segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O Rock in Rio que eu vi!

Nos dois últimos finais de semana um dos maiores festivais de música do mundo voltou a ser realizado no local onde surgiu. Estou falando, obviamente, do Rock in Rio, que levou milhares de pessoas à "Cidade do Rock", no Rio de Janeiro. O evento foi talvez o assunto mais comentado no país nos últimos dias e vários aspectos desta edição chamaram a minha atenção.

Foi legal ver a volta do festival ao Rio de Janeiro. Afinal, não fazia muito sentido levar a cidade no nome e ser realizado fora do país. Mas por outro lado, outro aspecto do nome, o que se refere ao estilo do festival, foi "violentado". Afinal, de Rock mesmo, o Rock in Rio teve pouca coisa, pelo menos no palco principal! Ficou muito mais para o Pop, do que para o Rock propriamente dito. Sem contar que algumas apresentações não fizeram o menor sentido, como os shows das baianas Ivete Sangalo e Cláudia Leite.

A justificativa para isso é a mesma usada para justificar a realização do festival em outros locais, que não o Rio de Janeiro. O Rock in Rio deixou, há muito tempo, de ser apenas um festival, para se transformar em uma marca, muito forte por sinal. Prova disso foi a quantidade de gente que atraiu nos sete dias em que se realizou (estima-se que mais de 700 mil pessoas).

Mas mesmo assim, acho meio sem fundamento colocar um show de Axé em um evento como esse. Até porque, os músicos de Axé já têm uma festa popular toda para eles, que é o Carnaval, onde o estilo reina paralelamente ao Samba, ao Funk e outros...

É plausível, até certo ponto, fazer um evento mais eclético, até mesmo para atrair um público maior, já que o festival não deixa de ser um produto. Porém, o palco principal deveria ser reservado exclusivamente para as atrações do gênero musical que dá nome ao evento, deixando os outros espaços, como o palco Sunset, aberto para a mistura de ritmos.

Como não foi isso que aconteceu, tivemos muita coisa que não tinha nada a ver com o evento. Além dos exemplos já citados, é possível lembrar ainda Shakira, Rihanna, Katy Perry, Ke$ha, Marcelo D2, entre outros. Por outro lado, no palco Sunset, uma espécie de palco secundário, apresentaram-se as duas bandas mais importantes do Heavy Metal nacional, na atualidade: Sepultura e Angra. Local e estrutura que não ficou compatível com a importância de ambas e com a legião de fãs que atraem.

Aliás, mudando um pouco o rumo da conversa, começo a destacar os pontos positivos do evento na minha humilde opinião. A participação da musa do Heavy Metal, a finlandesa Tarja Turunen, no show do Angra está entre eles, mesmo que a parte técnica, precária, tenha estragado a apresentação.

O rock nacional esteve bem representado no palco principal, a começar pelo show de abertura, com Paralamas do Sucesso e Titãs. Vale ainda destacar as participações de Skank, Jota Quest, Capital Inicial, Frejat, Detonautas e, fechando com chave de ouro a participação da música brasileira no festival, a cantora Pitty (que na minha humilde opinião é linda e maravilhosa...hehehe).

Os shows mais marcantes ficaram mesmo por conta das grandes atrações da música internacional. Ainda no primeiro final de semana foi a vez do Red Hot Chili Peppers. A apresentação de Stevie Wonder, na quinta-feira (4º dia do festival), também merece destaque, assim como System of a Donw, no último dia de Rock in Rio.

A apresentação do Guns N'Roses e do sempre polêmico Axl Rose foi especial. Não tanto pela performance do vocalista, que realmente deixou a desejar em alguns aspectos, mas pelo momento de ver uma das maiores bandas de rock do mundo, com um vocalista que tem seu nome marcado na história da música, se apresentando em solo brasileiro. O Guns e Axl não são mais o que eram há 20 anos, mas a apresentação continua emocionando com seus clássicos como "November Rain", "Sweet Child O' Mine", "Welcome To The Jungle", entre outros.

Entre todas as atrações do Rock in Rio 2011, eu destaco dois shows como os melhores. Em 2º lugar o show do Metallica, encerrando o 1º final de semana. Foi perfeito! A banda é lendária, os sucessos estavam todos lá, o público muito empolgado e a apresentação foi ótima.

Agora, o melhor de todos, o show que realmente me impressionou em todos os aspectos, foi o do Coldplay. A banda britânica esteve perfeita. Eu, que não era grande fã do trabalho do grupo, fiquei positivamente surpreso. 

