quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Seja melhor do já foi até hoje!

Então chegamos ao último dia de 2009. Um ano repleto de emoções, acontecimentos, muita coisa que marcou não só a mim, como vocês também.
Mas eu quero falar o seguinte: nesta época do ano as pessoas parecem acometidas por um certo sentimentalismo, acompanhado de muita hipocrisia, e daí surgem os amigos de natal, de final de ano, com aquelas mensagens um tanto quanto duvidosas.
Não gosto disso. Não faço isso. Desejo felicidades apenas aos que considero e mesmo assim com uma ressalva.
É importante sim desejar um bom ano àqueles que são queridos da gente. Mas poxa, o tal de 2010 não vai fazer nada por ti não, nem por mim, nem por ninguém. Não podemos pensar que só porque está começando um novo ano, as coisas vão melhorar como num passe de mágica. Nada cai do céu (a não ser alguns aviões de vez em quando...). Nada vem de mão beijada.
Se tu queres que 2010 seja um grande ano, repleto de realizações, saúde, paz, etc, faça você mesmo por merecer tudo isso.
O 2010 não vai fazer nada por ninguém. Se quisermos evoluir, precisamos trabalhar para isso. E agindo de forma correta, fazendo por merecer, provavelmente o ano será bom. Claro que vão acontecer coisas ruins. Elas fazem parte da vida meu caro leitor. Mas se procuramos melhorar como pessoas, nossa vida tende a melhorar também.
Então, em 2010 eu te desejo tudo de bom, mas só se você fizer por merecer essas coisas boas que desejas. Enfim, a partir do dia 1º de janeiro de 2010, seja melhor do que você já foi até hoje e busque sempre a superação. As recompensas virão logo, logo.
Forte abraço e até 2010!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Pela vida!

Cada um tem sua história de vida e comigo não seria diferente. Sou filho de pais separados, com cada um morando em um local distinto. Minha família materna está localizada na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, enquanto a paterna está no Sul do estado. Pois bem. Não pense você que este texto é sobre a história da minha vida, pois eu sei que não seria interessante contar aqui. Isto, portanto, foi apenas uma introdução para que você possa entender a história que irei contar a seguir.
Como tenho família em dois locais diferentes, tenho feito o seguinte: passo o natal com meu pai e o reveillon com minha mãe. E assim estou fazendo mais uma vez este ano, tendo ido passar o natal e dias seguintes em Pelotas (sem piadinhas, por favor!) com minha família por parte de pai.
Tudo transcorreu normalmente e outros momentos da viagem talvez sejam relatados em textos a ser escritos em breve. Mas vou falar aqui de um acontecimento em especial, ocorrido na tarde de domingo, último dia de minha curta estadia na cidade.
Com o dia quente e ensolarado, almoçamos e fomos à praia. No carro estávamos eu, meu pai e dois irmãos. Um de 16 anos e a outra mais novinha, de apenas 5. A tarde foi muito boa, afinal, com o calor que fazia, nada melhor que a praia mesmo. Como precisava estar na rodoviária antes das 19h para pegar o ônibus de volta a Santo Ângelo, o passeio durou menos do que poderia e por volta das 17h30 já estávamos de volta à estrada. E foi justamente na volta para casa que ocorreu o fato que motivou este texto.
Com o grande movimento de carros, algo normal, qualquer incidente pode causar um grande congestionamento. E foi justamente o que aconteceu. Em determinado ponto do trajeto o trânsito simplesmente parou. Uma longa fila de carros se formou a nossa frente e meu pai logo falou: "Isso não é normal. deve ter acontecido alguma coisa lá na frente". Enquanto andávamos fomos esperando para ver o motivo de tal congestionamento. Foi quando avistamos as luzes das viaturas de polícia e concluímos, como esperado, que se tratava de um acidente.
Conforme nos aproximávamos, era possível avistar melhor a cena. Em um canto da pista, em sentido contrário, estava uma moto, bem destruída e rodeada de policiais rodoviários. Um pouco mais a frente, estendido no chão, coberto com um pano de cor marrom, um corpo. Ali estava a vítima de mais um acidente em nossas estradas. Logo acima do que seria a cabeça do indivíduo, estava colocado o capacete, que por certo não foi capaz de evitar a tragédia, dada a força do impacto.
Aquela cena me marcou. Não que nunca tenha visto algo do tipo, ou que não esteja ciente que na minha profissão isso tende a se tornar normal, mas aquilo marcou.
No momento veio um monte de pensamentos à mente. Olhei para o banco de trás tentando ver a reação de meus irmãos. E logo depois veio à cabeça a pergunta: Qual será a reação de uma mãe, um pai, um avô, um filho, uma namorada, enfim, de algum ente querido daquela pessoa ali no chão, ao tomar conhecimento do ocorrido?
Imagine você o sofrimento. A pessoa que pode ter saído de casa em busca de diversão, de uma tarde agradável a beira da Lagoa dos Patos, acabou encontrando no caminho a morte.
Mas de quem é a culpa? Neste caso, é difícil para mim tomar qualquer tipo de posicionamento, pois só vi o pós acidente. Não vi exatamente o que aconteceu. Mas tenho para mim que a maior culpada é a imprudência.
Naquele mesmo dia, na ida para a praia, eu e meu pai comentávamos, a cada motoqueiro que ultrapassava o carro, pela direita, pela esquerda, por onde desse, como eles ignoravam o risco que corriam, andando em alta velocidade e "costurando" o trânsito.
É isso que precisa ter um fim. Afinal, o que é mais importante: chegar primeiro ou chegar? As pessoas precisam deixar de lado esta necessidade maluca de andar com seus carros e motos, como se estivessem disputando uma prova de automobilismo. Não! Não estamos em nenhuma corrida maluca e para aqueles que pensam estar, normalmente o troféu tem sido este mesmo: a morte.
Chegamos ao ponto de achar normal o número de mortos em acidentes a cada final de semana, feriadão ou mesmo no dia-a-dia. E isso não pode ser considerado normal, pois assim estamos aceitando passivamente que mais vidas fiquem em nossas estradas.
Temos que cada vez mais buscar a conscientização. Não senhores! Nunca será normal para mim ver um corpo no chão, vítima de mais um acidente de trânsito e não pode ser para ninguém. Isso precisa ter um fim.
Hoje, amanhã, depois de amanhã, sempre que você for entrar em seu carro, ou subir em sua moto, pense bem. Você quer chegar ao seu destino? Se a resposta for sim, dirija com cuidado e o seu troféu será a vida.
Até mais!

Sempre sonhar e jamais deixar de lutar!

Um dia você sonhou com algo que gostaria muito de ter ou realizar. E desde então, tudo em sua vida foi feito para realizar aquele desejo. Esta conquista seria a responsável por um momento de felicidade em sua vida. Não importa o conteúdo deste desejo. O importante é que ele venha para o seu bem.
Todos nós temos sonhos e eles são variados, mas por mais singelos que pareçam aos olhos das outras pessoas, eles são importantes para quem sonha. Seja um carro novo, uma roupa da moda, um abraço de alguém que você julgue especial, passar no vestibular e assim por diante.
O grande barato do sonhar é quando você vê seu sonho realizado, mas para isso é preciso lutar, é preciso se esforçar. Quantas pessoas simplesmente abandonam seus sonhos por acreditar que eles são impossíveis de ser realizados? Aí está um grande erro. Existem coisas realmente muito complicadas de se tornar realidade, mas nunca julgue impossível. Pelo menos tente lutar antes de desistir.
Este não é o primeiro texto que você lê aqui neste espaço que fala sobre realizações de sonhos. E por mais que pareça repetitivo, você vai continuar vendo isso aqui, porque eu não me canso de enaltecer a alegria que um sonho realizado nos dá. É sempre bom lembrar que nem por isso as tristezas são esquecidas. Elas estão ali. Só é melhor exaltar as alegrias.
Um dia um menino sonhou. Queria muito seguir uma profissão. O caminho até ela não foi fácil. Vestibulares vieram e trouxeram junto a decepção da não aprovação. Mas ele não desistiu. Esperou mais uma oportunidade aparecer e então se agarrou a ela. Novamente a falha, mas nem por isso o sonho foi deixado de lado. Apenas ele seguiu a vida até que aparecesse a próxima tentativa. E ela apareceu e foi então que o sonho começou a ser realizado.
E nem mesmo com a aprovação, com o ingresso na faculdade, as coisas se tornaram mais fáceis. Ele passou por quatro anos de muitas transformações. As novas emoções, as dificuldades nunca antes encontradas, a saudade da família e ainda a responsabilidade de corresponder a algumas expectativas juntaram-se aos trabalhos e provas como obstáculos até a completa realização.
Foi preciso superação muitas vezes e enfrentar as tristezas, desilusões e tombos que são normais no caminho para qualquer realização. Mas existiram também as alegrias e foram muitas. Conheceu muitas pessoas, fez novos e verdadeiros amigos, e isso também precisa ser comemorado.
Este exemplo serve apenas para mostrar que os sonhos podem ser realizados ainda que antes disso, a gente sofra algumas desilusões. Mas não se deve desistir nunca dos seus sonhos nos primeiros obstáculos. Um dia o "poeta" Raul Seixas disse: "tente outra vez...". E é isso que eu recomendo. Se hoje não deu certo, pare, respire, avalie erros e acertos, e prepare-se para tentar novamente.
Um dia EU coloquei na cabeça que iria ser jornalista e hoje, depois de todos os obstáculos, eu posso encher o peito e falar, com muito orgulho: "Eu sou jornalista". É apenas mais um sonho realizado. Agora é hora de comemorar este e seguir em busca da realização dos tantos outros que tenho hoje e que ainda aparecerão ao longo da vida. Eu vou lutar para alcançar os meus e peço que você faça o mesmo pelos teus sonhos.
Até mais!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Um pedido...

