sexta-feira, 17 de julho de 2009

100 anos de rivalidade (2)


O empresário João Veiga, 49 anos, é daquele tipo de torcedor que costumamos chamar de fanático pelo seu time do coração. Ele mesmo comprova isso ao afirmar que "o Sport Club Internacional faz parte da minha vida 24 horas por dia". E ele não está mentindo. No seu escritório a decoração é toda composta por quadros das conquistas do Internacional e uma cor é proibida: o azul do Grêmio.
Mas a verdadeira comprovação da paixão de Veiga pelo Inter está no seu apartamento. O imóvel tem dois andares e por onde olhamos encontramos objetos relacionados ao clube. No segundo piso a decoração é exclusivamente alvi-rubra. Vai desde a cor do sofá até os objetos do banheiro, passando até mesmo pelo teto da sala. Tudo em vermelho e branco e com o escudo do Internacional em destaque.
O amor do empresário pelo clube influencia inclusive no humor de Veiga no dia-a-dia no trabalho. "Quando o Inter ganha eu venho trabalhar com alegria. Mas quando perde eu sofro muito. Mas atualmente, na segunda-feira, quando eu venho trabalhar, a coisa que eu mais sinto alegria é ver a classificação do meu time", afirma o colorado com um sorriso de satisfação na face, já que o Inter ocupa as primeiras colocações na tabela do brasileirão.
Ele afirma que o clássico mais marcante para ele foi o Gre-Nal do século, disputado em 1989. "Eu estava assistindo esse jogo e o Inter estava perdendo por 1 a 0 e teve um jogador expulso. Mas o Inter ainda reverteu o resultado e nós ganhamos por 2 a 1", lembrou.
João Veiga tem uma opinião clara quanto à rivalidade. Segundo ele deve haver respeito entre as torcidas e aqueles que ofendem não podem ser considerados torcedores. "Eu não considero como torcedor quem vai ao estádio ou a um bar pensando em ofender moralmente o torcedor do outro time. Esse não é torcedor. É isso que está afastando muita gente do estádio", afirma o torcedor colorado, completando que "a rivalidade deve existir, mas de forma sadia. Deve existir uma corneta sadia, pois os clubes dependem um do outro".
Supersticioso, ele afirma que segue um ritual em todos os jogos. "Eu uso uma camiseta e se o Inter vence eu sigo usando até perder. Quando perde eu troco a camiseta porque aquela já está dando azar", afirmou João Veiga.
Entre tantos objetos do Internacional, ele sente dificuldade em destacar um em especial, mas é notório o carinho por tudo que leve o símbolo do clube.
Sobre a importância do Gre-Nal ele é enfático. "Perder o Gre-Nal e ganhar o campeonato perde a graça. O Gre-Nal é um campeonato à parte. É praticamente mais importante ganhar o Gre-Nal", afirma.
Esperançoso no time, João Veiga arrisca até o placar para amanhã. "3 a 1 com dois gols do Taison e um do Nilmar".

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