sábado, 20 de novembro de 2010

A emoção de ver um ex-beatle de perto!


Para quem não sabe, no dia 7 de novembro, o ex-beatle Paul McCartney esteve em Porto Alegre para uma das apresentações de sua turnê em solo brasileiro. E como era de se esperar, foi uma apresentação apoteótica, sensacional, a altura da história de Paul no mundo da música.




Mas este que vos escreve não teve o prazer de estar lá e para elucidar um pouco mais, como foi a emoção de viver aquelas horas vendo de perto um ícone da música, eu trago para vocês o texto de uma colega de trabalho. Ela teve a honra de estar no Beira-Rio e aplaudir de perto ao espetáculo proporcionado por Paul McCartney e o relato é emocionante. Quando eu li o texto, que foi publicado no Jornal das Missões (onde trabalhamos), fiquei imaginando como deve ter sido a emoção que ela passou. Ela relata no texto tudo que os Beatles representaram e ainda representam para a vida dela, assim como acontece com milhões de outras pessoas.
Além do relato em si, que é emocionante, achei excelente o texto pela importância que Paul tem para a música, uma arte que, na minha opinião, está sendo degradada por "Restarts" e "Tatis Quebra Barracos" da vida, que muita gente chama de música, mas que na minha opinião não passam de ruídos.
Então, com a permissão dela, deixo aqui para vocês o texto da minha colega de trabalho, jornalista Gilda Gonçalves Karlinski. Emocionem-se. =)