Esta é a semana do natal, de mais um natal em nossas vidas. E como de costume tudo vira natal. Na TV, jornais, comércio, etc. O assunto é esse. E dentro deste "espírito natalino", o nosso querido JM produziu esta semana um caderno especial de natal. Como repórter, tive que auxiliar na produção de matérias e sugeri uma.
A pauta que sugeri era que fosse feita às pessoas, nas ruas, a seguinte pergunta: Se o Papai Noel existisse de verdade e você pudesse fazer um pedido para 2010, o que você pediria?
Uma pergunta boba até, mas de acordo com o período. Bom, feito isso, partimos eu e o fotógrafo para as ruas, em busca das respostas, que por sinal foram meio repetitivas. Saúde, paz, ajuda entre as pessoas, cuidado com as crianças, com o meio ambiente, etc. Ficamos até brincando com o fato.
Feito isso, voltamos para a redação, eu escrevi o texto, diagramei a página e liberei para impressão. Procedimento normal. Faço isso quase todo o dia. Mas foi depois, algumas horas mais tarde que a reportagem voltou à cabeça.
Era noite já. Estava sentado em frente ao computador, tentando "digerir" um fato do dia, uma despedida que, embora fosse certa, não era desejada. Pois bem, neste estado um tanto melancólico, voltou a pergunta da matéria ao pensamento de uma outra forma. Coloquei-me no lugar daqueles entrevistados. Afinal, se EU pudesse pedir algo ao Papai Noel, o que eu pediria para 2010?
Então fiquei pensando...paz? saúde? não! não seriam as minhas respostas. Óbvio que sem saúde não se pode fazer nada e blá, blá, blá... isso na verdade é tão óbvio, que nem vale.
A partir da questão, passei então a fazer uma avaliação de 2009 para mim. Vamos ver. Após um começo esquisito, devido à falta de uma pessoa em especial, as coisas foram se ajeitando. Aí veio uma recaída, nova decepção, mas até que foi bom para deixar de sonhar de vez com "Ela". Além disso, o ano profissionalmente foi ótimo. Além de estar sempre empregado, evoluí. Saí de um cargo qualquer na universidade, para trabalhar em um jornal de Santo Ângelo, na minha profissão e no assunto que mais gosto: Esporte. Veio a mudança de cidade, de rotina, os medos que isso causou, mas tudo superado e com ótimos reflexos no meu estado de espírito. Além disso, agora, no finzinho do ano, concluí a faculdade, posso dizer que tenho um sonho realizado: Sou Jornalista. E também finalmente apareceu alguém que me mostrou ser possível esquecer aquela pessoa. E isso me fez um bem gigantesco, embora tenha trazido alguns problemas agora.
Pois bem, dito isso tudo, apareceu a resposta. Afinal, o que está me faltando? O que eu mais sinto falta? e a resposta é um Amor...um amor verdadeiro sabe... daqueles arrebatadores...
Tudo bem que é horrível sofrer por amor, principalmente quando ele acaba, mas é tão bom estar apaixonado. Senti um pouco disso agora, depois de mais de um ano, e vi como fazia falta. Tudo melhora, a vida parece ganhar sentido. E agora, percebi como eu preciso disso para estar bem.
Mas aí vem algo ruim. São poucas as pessoas que estão abertas ao amor hoje em dia. O pessoal, principalmente o da minha idade, só quer saber de festas, pegação, badalação. Ficam com um aqui, outro ali, mais um acolá e assim por diante. Ninguém quer compromisso, ninguém quer seriedade.
O amor que me refiro, aliás, é o sentimento mesmo, o verdadeiro, porque a palavra está sendo usada para tudo agora, como uma espécie de "Bom dia". Estão vulgarizando a expressão.
Então é isso que eu quero para 2010. Além de continuar evoluindo nos outros aspectos obviamente.

Portanto senhor Papai Noel, me traga por favor, um AMOR. Mas tem que ser verdadeiro, para não causar dor.

Pedido difícil né?

Mas e você, amigo leitor, qual o seu desejo?

Ah, em tempo, um Feliz Natal a todos os leitores do blog do Mr. Gomelli (se é que existem leitores disso aqui) e até a próxima.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Qual é a música?


Vou chegando e pegando gancho no post logo abaixo para escrever sobre um assunto que tenho vontade de tratar há muito tempo. Só ainda não tinha feito isso porque estava sem cabeça (teria ela caído...hahaha) para escrever e também por um pouco de preguiça, afinal a tal da monografia quase me matou no cansaço. Enfim, ela está terminada e a partir daquele post, me voltou com força a vontade de falar de música.
Sim, querido leitor, vou falar aqui sobre música, todas elas, fazendo algo que não gosto muito: generalizar. Mas afinal, são elas que embalam nossas vidas. Nos fazem chorar, nos fazem sorrir, nos fazem sonhar, lembrar, dançar, pular, cantar...
Não pense você que venho aqui para defender um estilo em específico, nem tão pouco para criticar alguma música, como o tal do "Créu", que já foi tema de um texto lá dos primórdios deste blog, no qual criticava fervorosamente esta "música". Mas pensando bem, tenho que admitir que até o "Créu" cumpre seu papel como música, vendo do ponto de vista que tentarei defender aqui.
Bem, como escrevi no post abaixo, me referindo à música "Só agora" da Pitty, que segundo está ali, naquele azul piscina (ou calcinha, pijama...como queiram), é uma música daquelas que nos faz refletir. Sobre alguma coisa ela faz refletir e traz com esta reflexão, os sentimentos, que vem a tona.
E é exatamente esta a função da música em nossas vidas. Mesmo que a indústria cultural tenha distorcido muito isso, tornando esta arte apenas mais uma mercadoria, o que é uma pena. Mas as canções, desde as com as mais belas letras, até as mais esdrúxulas, estão aí para nos servir.
Elas embalam nossas vidas no ritmo que escolhermos, como um grande mp3. Ou vai dizer que você não tem pelo menos UMA música que quando você ouve, te faz lembrar de alguém, ou de algum momento especial na tua vida? Óbvio que tem, todos temos.
Eu mesmo possuo várias. Tem certos acontecimentos que marcam nossa existência e quando ouvimos aquela canção, que era o fundo musical da hora, vem com tudo em uma grande onda de lembranças. A música do 1º beijo, a música do time do coração (Grêmioooo \o/), a música da 1ª namorada, a música da...enfim...
Vou dar um exemplo prático. Toda vez que eu escuto a música "Choram as rosas", do Bruno e Marrone, eu lembro da minha 1ª namorada. Não que eu ainda seja apaixonado por ela. Não mesmo, longe disso! Apenas lembro dela, pois marcou o nosso 1º beijo, o que na época, foi um momento especial. Então, sempre que ela toca e eu escuto, parece que acende uma luzinha de memória, que me liga àqueles fatos.
A música também pode servir para outras coisas. Eu gosto muito de ler ouvindo música, mas não é qualquer estilo. Minha percepção de qualquer leitura, se torna bem maior quando estou ouvindo um bom heavy metal. Para ser mais específico, tem que ser Nightwish ou Angra ou Apocaliptica. Se estou lendo, eu procuro estar ouvindo isso e no volume mais alto possível. E é assim que consigo encorporar a história e entendê-la. Sendo assim também, tem certas músicas que ouço, destas bandas, que me remetem direto a um bom livro que tenha lido.
Um exemplo: algumas músicas do Nightwish (não lembro quais especificamente) invariavelmente me fazem lembrar do magnifico livro: "O caso dos dez negrinhos", um romance policial da grande escritora inglesa Aghata Christie.
Então, caro leitor, esta é participação da música em nossa vida. Elas são a trilha sonora de nossa existência. E podem variar de acordo com o momento. Até porque, música é momento. Todo estilo pode ser bom em algum momento. Não gosto de ser radical e afirmar que só escuto um tipo de música. Hoje estou encantado por esta canção da Pitty, como já estive há alguns dias por uma do Marcos e Fernando (o tal do sertanejo universitário). Quando quero apenas rir ou "balançar" o "corpitcho" (e não tentem imaginar esta cena lamentável), até tolero ouvir uns funks, que não é dos gêneros que mais me agradam. Quando quero ler, lá vem o heavy metal. E assim por diante. Cada momento tem uma música adequada, não significando que essas músicas não podem variar. Afinal, elas mexem conosco quando e como menos esperamos. Do nada, uma canção pode causar grandes emoções em nós, como aconteceu com esta da Pitty.
E assim, estas melodias vão embalando nossas vidas...trazendo lembranças, marcando nosso presente... e nos fazendo sonhar com um futuro melhor...

