- Oi! Rafa? – ela pergunta com surpresa.
Ele olha pra cima e ainda incrédulo responde:
- Julia!? Quanto tempo!? – seu rosto é um misto de surpresa e felicidade.
Sabia desde que entrou naquele Café que iria acontecer algo de diferente, mas não esperava que fosse isso.
Quando ele começava a divagar em meio a seus pensamentos ela fala novamente:
- Pois é. Tempão mesmo. Como que você ta?
Ele sorri. Não sabe se responde ou se fica admirando seu sorriso. Não consegue desviar o olhar. Está hipnotizado. Quantas vezes sonhou com aquele momento. Ela o interrompe novamente:
- Rafael! Você ta bem?
- Opa! Estou bem sim. Desculpa, mas é que estou realmente surpreso em ver você. – Ele responde tentando disfarçar o fascínio em que se encontra. E complementa: e você? Como vai a carreira de modelo?
Agora é a vez dela ficar sem graça. As lembranças vão tomando seus pensamentos e ela apenas sorri, respira fundo e responde com um sorriso que disfarça a tristeza.
- Pois é, Rafa. Acabou. Eu tentei, me esforcei, mas aquele mundo não é pra mim. E você sabe que eu sempre quis ser Jornalista. Aquilo era só um sonho de menina.
- Mas e agora? Voltou para casa dos teus pais? - A conversa vai se desenvolvendo naturalmente e ela senta-se a mesa com ele.
- Tive que voltar, mas apenas por enquanto. Preciso me estabilizar novamente. Afinal, foram muito anos fora né.
Ele apenas faz um aceno com a cabeça concordando e sorri. Ainda não tem certeza de não estar sonhando. Mas ela novamente interrompe seus pensamentos.
- E você. Que tem feito?
Ele sorri de novo. Não consegue parar de pensar como sentia saudade daquele rosto. (Como ela tá bonita.Não mudou nada. Esse mesmo jeito de menina), pensa ele antes de responder:
- Ah, eu to trabalhando na empresa do meu pai. Sabe como é né, sempre foi o sonho dele. Quando eu concluí o curso de Administração ele ficou feliz como nunca tinha visto. E eu gosto de trabalhar com ele, ter essa sensação de apoiar a família. Você lembra que eu sempre dizia que queria ajudar ele um dia? Pois então, estou fazendo a minha parte.
Claro que ela lembrava. Muitas vezes em momentos de solidão revia os diálogos que tiveram. Era como um filme em sua cabeça.
- Que bom Rafa. É bom ver você feliz – diz ela tentando disfarçar o constrangimento por ver uma aliança na mão direita dele. (Será que ele percebeu que eu estava olhando!?), ela pensa.
Ele percebe e num impulso tenta esconder a mão. (Porque eu fiz isso?), ele fica se perguntando e com rapidez termina o café que estava tomando. Olha então para o relógio em seu pulso esquerdo, afirma ter um compromisso e se despede.
- Realmente se não precisasse estar lá em 15 minutos eu ficava e conversava mais um pouco. Mas com você aí a gente vai acabar se encontrando novamente, não é mesmo? Foi bom ver você de novo. Manda um abraço para seus pais. – Termina, mesmo sabendo que os pais dela não iam muito com a sua cara. Levanta-se, vai até o caixa, paga sua conta e vai embora.
Ela, ainda sentada na mesa onde ele estava, olha em volta, pensa no que acaba de acontecer e não consegue evitar uma lágrima. Mas antes que a emoção venha à tona ela é abordada por um rapaz com avental:
- A senhora já pediu?
- Quero apenas um expresso, por favor! – Ela fala e volta aos seus pensamentos...
CONTINUA...
Continua! Continua logo! Rsrsrs...
ResponderExcluirem breve mais desdobramentos desta história... aguardem... hehe...
ResponderExcluirabração, Lu!
Oi, tudo bem?
ResponderExcluirNão nos conhecemos, mas tenho um blog também e gosto muito de escrever, além de cursar jornalismo. rs
Também estou curiosa. Continua logo essa história. rs
Se quiser visitar meu blog:
www.blogdale-escritora.blogspot.com
Abs
Oi Letícia... seja bem vinda!
ResponderExcluirObrigado pela visita e sinta-se a vontade para visitar outras vezes... hehe
Pode deixar que vou visitar seu blog sim... é muito válida essa troca de ideias e experiências.
A história vai ter continuação em breve... hehe
Abraços do Mr.!