo. Aí, quando a população do estado mais rico do país escolhe alguém como ele para ser o mais votado, nós vemos que essa eleição não passa de uma grande brincadeira. E os protagonistas somos nós, os bobões da corte.

Nessa eleição, muito candidatos se saíram com a seguinte frase: "vote em mim, pois sou ficha limpa". Ah, peraí. Ser ficha limpa não é algo para ser anunciado como grande feito. Isso é obrigação. A partir do momento que eles anunciam isso como um grande feito, é porque está tudo, DEFINITIVAMENTE, errado.

Ah, outra coisa absurda. Dizem por aí, que essa eleição é a demonstração da força da democracia que reina em nosso país. Mas por favor . Se a democracia é tão forte assim, porque o voto é obrigatório? Se o processo fosse tão salutar, tão digno, tão importante, tão satisfatório para a população, não precisaríamos ser forçados a participar dele.

Eu não vou votar neste domingo. Me recuso a participar dessa comédia que se anuncia como um grande fato na história do país. Eu me recuso a apoiar essas pessoas que não ajudam em nada o país. E quando ajudam, fazem como se estivessem nos fazendo um favor. Sim, porque é incrível a má vontade para votar projetos de relevância para o povo, mas quando se trata de aumento para eles, a votação é vapt-vupt.


Enfim, acho bom eu ir terminando por aqui antes que passe dos limites. Eu só acho lamentável ver isso tudo acontecendo. Mas que nada, tem gente que adora isso. Pessoas que acreditam em tudo que eles falam e pior que isso, tem gente que briga para defender esses políticos.

Por isso que eu repito. Parabéns a todos que vão participar deste circo hoje. Votem conscientes, pois eles não tem consciência nenhuma. Roubam o dinheiro público e dormem muito bem depois, sem remorso. Por isso, vamos passar um belo domingo e comemorar nosso dia. 03 de outubro de 2010, o Dia dos Bobos!

Até a próxima.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Lamentável!

Como escrevi em um texto que está um pouco mais abaixo, tive que fazer uma viagem para Porto Alegre no início deste mês. Mas hoje não quero falar nada sobre a cidade ou sobre o concurso que fui fazer, venho falar sobre algo que aconteceu no ônibus, durante a longa viagem, e que me incomodou bastante. Vamos aos fatos...
Durante as longas nove (eu disse NOOOVE) horas de viagem até Porto Alegre, tive a oportunidade de ouvir uma conversa um tanto conturbadora, em diferentes sentidos. 
Em um ônibus que esteve cheio durante todo o percurso, eu acabei me alocando em uma poltrona no fundo do carro. A minha direita, logo atrás de mim, em um ângulo diagonal, para ser mais preciso, acabaram sentando um jovem e um outro homem com farda da polícia militar.
Pois bem. O primeiro fato que incomodou, foi que eles conversaram o tempo inteiro. Nas primeiras três horas, nem me incomodei, pois estava com os fones de ouvido e nem ouvia nada. Porém, quando acabou a bateria do MP4, tive que acompanhar o diálogo. E foi aí que me senti bem incomodado. Como pode duas pessoas falarem sem parar durante horas? Coisa mais chata. Ainda se fosse em um local propício para isso (se é que existe esse local), mas num ônibus!?! Sabe-se muito bem que muitas pessoas gostam de dormir ou tenta relaxar, ou pensar na vida. Sei lá. Só sei que a conversa deles, talvez até por estarem tão próximos a mim, incomodou bastante.
Mas isso ainda não foi o mais grave. Pelo menos não na minha forma de pensar e explicarei o porquê disso.
Os assuntos dois eram basicamente sobre carros e sobre festas. Esses temas sempre envolvendo questões que levavam à abordagem por policiais. Pois bem. O que me preocupou foi o seguinte assunto. Em certo momento, o jovem tocou no tema "dirigir após tem ingerido bebidas alcoólicas" e para minha surpresa, no meio dos comentários, o policial militar saiu com essa frase: "ah, mas é normal o cara tomar um traguinho e dirigir. Todo mundo faz isso. Só não pode exagerar". E os dois foram seguindo no assunto e o policial falando coisas do tipo, ou seja, influenciando uma atitude completamente errada.
Tudo bem que muita gente realmente faz isso, mas no momento em que vivemos, onde as campanhas de conscientização são frequentes, ouvir um policial militar falar este tipo de coisa, me deixou bem preocupado. Ele falou, inclusive, que já "deixou passar" alguns casos em que o motorista estava embriagado.
Vejam bem, eu sei que é difícil controlar isso, mas é inaceitável que a pessoa que trabalha no combate a este e aos demais tipos de delitos, fale algo aceitando este tipo de comportamento. Um policial militar não pode incentivar um jovem a ter um comportamento que foge de tudo aquilo que vem sendo feito para diminuir o número de mortes no trânsito.
Mas o pior, é que muito provavelmente, a maioria dos policiais pensa e age da mesma forma. Então, de que adianta fazer campanhas de conscientização ou ameaçar punições, se os responsáveis pela fiscalização não vão cumprir com suas obrigações?
Pois é, depois não sabem porque o número de acidentes e de mortes no trânsito nunca diminui. Só digo uma coisa: Lamentável!

