Há muito tempo que acompanho o futebol. Sou apaixonado por esportes e já escrevi isso, aqui mesmo, em outros textos. Também não é segredo meu amor pelo Grêmio.
Pois bem, a cada dia a grande mídia noticia novas transações milionárias, envolvendo alguns jogadores de renome e grande qualidade e outros nem tanto. Aqui no Brasil então isso é ainda mais comum, até porque nosso futebol é um dos grandes formadores de bons jogadores, fato que atrai as potências europeias, que sempre vem em busca de novos craques. Em uma época onde o dinheiro faz muita diferença, fica quase impossível para qualquer clube manter um certo jogador por um período de tempo maior.
Também não podemos criticar os atletas por aceitarem as transferências, pois todos almejam melhorar suas vidas, bem como de seus familiares. Também é conhecido que muitos dos jogadores vem de famílias pobres, aumentando ainda mais o desejo e até mesmo a necessidade de melhorarem sua condição financeira.
Dito isso, chego ao ponto que quero tocar com este texto. Sou fã em especial de um jogador do Grêmio. O nome dele é Anderson Simas Luciano, de 33 anos. Não conhece? Nunca ouviu falar? Sim, porque para o público em geral ele é simplesmente Tcheco, capitão da equipe tricolor.
Tcheco é paranaense. Surgiu para o futebol no Párana Clube e já rodou por uma boa quantidade de clubes, com destaque para o Coritiba e Santos, além do próprio Grêmio.
Se bem me lembro, quando da sua chegada ao tricolor, em 2006, veio com uma certa desconfiança, até mesmo pelo fraco desempenho no Santos e por estar vindo de um clube da Arábia Saudita, o Al Ittihad. Apesar do "pé atrás" da torcida, em pouco tempo ele se tornou um dos principais jogadores do grupo que conquistou vaga para a Libertadores do ano seguinte. Em 2007 voltou a se destacar na disputa da própria competição, além de seguir como um dos líderes do time.
Além da competência dentro de campo, Tcheco foi sendo absorvido neste período por todo sentimento que um gremista sente pelo clube. Ao fim de 2007 uma nova proposta do clube árabe o levou de volta, mas deixou a promessa de retornar ao tricolor e assim o fez. Meio ano depois de sair, Tcheco fez questão de voltar.
Desde então, reforça em cada declaração seu carinho pelo clube. Não tem problema nenhum em se mostrar feliz no estádio Olímpico. Mas ultimamente o capitão vem sofrendo duras críticas. Parte da torcida não vem gostando de suas atuações e vem pegando no pé dele. O ápice das críticas veio com a criação de um site, especialmente dedicado a pedir a saída do capitão. É o saitcheco.com.
Absurdo isso! Onde encontramos hoje em dia jogador que demonstra carinho sincero por um clube de futebol como Tcheco pelo Grêmio? Onde se vê um atleta comemorar tanto um gol como ele comemora sempre que o Grêmio marca? Ele pula e vibra como um torcedor comum, não seguindo a característica da maioria dos jogadores. No Gre-Nal dos 100 anos, ao sair para o intervalo, respondeu como um gremista responderia à uma pergunta de um repórter. Queria ver o time com mais vontade de ganhar, pressionando o adversário, afinal, se tratava de um Gre-Nal.
Tcheco foge dos discursos prontos. Mostra sinceridade quando fala e um profissionalismo exemplar. É inadmissível que alguns torcedores (?) tenham escolhido ele para fuzilar com suas críticas infundadas. Tcheco continua sendo o maestro do Grêmio. Pode não apresentar um futebol de luxo muitas vezes, mas nunca deixa de jogar com raça e dedicação. E acima de tudo, demonstra um carinho pelo clube, que é raro hoje em dia no mundo do futebol.
Eu sou fã do Tcheco, como jogador de futebol e como pessoa.
Quero ainda vê-lo levantando uma taça com o manto sagrado, para se eternizar de vez no clube. E começo desde já a campanha: "Tcheco na calçada da fama do Grêmio já".
Enfim, força ao nosso capitão e que ele tenha em mente que, como o próprio site criado contra ele demonstrou, a maioria da nação tricolor está ao seu lado e torcendo por ele e pelo Grêmio.