E você aí...qual a música que te marcou? E qual a que não sai da sua cabeça agora? A minha está ali embaixo...até aparecer a próxima que conseguir mexer com as minhas emoções...

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Da série: que letra linda! Pitty - Só agora


Baby, tanto a aprender
Meu colo alimenta você e a mim
Deixa eu mimar você, adorar você
Agora, só agora

Porque um dia eu sei
Vou ter que deixá-lo ir

Sabe, serei seu lar se quiser
Sem pressa, do jeito que tem que ser
O que mais posso fazer
Só te olhar dormir

Agora, só agora
Correndo pelo campo
Antes de deixá-lo ir

Muda a estação
Necessário e são
Você a florescer
Calmamente, lindamente

Mesmo quando eu não mais estiver
Lembre que me ouviu dizer
O quanto me importei
E o que eu senti

Agora, só agora
Talvez você perceba
Que eu nunca vou deixá-lo ir



Se você está aí, de bobeira, experimenta dar uma ouvida nessa música...mesmo que a Pitty não seja tua cantora preferida... essa música é linda e é daquelas que faz refletir. É daquelas que faz aflorar os sentimentos...e é bom que isso aconteça de vez em quando!

Apenas uma dica...até mais!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Hoje eu acordei feliz...

Hoje eu acordei feliz. Não, não! Não que minha vida esteja a oitava maravilha do mundo, mas é que aconteceram certas coisas que me auxiliaram para estar neste estado de espírito. Não vou explicar novamente o meu conceito de felicidade, porque já fiz isso em outro texto neste mesmo espaço. Se você quiser tomar conhecimento sobre isso basta dar uma olhadinha nos textos mais antigos.
Pois bem, mas voltemos então ao dia de hoje. Acordei feliz e isso não quer dizer que foi a hora que eu queria acordar, nem tão pouco que foi a mais maravilhosa das noites de sono. Não mesmo. Na verdade, longe disso, a noite de sono não foi das melhores. Mas eu acordei com vontade de sorrir. E nem os percalços do dia, até este momento em que escrevo isso, ocasionaram alterações no meu estado de espírito.
O fato de ter que acordar relativamente cedo, que normalmente me irrita, nada fez. O computador da redação, que teima em travar nas horas mais impróprias também não. Ah, a garagem de casa, com aquele cheiro horrível deixado pelos cachorros da casa também não tiveram efeito algum. À tarde, aquela companhia sempre desagradável também não foi capaz de mudar meu humor e muito menos o computador da redação, que insistia em travar. Os fatos diários, que normalmente me fazem criar cabelos brancos (e olha que eu já tenho muitos) hoje em nada influenciaram.
Às 17h deixei a redação e fui para rodoviária, rumo a Cruz Alta, mais uma vez. Nem esta viagem, a correria para pegar ônibus, não mesmo...nenhum efeito. Entro no ônibus e sento lá naquele lugarzinho que considero ideal para meus propósitos. Ali, no banco da frente senta um espaçoso, que faz questão de deitar ao máximo seu banco, apertando minhas pernas e por muito pouco não estragando este meu “momento zen”. Mas aí eu simplesmente troquei de banco e segui em minha felicidade repentina e duradoura até então.
Mas você está aí lendo este texto (se é que aguentou chegar até aqui...) e perguntando: “afinal, porque ele está tão feliz?” E olha que é uma boa pergunta. E a resposta é a mais simples possível. Eu me sinto livre. Livre como nunca estive, embora esteja mais cheio de responsabilidades do que nunca. Me sinto livre, mesmo que por alguns dias apenas, mas livre.
Livre de um sentimento que me atormentou nos últimos meses e livre de uma obrigação que tomou meus dias e noites ultimamente.
Livre de um sentimento graças a uma pessoa que nem conheço direito, mas que está me fazendo bem. Livre da obrigação porque estou agora mesmo, sentado aqui, na poltrona 40 e poucos de um ônibus pouco confortável (nem isso me irritou) indo a Cruz Alta cumprir uma obrigação acadêmica. Depois de pensar que não seria possível, de não me considerar capaz, de perder noites de sono, eu estou aqui, indo entregar a tal da Monografia.
O fato de estar com este trabalho pronto me causa grande satisfação. Afinal, é um marco para mim. Estou prestes a cumprir mais uma etapa da minha vida. Você, que por ventura pode já ser formado, ou que pode ter coisas mais significativas para comemorar, pode considerar um tanto besta este motivo, mas para mim é esplendoroso chegar ao fim da faculdade.
E não me venha você querer afirmar que não se deve comemorar as conquistas, as etapas vencidas. Eu estou feliz porque sei que mereci isso. Então vou comemorar sim. Assim como você aí deve fazer sempre que conquistar algo de bom...comemore... sorria...é muito bom...

domingo, 22 de novembro de 2009

Para alguém especial!


Eu já escrevi aqui, em outras oportunidades, o quanto é importante a gente valorizar momentos e pessoas especiais em nossas vidas. Pois bem e é por este motivo que estou aqui hoje. Vim aqui apenas escrever algumas palavras sobre uma pessoa muito importante para mim, dona Névia A. Giumelli.
Você, que de repente está acostumado a ler meus textos, mas que não me conhece pessoalmente e nem tão pouco, minha história de vida, deve estar se perguntando quem é esta pessoa e eu vou lhes explicar um pouquinho do que sei sobre ela.Dona Névia nasceu em 23 de novembro 1960, em uma pequena cidade do interior do Rio Grande do Sul. Filha mais moça do casal Miltom e Leonor, que tinham mais quatro filhos. Ainda jovem, Névia conheceu um rapaz chamado Pedro Luiz, o qual veio a se tornar seu marido alguns anos depois. O primeiro fruto desta união foi uma garota, que em homenagem a mãe de Névia, se chamou Leonor. Alguns anos mais tarde nasceu o 2º filho, chamado Pedro, mesmo nome do pai. Depois disso, veio a separação e ela se viu então sozinha para cuidar e criar seus dois filhos, sempre com todo o apoio de seus pais, que nunca deixaram faltar nada.
Pois bem, Névia, formada em Nutrição, seguiu trabalhando e batalhando para dar a melhor educação possível para Leonor e Pedro, e foi isso que aconteceu. Tudo bem, que nem sempre foi possível dar os "agrados" que eles queriam, mas o mais importante estava sempre lá, o cuidado de mãe e nisso vem incluidos diversas outras coisas, como educação, broncas, carinho, alimentação, etc.
Os anos passaram e passando por cima de todos os obstaculos, Névia criou seus dois filhos e hoje eles são dois jovens muito bem educados e prontos para encarar a vida e suas surpresas. E creio que jamais deixaram de ser gratos pelos sacríficios que ela fez enquanto eles eram apenas crianças.
Esta é a senhora do qual estava falando, queridos leitores. Névia A. Giumelli, minha mãe. E hoje, no dia do seu aniversário, que fazer uma breve homenagem a ela.