Até a próxima!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Um belo dia... - O susto (5/7)

Márcia olhava para o rapaz alto, encostado no balcão do bar e que fingia gostar da festa. Via, porém, que ele tentava apenas fazer companhia ao amigo. Ficou assim, apenas observando o jovem de cabelos castanhos por algum tempo. "Ele é bonito", pensava ela ao mesmo tempo que se interessava em saber o porquê de tamanha falta de animação. Depois de algum tempo tomou coragem e foi até ele.

- Oi! - disse enquanto sorria para ele.

- Oi, tudo bem?

- Tudo sim... eu me chamo Márcia e você?

- Rafael... - Ele parecia um tanto surpreso com a iniciativa da jovem.

Aos poucos, porém, conforme a conversa ia avançando, Rafael ia se soltando e gostava da companhia da jovem de cabelos negros, pela altura dos ombros. Márcia tinha traços exóticos. "Uma beleza diferente", pensou Rafael. Já havia visto ela pelos corredores da faculdade e gostou que ela tivesse vindo até ele naquela festa. Já fazia cerca de um ano que Julia tinha ido embora e Rafael não conseguia esquecer a ex.

- Adoro essa música...vem, vamos dançar - disse Márcia, puxando Rafael pela mão.

- Mas quem disse que eu sei dançar?!? - respondeu sorrindo.


- Não importa - disse ela já abraçando Rafael, que ficou encantando com o jeito "espoleta" de Márcia. "Parece tão alegre", pensou ainda enquanto começava a dançar. 


E foi assim, em uma noite de inverno, ao som de "Amigo Apaixonado", de Victor e Leo, que Rafael e Márcia se beijaram pela 1ª vez. Um beijo demorado, com paixão. E isso estava correto. Os dois haviam se apaixonado. 
Depois disso, em algumas semanas estavam namorando e ele ficou feliz com isso. Não tinha tirado Julia completamente dos pensamentos, mas Márcia, definitivamente, estava lhe fazendo bem. Ela, sempre muito dedicada, fazia de tudo para agradar Rafael, que também era muito dedicado ao namoro. Eram tão entrosados, que até o toque do celular era o mesmo, justamente a música do 1º beijo.
Quando completaram dois anos de namoro, Rafael pediu Márcia em casamento e ficaram noivos. Isso foi apenas dois meses antes dele reencontrar Julia.

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Aos poucos Rafael foi reconhecendo a música que o atormentava e não permitia que ele escutasse o que Julia falava. Era o som que tocava quando beijou Márcia pela 1ª vez. "Mas porque essa música tá tocando aqui, justo agora?", pensou ele, ainda olhando para a imagem de Julia a sua frente. Imagem esta, que parecia estar um pouco desfocada agora. Ele não entendia o que estava acontecendo. 


O volume da música só aumentava e agora parecia estar dentro da cabeça dele.  Cada vez mais alto...


Rafael abriu os olhos. Assustado!


Olhou para o lado a procura de Julia. A TV ainda estava ligada e sob a almofada, o celular tocava sem parar. Mais assustado ainda ficou ao olhar no relógio e ver que já passava das 9h da manhã. Estava atrasado para o trabalho e por isso estavam ligando da empresa. Sentou no sofá, levou as mãos ao rosto e ficou pensando por alguns instantes. Ainda estava confuso. Tinha adormecido no sofá, disso agora tinha certeza, e ficou triste ao perceber que tudo não passara de um sonho...



CONTINUA...

PS.: para quem não recorda ou simplesmente não leu, abaixo estão os links para os "capítulos" anteriores!


http://mrgomelli.blogspot.com/2010/06/um-belo-dia-o-reencontro-17.html

http://mrgomelli.blogspot.com/2010/07/um-belo-dia-confusao-nela-27.html

http://mrgomelli.blogspot.com/2010/08/um-belo-dia-ele-sonhava-com-isso-37.html

http://mrgomelli.blogspot.com/2010/09/um-belo-dia-musica-47.html