segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Futuro nebuloso

Eu pretendia seguir no tema Carnaval e escrever algo sobre uma dúvida que surgiu enquanto assistia aos desfiles das Escolas de Samba do Rio de Janeiro. Mas um fato ocorrido neste final de semana e do qual tomei conhecimento hoje pela manhã, fez com que este texto tivesse outro assunto.
No texto abaixo, no qual falo sobre BBB, Carnaval e praia, citei uma preocupação que tenho com a criação das crianças. O exemplo dado ali foi o fato de crianças de não mais que 12 anos estarem em meio ao Carnaval, fazendo coisas que não são compatíveis com a idade delas. Agora, tenho um novo exemplo de que algo está muito errado na forma como os pais criam seus filhos. Obviamente que existem as exceções, pois como já falei outras vezes, não é bom generalizar, mas é possível afirmar que a maioria está, digamos, contaminada.
Ouvindo a rádio local (moro em Santo Ângelo), fiquei sabendo de um acidente de trânsito na madrugada de sábado para domingo. A colisão ocorreu em uma rua central da cidade. Aliás, uma das mais importantes, digamos assim. Pois bem, conforme informou o repórter da rádio, por volta da 1h30 de domingo, um carro em alta velocidade colidiu na traseira de outro automóvel. O carro atingido invadiu a calçada e por muito pouco não entrou no cinema da cidade. O local onde parou o carro é muito frequentado por pedestres que costumam ficar em frente ao cinema olhando o movimento.
Pois bem, o repórter teve a felicidade de acompanhar o acontecido e logo após a colisão chegou ao local. Com seu gravador e seu instinto profissional, começou a procurar informações sobre o ocorrido. Ao tentar entrevistar a mãe do motorista do carro que causou o acidente, na tentativa de obter alguma informação, o jornalista foi insultado e teve até mesmo sua mãe insultada. Uma total falta de educação da senhora na tentativa de acobertar seu filho, de 19 anos, que dirigia de maneira imprudente e que causou um acidente que, por sorte, não machucou ninguém.
Então senhores. Aí está mais uma prova da péssima criação que alguns pais dão a seus filhos. A senhora, além de permitir que seu filho dirigisse alcoolizado e de maneira imprudente (pois se assim ele se comportava, tudo leva a crer que os pais não foram rígidos na tentativa de combater esta atitude), ainda tentou acobertar o erro cometido por ele. Não satisfeita, insultou deliberadamente um profissional, que tentava apenas fazer seu trabalho.
Como vamos diminuir os acidentes? Como vamos melhorar a atitude e a convivência entre as pessoas? Como será possível melhorar a vida para todos? Se as crianças e os jovens, os futuros, estão sendo mal educados. Isso quer dizer que o futuro tende a ser pior que o presente, pois com a má criação e os maus exemplos dos adultos, eles se tornarão cidadãos menos conscientes e consequentemente educarão mal também seus filhos. E então temos um deplorável ciclo de maus exemplos que infelizmente não nos trará nenhum benefício.

2 comentários:

  1. Horrível a atitude da mãe do jovem de 19 anos. Lamentável. Revoltante. Se houvesse vítimas com ou sem mortes, creio que o jovem iria preso. E a mãe deveria ir também!

    Ao terminar de ler o seu texto, lembrei da história contada por uma amiga minha. O noivo dela é bombeiro e essa profissão rende muitas histórias. Boas e más. A que ouvi é má, triste. O noivo e sua equipe foram socorrer as vítimas de um acidente de carro. Retiraram a mãe no meio dos destroços e imediatamente foram salvar o filho que estava como motorista. A mãe disse: "Não encontro a minha bolsa. Procurem por ela. Peguem ela". Os profissionais dizeram que fariam isso depois de tirar o filho das ferragens. Imediatamente a mulher falou: "Tirem ele depois. Primeiro a bolsa". Fiquei chocada e muito triste com essa história. Imagine como devem ter sentido os bombeiros no momento. Como pode dar mais importância ao objeto em vez do próprio filho? Triste demais. De massacrar o coração.

    Abraço e obrigada pela sua audiência no meu blog!

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  2. Pois é Lu... são exemplos como este que me deixam muito pessimista quanto ao futuro... afinal, como as crianças e os jovens vão fazer algo melhor pela sociedade com exemplos como estes?

    Claro, existem as excessões, mas são minoria.

    No mais... obrigado pela visita mais uma vez...

    Abraço!

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