Mãe, quero agradecer por ter assumido toda a responsabilidade da nossa criação, mesmo quando muitas vezes, era preciso abdicar da sua vida, em função da nossa. Quero agradecer por tudo, pela educação, pelo carinho, pelas broncas, pelos ensinamentos e por cuidar de mim nos momentos em que eu mais precisava. Como nas noites em claro, que passamos juntos, quando eu, apenas um bebê, era atacado por aquela que era minha maior inimiga, a asma, e tu, com toda a dedicação, ficava ali, ao meu lado me defendendo.
Agradeço por hoje, mesmo estando eu aqui, com 22 anos, e looonge de vocês, sempre me ajudar quando sinto qualquer tipo de problema ou medo. Agradeço por ter tentado me apoiar, mesmo sem jeito, no dia que chorei na sua frente por causa de um amor perdido. Agradeço por você ser a minha mãe!
Sei que não demonstro muita afetividade pessoalmente, mas em minha defesa digo que é meu jeito. Eu tenho muita dificuldade em demonstrar meus sentimentos. É meu jeito...fazer o que né?!
Quero deixar claro que nunca vou deixar de ser grato por tudo e que apesar de ter algum ressentimento por alguns acontecimentos (e nunca escondi isso de ti) te levo dentro do meu coração.
Quero te desejar toda a saúde do mundo e alegria também, porque é importante estar alegre para viver bem. Dinheiro? Nem sempre significa felicidade... Quero te desejar um ótimo dia nesse 23 de novembro de 2009.

Enfim, obrigado por tudo e um grande abraço no teu filho, que te ama muito!

Parabéns!

Saudades de todos vocês!

Beijos!

Ass. Pedrinho!

domingo, 1 de novembro de 2009

Volta, por favor!


Um dia eu escolhi torcer por um time de futebol. Não me recordo ao certo o dia, nem o porquê que escolhi este determinado clube, só sei que escolhi. Pois bem, ao longo desses anos de paixão tenho momentos marcantes, que jamais vão sair da minha cabeça.

Não, não vi meu time ser campeão do mundo, nem da 1ª Libertadores e o 1º Brasileirão. A 1ª Copa do Brasil também não vi, pois ainda era muito novo. Mas a partir do ano de 1995, me recordo de todas as conquistas deste clube. Algumas delas, pelo fator dramático que tiveram, marcaram mais que as outras. Não posso falar de todas aqui, até porque o espaço seria pequeno.

Quero falar do Brasileirão de 1995. Um time que era chamado por todo o Brasil de fraco e que só sabia bater. Chegamos à final contra uma Portuguesa, que era a sensação do momento, com Rodrigo Fabri, Alex Alves, Zé Roberto, entre outros. Perdemos o 1º jogo e viemos jogar no Olímpico o jogo da volta. 1 a 0 até os minutos finais, mas víamos um time tão aguerrido em campo, que era certo que faria o 2º e buscaria o título. Dito e feito. O 2º gol veio e com ele o bi nacional.

Quero falar sobre o ano de 2007. Isso mesmo, não tão longe assim. Não ganhamos nenhum título de expressão, mas jamais esquecerei dos 4 a 0 no Caxias, pelo Gauchão. Jamais vou esquecer da campanha na Libertadores. Jamais vou esquecer da garra que aquele time tinha.

Eu quero isso de volta. Quero ver de novo em campo o time que eu aprendi a gostar, que eu aprendi a amar. Não me importa se vão nos chamar de carniceiros, de fracos, de desleais. Eu quero ver em campo, na camiseta azul, preto e branco, guerreiros, não esses molengas que hoje se fazem presentes, com algumas excessões.

Eu quero meu Grêmio de raça de volta. Devolvam meu time... pois isso que aí está hoje, não é e nunca será Grêmio.


Devolvam meu Grêmio forte, aguerrido e bravo!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Brasil... sil...sil!

Na tarde desta sexta-feira foi escolhida a cidade que sediará os jogos olímpicos de 2016. Como você já deve saber, o Rio de Janeiro foi a cidade escolhida, para felicidade geral da... mídia. Sim porque é difícil acreditar que a nação como um todo esteja feliz por isso. Na verdade, muitos nem ao menos ficaram sabendo disso, ou se ficaram, nem deram importância. Ou você aí acha que alguém que tenha dificuldade para se alimentar a cada dia, por falta de recursos, irá ficar feliz com o fato de uma cidade brasileira ter sido escolhida para algo. Na verdade, se formos pensar, feliz, essas pessoas ficariam se o dinheiro que será gasto neste evento, fosse direcionado para causas sociais. Mas aí também já nos direcionamos para outros assuntos, que não estão de acordo com o objetivo deste texto. Mas na verdade eu nem ao menos sei direito o objetivo deste texto.
Na verdade, creio estar escrevendo apenas para registrar o acontecido (como se já não tivesse sido exaustivamente registrado pela grande mídia) e também para deixar registrado a minha indignação com certas coisas.
Tudo bem! O Brasil vai ser sede dos jogos olímpicos e tudo vira motivo para festa. Nosso presidente, que deveria estar cuidando dos problemas do país, estava lá, deslumbrado com a "conquista", mais parecendo uma madame ao ver o penteado novo de seu poodle. Chegou ao ponto de afirmar que agora o objetivo é sediar os jogos olímpicos de inverno. Imaginem isso. Creio que o sertão pernambucano seria o local mais indicado para este evento, não concorda?
Não pensem que sou anti-Lula, ou anti-PT, ou anti-seja lá o que for.
Apenas não concordo com este deslumbramento que cerca este tipo de escolha. Vejamos o que aconteceu quando da realização dos jogos Panamericanos do Rio de Janeiro. Na escolha foi tudo uma festa, a obra foi sendo levada aos trancos e barrancos e o evento foi realizado, até com sucesso, digamos. Pois bem, o pós-evento é que me preocupa. Descobriu-se que foi gasto muito mais que o planejado, com dinheiro público sendo empregado para a construção da estrutura, sem contar aquela velha e boa corrupção, que não poderia faltar.
Então é isso. vem aí mais uma grande oportunidade para o nosso povo mostrar toda sua alegria, etc, etc, etc. É verdade. Com certeza será uma festa maravilhosa, pois o brasileiro é especialista em fazer festa. Mas podemos ter certeza também que, nossos políticos darão um jeitinho de se aproveitar da situação para fazer o "pé de meia" (mais um na verdade) e estejamos preparados para ler e ouvir muito ainda sobre gastos estrondosos e tudo mais.
Gostaria apenas que todo o empenho empregado para a criação de um projeto como este, fosse também empregada na criação de ideias que melhorassem a vida do povo brasileiro. Mas, COM TODA A CERTEZA, ser sede das olimpíadas e se exibir para o mundo, é muito mais importante que resolver os (graves) problemas nacionais.
E é por isso que eu digo: "Viva o nosso querido Brasil..."