Eu fui
Por Gilda Gonçalves Karlinski - Jornalista

Impossível afirmar que era um sonho, porque a gente jamais imaginou que eles viessem. Devo começar dizendo que não fui a Porto Alegre (enfrentei solaço na fila, faltei ao trabalho) para ver Paul McCartney. Fui ao Gigante (sou Gremista) para ver The Beatles. E eles estavam lá.
A ficha ainda não caiu e acho que só vai cair quando eu folhear o álbum que estou montando com recortes de jornais que antecederam o show, o ingresso, fotos desde a chegada no estádio, reportagens pós-show, a fitinha "hyppie" que amarrei na testa, o lencinho que ensopei de lágrimas. Este tipo de álbum a gente fazia na adolescência e até os 17 anos. E o Paul, encarnando os quatro de Liverpool me fez começar outra vez. Os filhos entendem, porque cresceram me ouvindo cantar All you need is love, Let it be, Yesterday. O álbum, já combinamos, vai ser mostrado e explicado para os netos.
Eu morava em São Chico de Assis. Não tinha TV, muito pouca revista na banca pobre da praça, nem loja de discos. Era o rádio e a chegada, no verão, dos primos que moravam em Porto Alegre. A gente ficava junto todo mês de janeiro. Depois, vinham o carnaval e a praia e todos se dispersavam.O momento de abertura da mala dos primos, era mágico. A gente ficava extasiado diante da capa do último LP "deles". E então, o verão inteiro era pura emoção cujas lembranças nos embalavam o resto do ano. Até o próximo janeiro.
Nossa casa tinha uma quarto grandão separado da casa principal. Era o nosso acampamento de férias. Toca-discos elétrico com toda a coleção dos Beatles que formamos pouco a pouco, baralho de truco, futebol de botão e a turma ali reunida.
Companheiraça que entendia os amores platônicos de todos nós, orientava, cuidava e fazia chazinho para os primos e amigos, minha mãe cozinhava o verão inteiro cantando Yesterday, Michelle e outros hits sem saber absolutamente nada do que dizia. Decorava as músicas que a gente ouvia o dia inteiro no quarto-acampamento. No resto do ano, toca-discos e Beatles só aos domingos. Afinal, primeiro a obrigação (estudar, dormir cedo, estudar), depois a diversão. OK, dona Edy! Ela sofreu conosco quando a banda se desfez. Toda a turma concordou que a culpada era a japonesinha. E a partir dali, passamos a o-di-ar Yoko Ono. Mas o Lennon continuou cada vez mais como referência. Cada nova causa que ele abraçava, a gente vibrava junto. Além da cabeleira, muitos dos guris aderiram aos óculos redondinhos.
Quando a mãe soube que eu iria ao show, tenho certeza que voltou quarenta anos atrás.
E então eu comprei a fitinha para colocar na testa; comprei a camiseta que diz "Eu fui", peguei cinco lencinhos com o autógrafo do Paul, fiz horrores de fotos e gritei muito: "Eu estou aqui; Eu vim; Beatles forever, I love you. Perdi a noção da minha certidão de nascimento. Ensopei o ombro do meu irmão Marco Antônio e ele ensopou o meu ombro com todas as lágrimas na hora de Let it be e de novo com Eleanor Rigby. E de novo por Hey Jude.E ficamos assim, abraçados, sem precisar dizer uma palavra sequer. A mulher dele, a Beth, deu espaço porque também viveu tudo isso. Meu filho compreendeu e deu batidinhas de apoio no meu ombro. E ainda se prestou para fazer fotos. E durante quase três horas, eu não senti sede, não tive fome, não fui ao banheiro. Via aquele mar de gente nas arquibancadas e no gramado, com as mãos levantadas num ritmo que acompanhava o piano, a guitarra, o baixo, a bateria. E todos os quatro estavam lá. Eu não enxergava direitinho o rosto do John, do Ringo e do George, porque a gente ficou na arquibancada, bem em frente, mas longe do palco. Tinha milhares de pessoas no gramado, entre nós e o palco. No telão, eu só enxergava o Paul, porque os organizadores escolheram um telão muito estreito. Mas os quatro estavam no palco. Os quatro de Liverpool. E eu tinha 16, 17, 18 anos.
Os primos de Porto Alegre também estavam no Beira-Rio. Mas nem imagino de que lado.
E eu quero agradecer. À milha filha Ângela pelo patrocínio do show; ao meu genro Victor pela correria e o stress até conseguir o ingresso; à minha filha Giovana pela hospedagem e por suportar toda minha ansiedade pré-fila; ao meu filho Luiz por me acompanhar, me cuidar e aguentar o meu desejo compulsivo de comprar tudo: fitinha, camiseta, binóculo, picolés, água, almofadinha (só tinha do Inter!). Ao Paul, por ter cantado músicas que não são só dele. (Tudo bem que para mim faltou Across the universe and All you need is love. Mas eu lhe perdôo, Sir.) Ele pode até sofrer. Mas ele É os quatro de Liverpool. Quero agradecer ao meu marido Sergio por ter me aguentado quase um mês antes, TODAS as noites, entrar no youtube e ficar ouvindo The Beatles numa preparação espiritual para o momento mágico. Ele preferia ter ido ao Beira-Rio para ouvir Jayme Caetano Braun. Quero agradecer ao meu filho Francisco, por ter suportado não ir e se dedicar ao Trabalho de Conclusão de Curso. Afinal, primeiro a obrigação, depois a diversão.
E então: Don’t let me down, meus filhos. Guardem com carinho este álbum com recortes de jornais, lencinhos sujos de lágrimas que eu não vou lavar, o ingresso, as fotos, o papel do cachorro-quente. E contem para os filhos de vocês que a BOA música pode sim, embalar não apenas a adolescência e a juventude, mas a vida inteira de uma pessoa. E que a avó deles foi muito, muito, muito feliz por ter ouvido, ao vivo, os Beatles dizerem I love you...

domingo, 14 de novembro de 2010

Brasil: o país do... vôlei! Vôlei?

O Brasil é reconhecido no mundo todo como o "País do Futebol". E não poderia ser diferente não é mesmo?! Afinal, no esporte mais popular do planeta, a Seleção Canarinho é a maior vencedora, com cinco títulos mundiais, além de ter apresentado ao mundo gênios da bola, como Garrincha, Rivelino, Jairzinho, Gerson, Falcão, Sócrates, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, além de muitos e muitos outros, sem esquecer, obviamente, do maior de todos: o Rei Pelé. Pois bem, é fácil, dessa forma, entender porque somos assim conhecidos. Mas nos últimos anos, o esporte que vem sendo destaque no Brasil é o vôlei.