A presença de palco dos caras é sensacional, principalmente do seu vocalista Chris Martin. Ele deitou, pulou, correu, pichou um "Rio" com um coração no lugar do "o", em um painel do palco, falou português, ou seja, esbanjou carisma. E musicalmente também não deixou por menos. A apresentação foi perfeita e empolgou muito o público presente, principalmente com sucessos como "Yellow", "The Scientist", "Clocks" e "Viva La Vida".

Enfim, apesar de não ter achado o evento perfeito, acho que tivemos muitas coisas boas, que merecem ser elogiadas. Foi legal ver, mesmo que de longe, shows de grandes nomes da música. Quem sabe em 2013, quando o evento volta a acontecer no Rio de Janeiro, eu possa me aventurar pela Cidade do Rock e viver esse festival de pertinho, com todas as emoções que ele pode proporcionar.

Enquanto isso, vou ficar por aqui ouvindo mais um pouquinho de Coldplay. Até a próxima! o/

8 comentários:

  1. Oiiiiii, se fosse para ouvirem falar da Palavra de Deus, num tô nem aí! mas para a música com ou sem rock lá vai o pessoau na maior. ahhhh...
    Parabéns por ser nos eu Brásiu...

    beijinhos da laura

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  2. Laurinha... quanto tempo não passavas por aqui, moça... hehehe

    então, acho que toda expressão cultural é válida e faz bem a quem se interessa. Seja com rock, com algum outro estilo de música, ou com a "palavra de Deus". Mas em todas as áreas, tem coisas boas, e coisas ruins também. Exemplos não faltam para ambas as situações.

    E também cada uma tem seus "seguidores"... Então desde que todo mundo se respeite, tá valendo... hehe

    Abração pra você, moça!

    Volte sempre! =)

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  3. Porra meu, eu tinha pensado em escrever sobre o ROck in Rio também no blog, mas acabou passando. Vi alguns shows ao vivo na Multishow, e, minha opinião é diferente da tua, pois achei o troço todo uma baita bosta. Foi-se o tempo que até o Lobão era vaiado por ter gravado uma música com a bateria da Mangueira. Agora, Ivete Sangalo e Claudia Leite é pra mata. Virou evento comercial pra adolescente. O que mais se via no público era gurizadinha de 14, 15 anos pulando e gritando histericamente na frente do palco. Sinceramente, de Rock não teve quease nada. Até as bandas de rock acabaram entrando no ritmo comercial e fizeram show pirotécnicos, querendo lamber o saco da gurizada. Uma Amy Winehouse botaria a baixo aquela porra toda. Enfim, talvez peguei pesado demais, mas eu não iria num evento desses. Se quero festa pop vou no carnaval do Rio, que é bem melhor, e ainda rola muita ceva e mulherada seminua....
    Enfim, de qualquer forma, opinião é opinião, e cada um tem a sua..ehehehe. Abraço

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  4. Aee manolo... que revolta... hahaha

    Tchê, que virou algo mais comercial que qualquer outra coisa eu concordo contigo, até porque, como disse no texto, o Rock in Rio hoje é uma marca e não mais um festival de rock e tal...

    Mas as bandas de rock que estiveram ali representaram bem sim...esses efeitos aí tem em tudo que é show...faz parte...

    e tinha gente de todas as idades tchê... hahaha...

    Mas que teve muita coisa que não tinha nada a ver com o nome do evento, isso eu concordo... hehe...

    Abraço ae manolo!

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  5. Fui no dia do Stevie Wonder. Mas, não acredito que você não mencionou o tributo à Legião Urbana que aconteceu no mesmo dia. Se você não assistiu o show procure no Google e vai ver que aquilo não teve nada de comercial, que foi o melhor show do festival (pelo menos a melhor abertura) e que 100 mil pessoas cantaram emocionadas!

    Fui mesmo para ver esse show!! Depois eu queria ir embora (rs)


    Abs Mr.


    Aparece no meu blog www.scrivimilavita.blogspot.com que você vai ler o relato que eu fiz sobre o show!

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  6. Letíciaa... esqueci de mencionar esse show...

    realmente foi especial. E olha que eu não tive o prazer de ver assim, de pertinho como tu viu. Bah, pior que esqueci mesmo.

    Mas que bom que tu lembrou.

    Esse tributo foi demais mesmo. Também pudera né... era tributo a melhor banda que já existiu nesse país... hehehe

    Valeu pela visita, moça!

    Abração!

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  7. Ah July, teve mesmo muito pop, mas o rock que teve, foi de qualidade... pelo menos isso...

    hehe

    Abraço!

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