terça-feira, 22 de setembro de 2009

17 de setembro de 2005

Este texto nasceu há cerca de uma semana, mas infelizmente neste período, fui acometido mais uma vez por aquela preguiça de escrever e ele acabou relegado. Porém hoje, me senti com vontade novamente e aí vai a obra... hehehe...
O dia 17 de setembro de 2005 ficará marcado para sempre na minha memória e, infelizmente, por algo muito triste que se passou. O dia em que perdi um ente muito querido e que a forma como tudo aconteceu, me deixa arrependido de algumas decisões até hoje. Vamos aos fatos.
Como já escrevi em outros textos, morei muito tempo com meus avós e por isso mesmo acabei criando uma admiração e um respeito muito grande por eles, além do carinho que sempre existiu, pela forma como cuidavam da família. Nesta mesma época, me encontrava estudando em uma cidade vizinha e jogava basquete com os antigos companheiros do time da escola. Sendo assim, passava minhas tardes de sábado na quadra. Era uma das atividades que mais me davam alegria. Ainda nesta época, meu avô mantinha a "tradição" de a cada ano realizar uma reunião, uma vez por ano, na sua fazenda para a marcação do gado e quem sabe um pouco dos costumes gaúchos vai saber do que estou falando. Pois bem, com esta breve contextualização, creio que posso ir em frente no relato.
No dia 17 de setembro de 2005, um sábado, meu avô ia realizar mais uma vez esta "celebração" e como de costume toda família iria estar presente, inclusive minha avó, que há poucos dias atrás havia dado um grande susto em todos, quando teve de ser hospitalizada. Eu, por causa do basquete, resolvi não ir e fui o único a ficar na cidade.
Passei a tarde inteira na quadra, "fomeando" e à noite, antes de ir embora, passei na casa da minha então namorada. Depois de algum tempo lá, me encaminhei pra casa. Não lembro ao certo que horas eram, mas recordo que já havia anoitecido.
Cheguei em casa e encontrei minha avó sentada no sofá da sala comendo algumas laranjas e assistindo TV. Meu avô estava deitado já, talvez cansado pelo dia agitado, e minha mãe, que na época também morava na casa, estava no seu quarto. Fiquei ali por algum tempo e a vó resolveu ir para o quarto dormir. Nos despedimos como de costume e ela se foi. Alguns minutos depois, não posso precisar o tempo, mas sei que foi pouco, comecei a ouvir um barulho vindo do seu quarto. Era a voz da minha mãe e a princípio não dei bola. Até que ela veio até a sala e deu a notícia que mudou aquela noite. "Pedro, tua vó está passando mal...". Gelei! Minha primeira reação foi ir até o quarto e ver o que se passava. Ao chegar vi uma imagem que não sairá jamais da minha cabeça. Minha avó, sentada na cama, ofegante, como se tivesse corrido quilômetros. Me assustei. Corri de volta para a sala para ouvir as instruções de minha mãe. Conforme solicitado, liguei para a casa de minhas tias na busca por alguém que tivesse um carro disponível para levar a vó até o hospital, já que meu avô não podia. Na falta desta possibilidade, saí correndo de casa. Precisava achar um táxi o mais rápido possível e fui atrás. Na esquina da praça, a duas quadras de casa, encontrei, e rapidamente expliquei a situação. Nos encaminhamos até em casa. A última cena que pude ver da vó viva, foi ela saindo pela porta, sendo praticamente carregada pela minha mãe... os minutos que se seguiram foram de apreensão, até a chegada de um das minhas tias. Me recordo que ao chegar a porta e me deparar com ela, não precisou ser dito nada. Sua expressão anunciava a tragédia. Não acreditei. "Não...não é verdade..." foram as palavras que disse antes de começar a chorar e ir para meu quarto...
Bem, os momentos seguintes foram de tristeza para toda a família e no velório acabei sabendo, ao conversar com primos e tios, que naquele sábado, dia 17 de setembro de 2005, minha avó tinha passado um dia feliz, dando muita risada com todos que foram à marcação. "Parecia estar se despedindo..." era o que falavam...
Nunca vou me perdoar por ter optado por ficar em casa naquele dia. Se tem algo que me arrependo nessa vida é de não ter tido a oportunidade de ficar com ela, nas suas últimas horas alegres. Hoje, tudo o que resta, é a saudade e o carinho que vou levar para sempre comigo. Cada vez que volto a minha cidade, lembro da forma carinhosa como ela me recebia, quando eu estudava em Alegrete e voltava todos os finais de semana para casa. Parecia não me ver há meses. Sempre vinha com os braços abertos e um carinho que parecia não ter fim. Nunca vou me perdoar por não ter dado um último abraço. Não ter visto seus últimos sorrisos. Não ter demonstrado o quanto era importante para mim...
Aprendi a valorizar mais os momentos com as pessoas queridas. Infelizmente não posso estar perto de todos, principalmente da minha família, já que moro longe, mas sempre busco aproveitar ao máximo os poucos momentos que passamos juntos. Não quero errar novamente.
Tente fazer o mesmo. Sei que é difícil, às vezes, já que todos temos nossos compromissos e obrigações, mas é a melhor coisa a fazer. Tente demonstrar àqueles que lhe são importantes, o quanto os quer bem. Faça isso no seu dia-a-dia. Não espere por uma data em especial. Aproveite cada minuto ao lado dessas pessoas, como se fosse o último. Não que devas ser pessimista, apenas dedicado.
Eu queria ter aprendido isso, antes daquele dia 17 de setembro de 2005, para poder ter passado aquelas horas junto de minha querida avó. E hoje, me esforço para não repetir este mesmo erro.

Este texto é apenas uma forma de dizer o quanto sinto saudade da dona Leonor Mendes Giumelli. Uma mulher de fibra, que dedicou sua vida a fazer o bem e a cuidar do seu marido e de sua família. Uma mulher que me ensinou a ser uma pessoa melhor. Uma mulher que brigava, dava bronca, quando achava necessário, mas que mostrava o mais puro amor por seus entes queridos. Uma mulher exemplar e que será para sempre, a minha vozinha...

4 anos de saudade...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Um dia feliz...

Hoje venho para falar de um acontecimento realmente satisfatório. Uma estreia para dizer bem a verdade. Não espere encontrar neste texto qualquer tipo de lição de moral ou conclusões acerca de um determinado assunto, existentes em muitos outros já escritos por Mr. Gomelli. Pelo menos não é esta a minha intenção, mas só saberemos o rumo que o texto irá tomar, quando chegarmos ao seu fim. Então...
Bem, o feriado do dia sete de Setembro foi um dia especial para mim. Foi a 1ª vez que eu fiz aquilo que, talvez, tenha sido o maior motivo para eu ter optado pela faculdade de jornalística. Está curioso para saber o que é? pois é, para você aí pode não significar muita coisa, mas para mim foi sensacional. Pela 1ª vez participei de uma jornada esportiva, ao vivo em uma rádio, fazendo reportagem de quadra.
Tudo bem que o nervosismo e experiência quase nula, acarretaram em algumas desatenções e gaguejadas, mas foi muito legal. Fiz aquilo que eu sempre sonhei: participar de uma transmissão de um jogo de futebol e foi sensacional por isso. E melhor ainda que estou tendo o apoio de um grande profissional, com muitos anos de experiência como repórter e narrador (que é meu principal objetivo: ser narrador), Irani Brum. E por este apoio, serei, certamente, grato pelo resto da vida.
É um dia que ficará marcado para o resto da minha vida, porque pode significar, e se eu seguir fazendo meu trabalho certinho, VAI significar o início de uma grande trajetória na crônica esportiva, que é nada mais nada menos do que o motivo para minha escolha pela faculdade de jornalismo.
Escolhi jornalismo por ser apaixonado por esportes e por achar que assim, poderia trabalhar com aquilo que mais gosto. E agora estou finalmente conseguindo me aproximar do meu objetivo. Ainda falta muito e estou ciente disso, mas foi dado mais um passo e de passo em passo, sem pressa, evitando os trupicões, eu vou andando rumo àquilo que sempre almejei.
Este foi apenas um relato de um dia feliz para mim. De um acontecimento que me causou extremo contentamento. Desculpa se não ajudei você em nada, mas foi o que me deu vontade de escrever.
Um pouquinho de egocentrismo, talvez, mas nada demais...

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Para tempo! não, não... brincadeira...pode seguir em frente...