O Vôlei do Brasil se consolidou como uma potência mundial nesta década. Primeiro foi o time masculino, que sob o comando do técnico Bernardinho tem um aproveitamento espetacular. O treinador assumiu o time masculino em 2001 e fez a seleção reencontrar as grandes conquistas. De 2001 a 2006, o time comandado por Bernardinho disputou 20 competições e venceu 16, tendo ainda três vices e um 3º lugar. Ou seja, nesse período, o Brasil, quando não ganhou, esteve pelo menos no pódio. 
Depois disso, seguiu a saga de grandes conquistas. A última, foi há pouco tempo, em outubro deste ano, quando o time venceu Cuba na final do Campeonato Mundial, disputado na Itália, e conquistou o tricampeonato da competição.
E não pense você que foram campeonatos de importância questionável. A era Bernardinho nos trouxe o 2º ouro olímpico, em Atenas (2004); três títulos do Campeonato Mundial, na Argentina (2002), Japão (2006) e Itália (2010); duas copas do mundo (2003 e 2007); três copas dos campeões (1997, 2005 e 2009); oito ligas mundiais (2001, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009 e 2010); o Pan do Brasil em 2007; e oito sul-americanos (1995, 1997, 1999, 2001, 2003, 2005, 2007 e 2009).

O Vôlei Feminino, por sua vez, também teve bons momentos com o técnico Bernardinho no comando, de 94 até o final dos anos 90. Depois disso, após um período de "vacas magras", a meninas do Brasil reencontraram o caminho das vitórias sob o comando do técnico José Roberto Guimarães, que iniciou o trabalho em 2003 e continua no cargo até hoje. Foi com ele no comando e com uma seleção renovada, que o vôlei feminino do Brasil conquistou sua primeira medalha de ouro olímpica, nos jogos de Pequim, em 2008.
Neste mês, o time feminino disputou o Mundial no Japão, tendo uma campanha brilhante. Foram 10 vitórias em 11 jogos. A única derrota foi, infelizmente, na final, disputada neste domingo, contra a Rússia, em um jogo onde uma gigante de 2,02m fez a diferença para as russas. 
Mas mesmo com o 2º lugar, é preciso se destacar a raça que a equipe brasileira apresentou, além da competência de passar por grandes adversárias com uma superioridade espantosa. Eu acompanhei todos os jogos. Fiz parte da "galera zumbi", pois os jogos foram disputados de madrugada, já que o mundial era no Japão, e pude ver as  meninas do Brasil "atropelar" seleções tradicionais como Itália, Cuba e Estados Unidos. 


Mas além das grandes conquistas do vôlei masculino e feminino, é preciso ressaltar o comportamento dos atletas dessas duas equipes quando vestem a camisa do Brasil. É raça, amor à camisa, vibração, vontade de ganhar. Defendem o Brasil como se defendessem a própria vida, a própria honra. E isso é lindo de ver. Dá orgulho de torcer por esses dois times.
E isso tudo é fruto de um trabalho que vem da base. O vôlei brasileiro faz um trabalho permanente, através da Confederação Brasileira de Voleibol, na busca por novos valores. Tanto é que as equipes de base do vôlei brasileiro, são tão vencedores quanto os times principais. Tanto é que nos dois mundiais disputados recentemente, as equipes tinham média de idade baixa, com atletas de alto nível e 21, 22, 23 anos de idade. Isso nos mostra que as conquistas devem permanecer por um bom tempo, que as seleções brasileiras de vôlei vão continuar entre as melhores do mundo e dando alegrias e mais alegrias para a torcida brasileira, servindo de exemplos para outras modalidades.


E eu espero que um dia esses exemplos sejam seguidos por outras confederações. Em especial a de basquete, já que a modalidade vive uma fase quase amadora no país, com as seleções obtendo resultados pífios, jogadores que se recusam a defender as cores do Brasil e figurões disputando pra ver quem manda mais. Ou também a Confederação Brasileira de Futebol, que tem um presidente que acha que é dono do futebol  brasileiro, mandando e desmandando sem que ninguém faça nada para mudar o cenário.

Enfim, esse texto é para enaltecer o grande trabalho realizado no Brasil com o vôlei. Estão todos de parabéns. Tomara que um dia, esse bom exemplo seja usado pelas outras modalidades também. É por isso que eu torço, enquanto aplaudo as nossas seleções de vôlei.

Até a próxima! =)

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Um belo dia... - Eu te amo! (7/7)

- Márcia!? Ué, o que faz aqui?

- Rafaaa... finalmente chegou hein... já tava pensando em ir embora. Todos já foram almoçar e nada de você chegar. Como foi de reunião?

- Bem, tudo tranquilo! - Não tinha nada tranquilo com Rafael e naquele momento, ele tomou uma decisão.

- Que bom meu amor! Vamos almoçar juntos então? - Márcia se levantou e foi em direção a Rafael. Abraçou ele e quando ia lhe dar um beijo, foi surpreendida..

