sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo, pessoal! =)

O Mr. Gomelli aproveita as últimas horas de 2011 para agradecer a todos os que visitaram esse espaço e dedicaram alguns minutos do seu dia, da sua vida, para prestigiar as besteiras ditas por este que vos escreve.

Espero que no próximo ano (daqui a algumas horas) a gente possa continuar interagindo. É sempre bom ver que existem pessoas gostando ou pelo menos se interessando pelo que a gente tem a dizer. Por isso também, eu agradeço a todos que estiveram por aqui, desde os que leem e comentam aqui mesmo, passando pelos que leem e comentam em redes sociais ou mesmo os que só para uma olhadinha "por cima".

Espero que de alguma forma, algum desses textos colocados aqui possa ter ajudado alguém a melhorar algum aspecto da vida ou pelo menos a refletir sobre os temas propostos.

Acredito que para um texto ser bom, além de bem escrito, com correção ortográfica e gramatical, é preciso conseguir mexer com o leitor de alguma forma. Espero que alguém possa ter se sentido assim em algum texto deste blogue.

Se ainda não consegui, vou seguir tentando, sempre procurando aprender e melhorar mais para agradar àqueles que prestigiam e que são tão importantes para a manutenção desse espaço.

Dito isso, encerro desejando uma grande passagem de ano a todos vocês, com muita alegria, tentando transformar as palavras usadas para os votos de felicidade, em boas ações para todos os que estão a sua volta.

Que 2012 seja um ano repleto de realizações e de coisas boas, mas a gente sabe que as coisas ruins também vão acontecer, porque a vida é assim mesmo. Então que as coisas boas estejam em maior número e que as ruins sejam facilmente contornadas e ultrapassadas.

Para isso, também é importante fugirmos um pouco de uma certa mania que temos de reparar mais nas coisas ruins. É preciso valorizar as coisas boas, cada conquista, cada sorriso, cada encontro ou reencontro, cada alegria que chegue na nossa vida. Vamos salientar as coisas boas. As ruins, depois de vencidas, que sirvam apenas de exemplo, aprendizado.

Vamos multiplicar as alegrias, dividindo com os demais, diminuindo as tristezas, e somando isso tudo em uma sociedade mais HUMANA.

Pode ser utópico, mas seria tão maravilhoso se isso realmente acontecesse. Ou pelo menos que a mudança começasse. Afinal, é preciso começar, não é mesmo!?!

Vamos buscar as coisas boas. O ano novo não vai ser melhor que o último só porque desejamos isso. Temos que correr atrás, fazer por merecer, buscar as alegrias. Vamos errar pelo caminho, cair um tombinho aqui, outro ali, mas o importante é sempre levantar e seguir em frente. 

Vamos sonhar e mais que isso, vamos realizar. Como já escrevi tantas vezes aqui, os sonhos são o combustível para as realizações. (não sei de onde tirei essa frase).

Enfim...

Deixo aqui meus sinceros votos de um FELIZ ANO NOVO a todos, com muita SAÚDE, que é o essencial. Com a saúde em dia, a gente pode ir atrás do resto.

Abraço pessoal!

Feliz Ano Novo e voltem sempre! =) \o/

domingo, 25 de dezembro de 2011

Natal: tempo de paz! (hahahahaha) *

Com um copo de cerveja pela metade na mão esquerda, Gilberto levou a mão direita até o botão de pause e deixou o local em silêncio. A interrupção da música fez os familiares olharem de súbito em direção ao som. Uns tinham um semblante de espanto e surpresa, outro, já tão "altos" como Gilberto, apenas riam da situação e falavam qualquer besteira. O relógio marcava 1h05min da manhã.

Passados alguns segundos, ele começou, com a fala enrolada, típica de quem já bebeu mais do que devia. Mesmo assim, saiu-se bem no discurso. E não poderia ser diferente. Gilberto sempre fora muito bom com as palavras.