Passa tempo! Tempo passa! O tempo não para de passar e quanto mais o tempo passa, maior fica a vontade que ele pare ou pelo menos que reduza sua alta velocidade. Sim, o tempo corre e quanto mais ele passa, menos a gente para pra pensar em como ele está passando para a gente. Complexo não? Talvez...
Você deve estar aí se perguntando: "Mas afinal, do que esse cara tá falando...?" Estou falando de lembranças. De como por vezes sentimos falta de momentos que passaram em nossas vidas. Sejam eles longos e duradouros ou apenas pequenos acontecimentos aleatórios. Momentos que às vezes nem soubemos dar valor na hora que estava acontecendo, mas que quando você para e pensa, percebe como foram bons, especiais. E nem venha me dizendo que nunca aconteceu de você se pegar lembrando de algo que já se passou há muito tempo e sentindo aquela vontade de voltar no tempo e reviver aquele exato instante novamente.
Eu, volta e meia me pego assim e por isso que resolvi falar a respeito. Aliás, penso demais em tudo, mas quando paro pra pensar no que já aconteceu ao longo destes 22 anos e alguns meses, vai dando uma saudade, uma vontade de parar o tempo e fazê-lo voltar, lá para determinada época ou situação.
Hoje mesmo estava eu no trabalho. Lá na redação do jornal, tentando achar soluções para encaixar as notícias nas duas apertadas páginas reservadas para o esporte. Tentando controlar a irritação que o calor, já intenso, me causa. Não gosto de calor, mas nem é isso que mais me irrita. O que me irrita é ter que trabalhar no calor... é exaustivo demais. Enfim... voltamos à situação. Estava lá então sentado matutando as formas de encaixar minhas notícias e por vezes me "distraindo" com o calor. Pensei então em como seria bom chegar logo em casa, colocar as havaianas, um calção e uma regata e aí sim estar pronto para encarar a alta temperatura. E foi aí que começaram a vir à cabeça as lembranças. E elas vieram de longe hoje hein... de tão longe que nem ao menos sei precisar o ano em que aquilo acontecia, nem mesmo a idade que eu tinha.
Só sei que estava ainda na escola, ensino fundamental. Lembrei do tempo em que nada mais tinha a fazer além de estudar e cuidar dos gatos e cachorros que tinha em casa. Quando minha maior alegria era ficar chutando uma bola de futebol por horas, ou brincando com os carrinhos que tanto gostava. Do tempo em que deitava no sofá da sala para comer laranjas e olhar a sessão da tarde, enquanto a tarde passava. Do tempo que ia para escola e matava aula pra jogar futebol no campinho da estação, sem me preocupar com mais nada. Só na alegria de estar com meus amigos e fazendo aquilo que mais gostava... gostava?? ainda gosto...e muito. E disso eu sinto muita falta.
Gostaria de poder chegar em casa, colocar um calção, os tênis e ir pra qualquer lugar onde eu pudesse jogar umas duas horas de futebol, sem pensar em mais nada. Mas não posso. Muito menos posso "matar" o serviço para jogar. Hoje em dia tenho outras responsabilidades. O Pedrinho cresceu, se tornou um homem, que trabalha, estuda e tem suas responsabilidades. Sua maior responsabilidade, aliás, é com ele mesmo, mas também com a família, que espera muito dele.
Mas como era bom aquele tempo que minha única obrigação era tirar boas notas no colégio e me divertir.
Tudo bem! Já passou e por mais que eu queira, não vai voltar. Mas lembrar não faz mal. As lembranças do passado e os sonhos com o futuro são muito importantes para darmos seguimento a nossa vida. Desde que não deixemos que a lembrança nos deixe tristes e descontentes com a realidade, nem que nos levar por alucinações de um futuro que nunca virá.
Temos sim, que dar valor às lembranças, saber cultivá-las e sempre que acharmos preciso, buscá-las, lá no cantinho da memória para curtirmos nosso momento nostálgico. Eu fiz isso hoje e costumo fazer muitas vezes. E até que bom... Mas nada demais.
A realidade está aí. A vida está aí e cheia de oportunidades que, sendo bem aproveitadas, se tornarão ótimas lembranças logo ali na frente. Então, curta suas lembranças, sonhe com um futuro bom, mas nada de surreal, e viva a vida, porque ela está aí exatamente para ser vivida.
E o tempo? Bom, o tempo não para, não vai parar mesmo que você queira. O que resta é aprender a acompanhá-lo e tentar ser feliz! \o/

terça-feira, 25 de agosto de 2009

E os textos?

Mas tche... e não é que o Mr. apareceu de novo por aqui... estava meio sumido... faz um bom tempo que não escrevo nada aqui...
Aliás, mesmo nos dois últimos posts não cheguei a escrever propriamente dito...o 1° eu coloquei um texto de outra pessoa, enquanto no 2° é uma matéria, de minha autoria, mas que apenas copiei para este espaço.
Mas a que se deve este longo tempo sem postagens? Simplesmente não sei explicar.
Não tenho vontade de escrever, talvez seja um cansaço mental ou uma simples preguiça.
Não vou dizer que faltam ideias. Pelo contrário, elas surgem a todo instante. Borbulham em minha mente enquanto os dias vão passando e eu chego a pensar "este assunto é bom pro blog". São diversos temas que me dão vontade de escrever. A gripe A e o absurdo de decisões que são tomadas em função dela, as bandalheiras no nosso "querido" senado federal, o Grêmio caseiro, entre outros tantos que poderia ficar um bom tempo enumerando aqui. Mas nunca paro para escrever. Não sei a que se deve isso. Tudo bem! Sei que boa parte é devido a uma certa preguiça, mas também podem ser outros fatores.
Cheguei a um ponto preocupante, creio eu. Perdi a motivação, o entusiasmo por escrever, talvez possa ser porque faço isso todo dia no jornal. A escrita passou de hobby para rotina, obrigação. O texto vai ficando mecânico e perde-se um pouco do gosto de sentar e simplesmente deixar as ideias fluírem.
Além disso não tenho gostado dos meus textos. Pareço ter caído em um abismo de ideias iguais. Sempre tenho a impressão de escrever textos que vão sempre dar em um mesmo lugar e que se tornam pouco interessantes para mim, mesmo tendo recebido alguns elogios de outras pessoas. Não quer dizer que ignoro os elogios. Muito pelo contrário. Os aceito e fico lisonjeado com eles, mas minha auto-critica é maior que os elogios alheios e com isso acabo me desmotivando para escrever.
Estes podem ser alguns motivos mesmo, mas também podem ser desculpas para a mais simples causa: a preguiça. Enfim...
Mas prometo àqueles que se acostumaram a dar uma passada por aqui, se é que existem essas pessoas, que tentarei voltar ao ritmo de antes e de preferência com bons textos.
Por enquanto era isso então. Desculpem pela ausência e vou tentar colocar as ideias em forma de texto sempre que elas aparecerem. Até mais!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Chega de ignorância!

Era exatamente isso que eu falava... essa gripe não é tudo isso gente... abaixo você confere o que falou hoje o Secretário Estadual de Saúde, Osmar Terra... ele esteve visitando Santo Ângelo e eu fui fazer a cobertura de uma solenidade da qual ele participou...ele aproveitou para esclarecer a questão "Gripe A"... confira a matéria abaixo.
Durante o lançamento do projeto de implementação do Centro de Referência para a Saúde do Homem, o secretário estadual de saúde, Osmar Terra, aproveitou para acalmar a população sobre os riscos da Gripe A.
Segundo Terra, este vírus tem um perfil muito mais leve que a Gripe Aviária, que assustou a população mundial há alguns anos.
Para o secretário, a Gripe A é muito semelhante aos outros tipos de gripe que existem e que atingem as pessoas durante o inverno. Segundo ele, "morreram mais pessoas em virtude de gripes que acabaram evoluindo para pneumunias nos últimos anos do que este ano".
Para Terra, a diferença é a faixa etária atingida pelo novo vírus. "Habitualmente a gripe atinge primeiro as pessoas de mais e menos idade, ao contrário da Gripe A que vem atingindo um grupo de adultos jovens", afirmou.
Terra usou a comparação entre os índices de mortalidade de anos anteriores e os deste ano para explicar o porquê dele não considerar esta gripe mais letal que as de outros anos. "Em 1996 duas mil pessoas morreram a partir de complicações do vírus da gripe. Com o desenvolvimento das vacinas, este número caiu bastante e ano passado foram 950 óbitos. Este ano, o número é um pouco maior que a metade do ano passado", explicou.
O secretário se mostrou contrário à ideia de adiar eventos. "Não podemos ficar cancelando eventos e atividades. Se fizermos isso não poderemos fazer quase nada mais durante o inverno, porque ano que vem já vai ter outro vírus e no outro ano mais um", afirmou para completar que "precisamos tomar os cuidados básicos contra uma gripe, que seriam andar bem agasalhados, entre outros. Mas no restante a vida deve continuar normalmente".
O adiamento das aulas não foi exatamente uma medida de diminuir o número de infectados, segundo Osmar Terra. Esta iniciativa foi pensada para diminuir o número de casos em um espaço de tempo muito curto. "O adiamento das aulas não vai reduzir a quantidade de pessoas infectadas, pois estes estudantes estão em contato com o vírus nos shopping, nas boates e em outros locais. Esta medida visa apenas evitar o acumulo muito grande de casos em um período muito curto. Esse adiamento vai nos permitir tratar melhor as pessoas que forem atingidas pela gripe", explicou.
Osmar Terra encerrou sua participação reafirmando que esta gripe não oferece risco maior que em outros anos e que aqui no estado o assunto está sendo tratado da melhor forma possível.
Está aí, amigo leitor. Se ele, que é o secretário estadual de saúde, está falando isso, acho que está mais do que na hora de pararmos com esta paranoia e voltarmos a viver normalmente. Isso só reafirma o que venho dizendo há muito tempo. A gripe é um pouco mais forte sim, mas nada demais. Chega de frescura. Que comecem logo as aulas e voltem a acontecer os eventos. Chega de ignorância Brasil!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O mortômetro