- Eu não consigo mais...

Márcia não entendeu e Rafael continuou.

- Eu sei tudo que aconteceu, eu sei que provavelmente não deveria fazer isso, mas eu simplesmente não consigo mais.

- Do que você tá falando, Rafa?

- Nós não vamos nos casar, Márcia! Desculpa! Eu agradeço por todo apoio que você me deu nesse tempo que a gente ficou junto, mas eu nunca consegui esquecer a minha ex. Ela voltou pra cidade, sabia?

Márcia não falava nada. Apenas olhava para Rafael, ainda incrédula. Não chorava. As emoções pareciam sumir do seu rosto.

- Desculpa, Márcia! A gente se encontrou acidentalmente naquele café que fica na esquina do meu apartamento e isso só serviu pra mostrar que eu nunca esqueci ela, que eu nunca deixei de amar ela.

Márcia sorriu. Uma risada nervosa...

- Eu não acredito nisso. Não acredito nisso!

- Desculpa, mas eu não posso ficar contigo amando ela. Não é justo nem contigo, nem comigo. E eu preciso dizer isso pra ela. Tchau Márcia! - Rafael virou as costas. Estava decidido. Iria encontrar Julia e falar o que sentia.

- Eu sabia que vocês tinham se encontrado. - falou Márcia. A voz quase não se podia escutar, mas ela continuou. - Eu acabei de ler um e-mail dela pedindo pra te ver.

- O que? como assim? Você tava lendo meus e-mails de novo? Não acredito. Onde ela tá?

- Desculpa Rafa... Eu sei que meu ciúmes ajudou pra você nunca gostar de mim como gostou dela. Eu que vou embora agora...

Triste, Márcia terminou de falar e saiu. Rafael ficou em silêncio, pensou por alguns instantes no que ela disse e depois correu para o computador. Procurou o tal e-mail, mas não encontrou. Pensou um pouco e decidiu que iria até a casa de Julia, mas precisava passar em seu apartamento antes para pegar uma coisa.

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Estavam todos almoçando quando a campainha tocou na casa de Julia. O pai, bravo por alguém interromper o almoço da família, esbravejou:

- Mas quem é que vai na casa dos outros numa hora dessas?

- Deve ser algum mendigo pedindo comida... - afirmou a mãe de Julia levantando da mesa.

- Pode deixar mãe. Eu vejo quem é...

Julia levantou e foi até a porta. Ao abrir, para sua surpresa, não havia ninguém. Ela achou estranho, pensou que pudesse ser alguma criança da vizinhança e resolveu voltar para a mesa. 


Quando fechava a porta, viu um pedaço de papel no chão. "Agora sim isso tá estranho", pensou, enquanto se abaixava para pegar: "EU TE AMO!".

Ela sorriu. Estava um pouco assustada, mas tinha a certeza que só uma pessoa poderia ter feito aquilo.
Olhou para o chão novamente e um pouco mais a frente, algo brilhava. Ela pegou e viu um pequeno pingente. Ela reconheceu aquilo. Agora não restava mais dúvidas de quem era.

- Julia... quem é hein? - Ouviu sua mãe gritando da cozinha.

Não deu bola para ela, passou pela porta e olhou para os lados. Não enxergou ninguém. "onde ele tá?!", pensou. 


Andou mais um pouco e ao chegar na rua, viu Rafael, escorado no carro e sorrindo para ela.

Nenhum dos dois falou nada. Apenas sorriram e se abraçaram. Tudo que ela precisava saber, estava escrito naquele papel.

FIM! 

domingo, 7 de novembro de 2010

Use sua imaginação. O que estão esperando?

- Oi, tem alguém aqui?

- Não tem não...

- Ah, que bom... já não aguentava mais ficar em pé!

- Imagino...

- Quente hoje , né!?!

- Bastante...

- Aiai... assim tá bem melhor...

- ...

- você tá aí faz muito tempo?

- Pior que já faz um "tempinho" mesmo...

- Pois é, eu também...

- Não sei porque demora tanto...

- é mesmo né...

- ...

- Mas você acha que vai demorar muito ainda?

- Tomara que não...tenho muita coisa pra fazer ainda...

- É, eu também...

- ...

- (assobiando)...

- óh, tão me chamando...boa sorte na espera...

- ah, valeu!

FIM