- Desculpa atrapalhar a festa pessoal, mas acho importante salientarmos esse momento. - disse ele para tomar mais um gole de cerveja e depois continuar.

- O Natal é um momento de reflexão para todos nós e nada melhor que passarmos esse momento ao lado da nossa família, das pessoas que amamos e que são as mais importantes para nós. Que esse Natal represente o começo de um ciclo de paz para todos nós e para toda a humanidade. Natal para mim é sinônimo de paz... e é isso que eu desejo. Paz nos nossos corações. Feliz Natal a todos! - concluiu.

Os familiares foram a loucura com o discurso. Os mais exaltados gritavam e batiam palmas. Uns se abraçavam, outros iam até Gilberto parabenizá-lo pelas belas palavras, enquanto outros, mais emocionados, deixavam escapar algumas lágrimas.

A esposa de Gilberto, Aline, foi até o marido e o abraçou. Ela era uma das que haviam chorado com o discurso. Logo Leandro e Julia, filhos do casal, estavam juntos no abraço coletivo. A família demonstrava uma união típica do espírito familiar, o local todo estava tomado pelo espírito natalino e assim seguiu a festa.

Por volta das 2h da manhã, Gilberto pediu à esposa que pegasse mais uma cerveja para ele. A mulher, ainda contente pelas palavras do marido, foi sem pestanejar, mas no caminho de volta, acabou tropeçando e na tentativa de se equilibrar novamente deixou cair a garrafa de cerveja, que se espatifou no chão.

Irritado com a situação, o homem foi até a esposa e desferiu um tapa com a mão direita, acertando em cheio o rosto da mulher.

- Sua incompetente. Não sabe fazer nada direito. Olha aí o que tu fez...

Indignado com a situação, um dos irmãos de Gilberto, com o qual já havia tido algumas brigas inclusive, foi para cima do homem e os dois logo entraram em batalha, rolando pelo chão do salão como dois animais. Era socos e pontapés para todos os lados. Uns tentavam apartar a briga, outros consolavam Aline, que chorava copiosamente após ser agredida MAIS UMA VEZ pelo marido, enquanto outros apenas olhavam a cena com expressão de surpresa e espanto.

Logo a briga havia sido apartada e a festa chegava ao fim. Ainda enfurecido Gilberto pegou a chave do carro e saiu batendo as portas da casa do sogro, onde a família se reunia todos os anos. Deixou a esposa e os filhos para trás.

De dentro de casa só deu para ouvir o barulho do motor do carro, que em alta velocidade, avançava pela rua.

Enfurecido e alcoolizado, o homem não se preocupava com a velocidade. Pisava o mais fundo que podia no acelerador e avançava sinais vermelhos sem se preocupar com a possibilidade de um acidente.

Ao fazer uma curva, porém, acabou invadindo a pista contrária e batendo de frente em outro carro. No outro automóvel, estavam um casal  e seus filhos de 7 e 4 anos, e um bebê de 8 meses, que voltavam de uma confraternização de natal. Todos mortos com a colisão.

Gilberto, porém, como em um "milagre de natal", ficou com algumas lesões, mas sobreviveu para continuar sendo ótimo com as palavras, mas péssimo em suas ações.

* O título original desse texto seria "Natal: o ápice da hipocrisia"

sábado, 10 de dezembro de 2011

Mais rimas pobres...


Espírito natalino?

Dezembro chegou
O natal se aproxima
Paralisado ficou
Sem olhar para cima

O sol queima a pele
A multidão circula
Ajuda é o que ele pede
Mas quem se preocupa?

Esse é o espírito de natal
Lembrado a cada dezembro
Olhar as vitrines é essencial
E o prateado ali sofrendo

Greve de fome, saudade do filho
Será verdadeiro o motivo?
Leia o cartaz, dê um auxílio
Que nada, natal: espírito festivo!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Doe um fone de ouvido a um funkeiro!