Este texto não é meu. Não fui eu quem escreveu, se bem que queria que fosse... hehehe. O responsável por esta "obra prima" se chama Luciano Pires. Ele é jornalista e escritor e o texto abaixo foi publicado na edição do dia 4 de agosto, terça-feira, do Jornal das Missões, de Santo Ângelo, no espaço intitulado "Ideias ao vento", reservado à participação do leitor. Leiam com atenção e reflitam.
48... 49... 50... 51... 52 mortos pela gripe suína. E aumentando! Tá chegando a minha hora...
Cada morte numa cidade diferente dá uma nova manchete. Como o Brasil tem algo em torno de 5 mil municípios temos aí um potencial gigantesco para ocupar os jornais, rádios e televisões com o alerta: "Mulher morre de gripe suína em Carapicuíba!. "Primeira morte por gripe suína em Conceição do Guararapes". "Homem morre em Cururu da Serra com suspeita de gripe suína". É uma espécie de mortômetro, um contador mórbido que a imprensa está utilizando para... para... pra quê hein?
Cerca de dez dias atrás eu estava no auge de uma gripe normal, com tosse e dores no corpo. Sentei na recepção de uma rádio onde daria uma entrevista e fiquei curtindo minha gripe. Um espirro ali. Uma tossida aqui. Até que repentinamente a recepcionista se levanta, cruza a saleta e abre acintosamente as janelas, como que dizendo "Sai daqui seu infectado!". Me senti parte da minoria oprimida, sabe como é? Eu devia ter ligado pro Lula.
Alguns dias depois embarquei para o Chile para palestrar num grande evento com cerca de 1.000 pessoas na plateia. Olha só: saindo de uma gripe e entrando no meio de uma aglomeração, no segundo país mais infectado pela gripe suína na América do Sul. Suicídio né?
Pois sabe o que vi no aeroporto, nos shopping centers e nos hotéis do Chile? Nada. Ninguém usando máscaras, ninguém distribuindo cartazes, nenhum mortômetro na televisão. Nada. Néris de pitibiribas.
Quando desembarquei em São Paulo fui recebido por agentes da Polícia Federal com máscaras azuis. Só faltou a luva de borracha e o álcool para desinfetar. Um horror.
E então leio a manchete da Folha de São Paulo no domingo: "Gripe suína deve atingir ao menos 35 milhões no país em 2 meses".
Que loucura é essa hein? E o índice de mortalidade é sempre o mesmo entre 0,7% e 0,8%. Igual ao de uma gripe normal. Mas... no México o índice é 1,03%. Nos Estados Unidos, 0,57%. Na Inglaterra, 0,14%. Na União Europeia, 0,12%. Técnicos afirmam que a divergência se dá pela dificuldade de medir e pelos diferentes critérios utilizados. Em outras palavras: ninguém sabe nada. E quando ninguém sabe nada a especulação aparece. E nesse ambiente vamos escolher sempre a tragédia. As ameaças de extermínio da Humanidade são ótimas para vender jornal, e sempre serão tratadas como algo distante. Mas quando a praga ataca meu vizinho e o vizinho do meu vizinho, vixe!!!
Apelos emocionais são irresistíveis.
Então o apresentador do telejornal mostra o hospital superlotado de gente procurando tratamento contra a gripe suína. E entrevista o infectologista que implora para que as pessoas só se dirijam aos hospitais se estiverem com todos os sintomas. E em seguida o mesmo apresentador volta com o mortômetro 53... 54... 55. Tá chegando em você. CORRA PRO HOSPITAL!
Olha aqui: tem uma gripe nova por aí, sim senhor. Ela precisa de cuidados básicos ou pode matar, sim senhor. Mas ela mata tanto quanto uma gripe normal. E menos que dezenas de outras doenças com as quais convivemos normalmente, mas que não tem um mortômetro na televisão.
É o mortômetro que cria o pânico. É o mortômetro que manda os ignorantes para os hospitais. É o mortômetro que vende jornal. A pandemia é de estupidez.
É incrível a forma como ele escreve justamente aquilo que eu penso a respeito desta situação que vivemos. Por isto mesmo que estou colocando este texto aqui no meu blog. A ignorância está sendo, como corriqueiramente o é, o maior adversário do país. Aulas paradas, eventos importantes adiados, ou seja, a vida está parando. Sem contar na correria aos hospitais e farmácias, que causam ainda mais tumulto. Outro dia li em outro texto uma brincadeira. Surgiu um novo tipo de discriminação no Brasil: é contra os gripados. E é verdade. Agora qualquer resfriado vira motivo de olhares desconfiados.
Um absurdo total. Está mais do que na hora de parar de FRESCURA e seguir vivendo, com os devidos cuidados, mas sem esse exagero todo. Chega de ignorância. Assim nunca poderemos chegar nem perto daquilo que tanto desejamos: tornar-mos um país de 1º mundo.
ACORDA BRASIL!

domingo, 2 de agosto de 2009

O que é felicidade?

Mas afinal, o que é felicidade? Você alguma vez na sua vida já parou para pensar no significado desta palavra tão falada e que também é tão almejada por todos? Mas será que felicidade tem um único significado? É bem difícil de definir isso, não é mesmo? Pois então vamos pensar um pouco a respeito...
Mas a felicidade é um estado de espírito permanente ou um momento de alegria, que pode ser mais curto ou mais longo, pelo qual passamos? Segundo o "aurelião", o significado da palavra felicidade é: Estado de perfeita satisfação íntima; contentamento, grande alegria, euforia, grande satisfação...
Esta semana eu estava conversando com um amigo no msn. Não falávamos direito há algum tempo e começamos a conversar. No começo o normal de sempre, ou seja, bobagens...até que em certo momento ele me questionou como ia a vida em uma nova cidade, começando em um novo trabalho, até porque desde que mudei, conversamos pouco. Eu não titubeei em dizer que estava tudo muito bem (como realmente está). O trabalho ótimo. Me adaptando à cidade e como usei na conversa, estou me sentindo bem, ou seja estou feliz. Exceto, e a sempre uma excessão, por um dente que insiste em incomodar. Cheguei a completar dizendo mais ou menos isso: sempre tem alguma coisinha ruim!
Então chegamos ao ponto crucial deste texto. Não menti ao dizer ao meu amigo que estou feliz, pois realmente estou. Mas isso não quer dizer que não tenham coisas me incomodando. Por mais que estejamos bem e contentes pela vida que levamos, sempre haverá pelo menos um motivo, por menor que seja, para nos deixar tristes. Mas não quer dizer que com isso a felicidade deva se esvair de nós. O que acontece é que normalmente, estas emoções negativas, se sobrepõem às positivas, pois deixamos isso acontecer, sempre que destacamos elas em depreciação das coisas boas da vida.
A felicidade não está em ter tudo perfeito em nossas vidas, pois problemas todos temos. A felicidade é sim um estado de espírito, que não é permanente, mas que se soubermos aproveitar, pode trazer mais, e mais, e mais alegria e aí, em compensação, a tristeza vai diminuindo. Mas como aproveitar esta felicidade momentânea? É simples: sorria. Sempre que você tiver coisas boas acontecendo, comemore, mesmo que sozinho, faça a sua própria celebração da alegria. Sorria, destaque sempre aquilo de bom que acontece em sua vida. Não ignore as tristezas, apenas não deixe elas dominarem seu dia-a-dia. Mostre à tristeza que você sabe que ela está ali, mas que, se depender de você, ela não terá espaço para aflorar.
Não é garantido que assim sejamos "Felizes para sempre", mas provavelmente a percentagem de momentos alegres em relação aos tristes será bem maior. É o que estou fazendo, encarando de frente as tristezas sem me lamentar e comemorando como nunca as alegrias. E assim estou feliz. \o/

