domingo, 6 de junho de 2010

Paranoia!

Há cerca de duas semanas, ou mais, não lembro ao certo até porque não fiquei contando os dias, aconteceu algo que mexeu um pouco com a minha rotina. Mas antes de entrar na história propriamente dita, começo falando sobre o local onde moro, pois será importante para o restante dos relatos.
O local onde resido é próximo a uma universidade e sendo assim, a maior parte das moradias são habitadas por estudantes. Por isso mesmo, a rua leva o nome de Universidade das Missões e o bairro é o Universitário. As casas onde moram os estudantes é aquela coisa: dois, três ou mais jovens que dividem as moradias. Eu mesmo moro numa casa com dois estudantes. Como a maior parte é formada por estudantes de outras cidades da região, em finais de semana e feriados, o bairro fica meio deserto. Pronto...acho que esse resumo já será suficiente. Agora vamos aos fatos.
Como afirmei no começo do texto, há cerca de duas semanas ocorreu algo novo...e ruim. Eu saía para ir trabalhar, como faço toda segunda-feira. Estava atrasado, algo não tão incomum assim (hehe) e havia chamado uma moto táxi. Enfim, isso não é importante. Quando cheguei na calçada, onde esperaria a moto, vi uma das vizinhas (da casa que fica em frente a nossa) que me fez sinal e gritou que queria falar comigo. Estranhei, porque não temos muito contato, mas como estava indo naquela direção, o óbvio seria ir falar com ela.
Então ela perguntou se não tínhamos (eu ou os outros moradores da casa) notado nenhuma movimentação estranha na noite anterior (um domingo), pois a casa onde ela e outras estudantes moram, havia sido arrombada e alguns objetos foram furtados. Falei que infelizmente não havia percebido nada, como realmente não aconteceu e fiquei de perguntar ao outro morador que estava em casa no dia. Nos despedimos e eu fui trabalhar.
O interessante foi ver a cara de assustada e triste dela, pois, como ela mesmo afirmou, haviam roubado coisas de valor, como o computador dela. Mas principalmente pelo susto de chegar em casa e ver que a mesma fora invadida por intrusos que reviraram tudo. É um cenário realmente assustador.
Pois bem...poucos dias depois, em um almoço, um dos moradores aqui de casa comentou que outra casa (a do lado da nossa) fora arrombada no dia anterior. Segundo ele, foi no horário da aula do noturno, em que os moradores estava na universidade.
Poxa, em cerca de 10 dias, duas casas vizinhas invadidas (uma em frente e a outra ao lado da nossa), obviamente que o que seguiu foi uma preocupação e uma atenção redobrada. Desde então, fizemos o possível para não deixar a casa sozinha. Sempre tentando conciliar os horários para que alguém esteja em casa.
Tudo bem, não fosse o feriado do dia 3 de junho, Corpus Christi. Como relatei lá em cima, feriado = deserto no bairro. E na casa onde moro não foi diferente. Os outros dois moradores foram para suas cidades e eu fiquei de caseiro. Foi aí que começou a Paranoia, título deste texto.
O feriado foi na quinta-feira e na sexta tive que trabalhar. Não saí de casa sem antes esconder computador e tudo mais que eu achasse de valor. Algo que não é legal, sem contar a incerteza de saber se chegará em casa e a mesma não terá sido violada.
Não bastasse isso, as noites foram um tanto quanto inquietas para mim. Invariavelmente qualquer barulho na rua, ou mesmo alvoroço dos cachorros, estava eu espantado e olhando em cada fresta para ver se tinha alguém rondando a morada. Incrível, pois desde criança, quando este medo é até normal, que eu não me sentia assustado assim. E pior que estar assustado foi justamente a paranoia. Até para dormir ficou difícil.
E o que motivou este texto foi justamente este medo, que de certo modo foi novo para mim. Não vou ser hipócrita de dizer que não sinto medo de nada, mas esse tipo de temor, como disse, não sentia desde que era criança. Foi interessante ver, como este sentimento alterou minha rotina. Desde esconder as coisas antes de sair de casa, até as madrugadas paranoicas que passei.
Imagino agora como é viver em cidades maiores e mais violentas. Deve ser realmente horrível. Também me coloquei um pouco no lugar de alguém que tenha Síndrome do Pânico, outra sensação horrível.
Isso não retirou a vontade que tenho de morar em grandes centros, mas foi realmente chato conviver com este temor e principalmente com esta paranoia de estar prestes acontecer algo ruim. Bom que pelo menos neste domingo, me tranquilizei e passei um dia mais agradável.
Até a próxima!