Eu já abordei esse tema há mais de um ano e meio (Coloca os fones pô!), quando o problema parecia estar apenas começando, mas agora resolvi retomá-lo.

Outro dia estava parado esperando o ônibus no centro da cidade. Final de tarde, parada cheia, gente caminhando pra lá e pra cá, barulho alto de carros, ônibus e daquelas bicicletas com uma caixa de som fazendo propaganda de lojas (outra coisa muito irritante). Enfim, era o típico cenário de mais um dia no centro de uma cidade grande, ainda mais na hora do pessoal sair do trabalho e ir para casa. Pois foi aí que chegou o sem noção da história, todo cheio de marra.

Parou uns 3m a minha direita, pegou o celular e colocou a tocar um funk escroto (redundância: todo funk é escroto). Mas ele não estava satisfeito. Animado com a música (música?), com aquele chiado característico do som do celular, o cara começou a dançar, enquanto olhava para os lados com um ar de superioridade do tipo: ah, to arrasando geral.

A cena era no mínimo ridícula. Algumas pessoas, mais irritadas, saíam de perto (meu caso). "Onde tá aquela maldita bicicleta com propaganda das lojas quando a gente mais precisa dela!?!", pensei comigo. Sim, pois assim pelo menos abafava o som do celular do sem noção.

A situação não durou muito. Pelo menos não ali na parada de ônibus, porque logo ele subiu em um busão e foi embora, claro, com o som do celular ligado. Sinto pena dos que dividiram a "viagem" com ele.

Eu passei por isso outro dia. Entrei em um ônibus e sentei em um dos bancos. A viagem tava tranquila e eu, atucanado com os problemas do dia-a-dia, fazia contas e planos mentais. O raciocínio fluía que era uma beleza. Até que subiu um sem noção, sentou no busão e ligou uma música (?) no celular em alto e bom som. O ritmo, lógico, era funk. ¬¬

Foi-se o raciocínio, foi-se a tranquilidade da viagem. Simplesmente porque não tem como ficar tranquilo com uma atitude dessas. Não só pela qualidade musical, mas porque é uma invasão de espaço, é uma falta de respeito, é uma falta de educação. 

Ninguém é obrigado a ouvir a música que outra pessoa gosta.


Cara, os novos celulares têm várias funções, eu sei disso e uso todas as que existem no meu. Mas eu uso pra mim, sem incomodar ninguém. Se estou com vontade de ouvir minhas músicas, seja em casa, na rua, ou no busão, eu coloco meus fones de ouvido e fico ouvindo minhas músicas. Não obrigo as pessoas que estão por perto a ouvir também.

É o mínimo de bom senso que está faltando. Antes, quando surgiram os celulares que tocavam música, até tinha outra possibilidade, que era mostrar que tinha música no celular, ou seja, o exibicionismo. Até citei isso no outro texto. Mas hoje não. Todo celular tem música. O problema é falta de bom senso mesmo.

E o pior de tudo que normalmente, em 99% dos casos, o dono do celular está ouvindo funk.

Por isso, hoje, o blogue do Mr. Gomelli tem a honra de anunciar que apoia com todas as suas forças uma campanha lançada a algum tempo na internet. Precisamos agir... hehe.

Todo mundo que faz uso de eletrônicos, tem um ou outro fone de ouvido sobrando em casa. Sempre sobra, sempre acontece isso. Então vamos ser conscientes. Vamos dar uma utilidade a esses fones. Vamos devolver o mínimo de sossego que uma viagem de ônibus pode ter. Ou uma simples caminhada pela cidade. Sim, porque eles andam desfilando pelas ruas com o som do celular ligado também.

Então, meus amigos, vamos nos mobilizar e atacar esse problema. Venha você também para a campanha!

"Doe um fone de ouvido para um funkeiro!"


Até a próxima! ;)

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Pra esquecer (final)

Obs.: Caso você ainda não tenha lido a 1ª e/ou a 2ª parte dessa história, logo abaixo estão os links que levam a ambas.