10 comentários:

  1. Xi, menino, mas que coisa ruim viver esse medo... sei o que é o medo e posso dizer que, se for de entrar numa briga por qualquer motivo, você entrando perde o medo logo naquela hora e só lhe apetece esmurrar e partir quem te quiser fazer mal...eu vivi isso na África do Sul por causa de um amigo que vivia em nossa casa, puxa, meu pai lá dentro segurando uma faca, os molengas na rua fora do portão querendo puxar-me prá rua e meu cão pastor alemão os meteu a todos dentro do carro... com medo...mas eu lutei com o rapaz que começou a bagunça toda, eu rolei no chão, eu bati plas costas até o deitar no chão, ah, só contado...mas medo de assaltante de casas não, não sei o qué, e já agora, reze, peça proteção a seus Santinhos e verá que o livram de coisas ruins...
    É mau, muito mau viver com esse medo não só de perder nossas cosias mas por podermos ser agredidos fisicamente se estivermos em casa quando os larápios chegam...Minha nossa...que chatice...
    aquele apertadinho abraço e não vou esquecer de pedir por você para que nada de mal lhe aconteça, xiça menino...credo que susto de morte sabendo que assaltam assim na maior. Coitados, o pão não chegando para todas as mesas...
    Beijinho d alaura

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  2. POis é Laura... foi um feriado bem ruim mesmo por causa disso. Ainda mais, porque fui pego de surpresa...não contava que ficaria assim... sei lá porque aconteceu isso...

    mas já passou... hehe...e na verdade, eu me preparei para caso houvesse a necessidade de um confronto...hehe...

    enfim...obrigado pela visita...

    abraços do Mr.!

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  3. Acontece e acontece a tantos, se der tempo, pegue nos meus links o da Pitanta (ela é Pitanga, moça de minha idade e veja o que aconteceu a ela no Rio...
    Peça sempre proteção...ore a S. Miguel Arcanjo...e quem sabe!...
    beijinho , hoje chove está dia nebulento, mas eu gosto..ter sol e calor apertando também enche.
    laura

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  4. Nossa, que relato! É de assustar e, ao mesmo tempo, de ficar atento ao que anda acontecendo perto de você. Não se precipite nas suas ações e vá se preparando para caso testemunhar um roubo. Um abração da Lu!

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  5. Laura... vou procurar o texto sobre a aventura de Pitanga no Rio... hehe...

    é, o jeito é orar por proteção e agir em caso de necessidade...

    sobre o calor e o sol, eu como um amante do inverno, nem gosto muito de sol e calor mesmo...hehe... dias frios são os melhores, pra mim né... hehe...

    abraços!

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  6. Luuu...que bom recebe-la novamente aqui...hehe

    realmente foi assustador, mas como disse ali pra Laura, já passou... o pior mesmo foi que o medo me pegou de surpresa...hehe...

    mas enfim, já passou e o que eu sei, é que se algo acontecer, o importante realmente é manter a calma...

    obrigado pela audiência...

    abraços do Mr.!

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  7. Manter a calma mas, será sempre de meter medo se acontecer estar vc a ver, xi, ah, nessas alturas apetece ter asas e sair pla janela voando, pô!...

    Ore por proteção sim, vc deve acreditar que as Forças Superiores controlam e estão presente se chamarmos por elas, só pode!... Então cheme para dentro não precisa orar gritando e dando a saber ao ladrão que vc está pedindo ajuda ehhhhhhh, fale pra dentro, ELEs ouvem e agem logo no momento... mas para mim conta muito as outras vidas, se isso fizemos é isso que receberemos, é a tal da lei; olho por olho, dente por dente... das vidas passadas, acredita? Eu sim...
    Beijinho e abraço apertadinho, tentarei nem esquecer de pedir por vc quando vou orar...laura

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  8. hehehe... sim, se isso acontecer, provavelmente eu vou orar sim...hehe... na verdade, é uma hábito que eu preciso retomar...

    sobre vidas passadas...interessante você tocar neste assunto... tem lógica teu raciocínio...hehe...

    abraço, Laura!

    valeu por mais uma visita! =)

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  9. Pois é, não é querer te assustar, mas pela lógica, a próxima casa eh a d vcs...eueuh. mas acontece, aki ja levaram tudo uma vez (moro na boca do harmonia). o negócio é não deixar a casa sozinha mesmo, ou o mínimo possível. na real, me sentia mais seguro em um ap em poa do q em uma casa aki. faloww, abraço aeh alemão!

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  10. sim Ritter... eu devo ter sido influenciado pela lógica tbm, mas a verdade é que aqui na região todas as casas são alvos... hehe...

    sim, mas apê dá um ar de mais segurança mesmo... sei lá, aqui tbm tem uns bairros bem complicadinhos por perto...

    mas tche... entrei pro grupo dos "Alemão" agora? suhahsuahsuhau...

    abraço aee...

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