Pra esquecer

Pra esquecer (continuação)


Depois de tomar o café da manhã, conforme recomendado, Gerson foi levado para uma sala pequena, onde seria explicado todo o processo pelo qual havia passado. Ali, sentado em uma cadeira estofada, o rapaz olhava desconfiado para o grupo de médicos a sua frente.

Eles conversavam entre eles e olhavam para Gerson. Era claro que falavam dele e ele quase morria de curiosidade.

A Dra. Juliana, única brasileira na equipe, dirigiu-se a ele, finalmente.

- Bom Gerson, é um enorme prazer para a nossa equipe ver que você está tendo uma ótima recuperação. Até aqui, pelo que podemos ver, o procedimento saiu conforme planejado – falou ela, com o já corriqueiro tom amigável.

Gerson não perdeu tempo em questioná-la.

- Tá, mas e será que funcionou mesmo doutora? – estava impaciente, ainda mais depois do sonho que tivera.

- Bom, é o que vamos confirmar agora – afirmou a médica, virando-se para uma tela a sua frente, passando às explicações.

- Gerson, como você sabia, o método ao qual foi submetido é totalmente novo. Depois de muito tempo pesquisando e estudando possibilidades, encontramos uma forma de fazer algo semelhante ao que é feito quando se formata um computador. Nós formatamos o seu cérebro, as suas lembranças. – Ela fez uma pausa e perguntou se ele tinha alguma dúvida até o momento.

- Por enquanto não, doutora – respondeu rapidamente.

- Muito bem. Quando você nos procurou evidenciando o interesse em ser o primeiro a se submeter a esse procedimento, nós pedimos que você fizesse uma lista das memórias, das passagens da sua vida que queria apagar. Você lembra algum item da lista?

- Não sei bem ao certo, mas a princípio não.

- Bom, para tirarmos essa dúvida, vamos fazer um teste com você. Vamos passar aqui uma série de imagens. São lugares, acontecimentos e pessoas que estavam na sua lista, outras que não estavam porque você não queria esquecer e ainda muitas outras que nem sequer você tinha conhecimento.

- Tudo bem!

A médica voltou para junto dos demais componentes da equipe e deu início à apresentação. Ali, sentado no meio daquela pequena sala, Gerson ficou cerca de 30min vendo uma série de imagens. Quando reconhecia algo, apertava um botão.

Até então nada demais havia acontecido. Ele já tinha reconhecido parentes, amigos, sua formatura, momentos da infância, outros da adolescência e da vida adulta. Sua vida havia literalmente passado diante de seus olhos sem nenhum sobressalto até então.

Dos itens que não lembrava, nenhum havia causado algum tipo de surpresa ou estranhamento a ele. Os médicos acompanhavam tudo atentamente e já comemoravam o sucesso do procedimento. Da lista que tinham em mãos, dos itens que Gerson queria apagar da memória, nenhum tinha surtido efeito qualquer no jovem rapaz, mas ainda faltava o principal.

Foi então que tudo mudou. Lá estava ela novamente. A mesma jovem que Gerson havia visto em seu sonho. Ali, a poucos metros de distância, em uma imagem a sua frente, ela sorria para ele.

A confusão novamente tomou conta do jovem. Não sabia quem era, mas sentia as mesmas sensações causadas pelo sonho. Ficou agitado, a respiração ficou ofegante e o coração bateu acelerado. Gerson passou a apertar o botão freneticamente e tentou levantar da cadeira. Queria saber por que aquilo acontecia. Queria chegar perto da imagem. E naquela confusão toda, acabou desmaiando.

Ficou alguns minutos desacordado. Quando acordou, estava cercado pelos médicos. Procurou com os olhos pelo rosto amigável da Dra. Juliana. Quando finalmente a encontrou, o olhar e a expressão de decepção da médica já denunciavam o que havia acontecido.

No caso de Gerson, nas bastaria formatar apenas o cérebro. Era preciso formatar também o coração.