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Tcheco é raça tricolor




Há muito tempo que acompanho o futebol. Sou apaixonado por esportes e já escrevi isso, aqui mesmo, em outros textos. Também não é segredo meu amor pelo Grêmio.
Pois bem, a cada dia a grande mídia noticia novas transações milionárias, envolvendo alguns jogadores de renome e grande qualidade e outros nem tanto. Aqui no Brasil então isso é ainda mais comum, até porque nosso futebol é um dos grandes formadores de bons jogadores, fato que atrai as potências europeias, que sempre vem em busca de novos craques. Em uma época onde o dinheiro faz muita diferença, fica quase impossível para qualquer clube manter um certo jogador por um período de tempo maior.
Também não podemos criticar os atletas por aceitarem as transferências, pois todos almejam melhorar suas vidas, bem como de seus familiares. Também é conhecido que muitos dos jogadores vem de famílias pobres, aumentando ainda mais o desejo e até mesmo a necessidade de melhorarem sua condição financeira.
Dito isso, chego ao ponto que quero tocar com este texto. Sou fã em especial de um jogador do Grêmio. O nome dele é Anderson Simas Luciano, de 33 anos. Não conhece? Nunca ouviu falar? Sim, porque para o público em geral ele é simplesmente Tcheco, capitão da equipe tricolor.
Tcheco é paranaense. Surgiu para o futebol no Párana Clube e já rodou por uma boa quantidade de clubes, com destaque para o Coritiba e Santos, além do próprio Grêmio.
Se bem me lembro, quando da sua chegada ao tricolor, em 2006, veio com uma certa desconfiança, até mesmo pelo fraco desempenho no Santos e por estar vindo de um clube da Arábia Saudita, o Al Ittihad. Apesar do "pé atrás" da torcida, em pouco tempo ele se tornou um dos principais jogadores do grupo que conquistou vaga para a Libertadores do ano seguinte. Em 2007 voltou a se destacar na disputa da própria competição, além de seguir como um dos líderes do time.
Além da competência dentro de campo, Tcheco foi sendo absorvido neste período por todo sentimento que um gremista sente pelo clube. Ao fim de 2007 uma nova proposta do clube árabe o levou de volta, mas deixou a promessa de retornar ao tricolor e assim o fez. Meio ano depois de sair, Tcheco fez questão de voltar.
Desde então, reforça em cada declaração seu carinho pelo clube. Não tem problema nenhum em se mostrar feliz no estádio Olímpico. Mas ultimamente o capitão vem sofrendo duras críticas. Parte da torcida não vem gostando de suas atuações e vem pegando no pé dele. O ápice das críticas veio com a criação de um site, especialmente dedicado a pedir a saída do capitão. É o saitcheco.com.
Absurdo isso! Onde encontramos hoje em dia jogador que demonstra carinho sincero por um clube de futebol como Tcheco pelo Grêmio? Onde se vê um atleta comemorar tanto um gol como ele comemora sempre que o Grêmio marca? Ele pula e vibra como um torcedor comum, não seguindo a característica da maioria dos jogadores. No Gre-Nal dos 100 anos, ao sair para o intervalo, respondeu como um gremista responderia à uma pergunta de um repórter. Queria ver o time com mais vontade de ganhar, pressionando o adversário, afinal, se tratava de um Gre-Nal.
Tcheco foge dos discursos prontos. Mostra sinceridade quando fala e um profissionalismo exemplar. É inadmissível que alguns torcedores (?) tenham escolhido ele para fuzilar com suas críticas infundadas. Tcheco continua sendo o maestro do Grêmio. Pode não apresentar um futebol de luxo muitas vezes, mas nunca deixa de jogar com raça e dedicação. E acima de tudo, demonstra um carinho pelo clube, que é raro hoje em dia no mundo do futebol.
Eu sou fã do Tcheco, como jogador de futebol e como pessoa.
Quero ainda vê-lo levantando uma taça com o manto sagrado, para se eternizar de vez no clube. E começo desde já a campanha: "Tcheco na calçada da fama do Grêmio já".
Enfim, força ao nosso capitão e que ele tenha em mente que, como o próprio site criado contra ele demonstrou, a maioria da nação tricolor está ao seu lado e torcendo por ele e pelo Grêmio.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Dia do amigo? nem vem...

Então diz que hoje é o tal do dia do amigo. Tudo bem! Eu até recebi algumas mensagens no msn e no orkut referente a tal data e aceitei numa boa, até mesmo para não ser mal educado, mas com certeza quem esperava de mim um "ah, obrigado, pra você também..." ou algo no tipo, com certeza se decepcionou. Não que estas pessoas não sejam amigas ou que não me importe com elas, mas é que realmente não concordo com este tipo de data. Porém, veja bem, não quer dizer que em algum momento da vida eu nunca tenha me aproveitado de alguma data dessas para agradar alguém. É óbvio que já aconteceu, mas acho que quando é no dia-a-dia é muito mais especial. Soa mais espontâneo, entende?
Voltemos a falar no dia de hoje, intitulado dia do amigo. Você com certeza ficou mandando mensagem para seus amigos, parabenizando pela data e recebendo respostas no mesmo tom. Na verdade, a maioria das pessoas fez isso. Mas aí pare e se pergunte. Quantas dessas pessoas fazem isso no dia-a-dia? Quantas das pessoas, que se dizem suas amigas, param em um dia qualquer, olham nos seus olhos e agradecem por sua amizade ou simplesmente o premiam com um gesto amigo? Não tenho a menor dúvida que a minoria teria pessoas assim em sua vida ou tem atitudes como essa. E não estou falando que sou diferente. Não mesmo. Também cometo este equivoco de não valorizar os amigos e só o faço em uma data apontada por alguém para isso.
Na verdade nem é uma desvalorização, pois acho que todos valorizamos as verdadeiras amizades, que por sinal são raras, mas é que não demonstramos isso. Mas hoje, porque alguém um dia disse que dia 20 de Julho era o dia do amigo, aí todo mundo lembra daquela pessoa que é especial e lá vai ela dar o "feliz dia do amigo fulano...". Muitas vezes, nunca disse para a pessoa que considerava-a como um amigo, mas nesse dia, ah não, nesse dia eu lembrei de você...hipocrisia...
Enfim, "Dia do amigo" é aquele dia que você e seu amigo estão juntos, seja para comemorar as vitórias ou para chorar as derrotas. Quando vocês estão juntos, apenas por estar, por gostar da companhia. Quando você precisa desabafar e aquela pessoa que você tem por amiga, está ali, pronta para ouvir e ajudar. Quando você estende a mão para seus amigos, seja literalmente ou não. Quando vocês cansam de falar tanta bobagem juntos, não aguentam mais rir e quando param e se olham o que sai é uma gargalhada só. Porque? Porque você se diverte com seus amigos e isso faz você ser feliz. Nossa... e que saudade dos meus amigos da adolescência... joninha, die, dion, nei... aqueles são mais que amigos, são irmãos... e era assim que eu me sentia com eles... feliz e certo de poder contar com cada um quando precisasse e a mesma coisa do contrário.
Dia do amigo é quando o verdadeiro sentido da amizade aflora em nossas atitudes diárias. A cumplicidade, o carinho, a compreensão e as broncas também. Porque amigo não é aquele que só afaga, mas também aquele que sabe a hora de dizer o que tem que ser dito, para ajudar a pessoa querida.
Enfim, caro leitor, dia do amigo é quando a amizade se faz presente e não em alguma data que alguém escolheu por algum motivo qualquer. Comemore suas amizades todos os dias, mas as verdadeiras, pois no dia que você realmente precisar de alguém, só os verdadeiros amigos estarão ao teu lado e falo isso por experiência própria.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

100 anos de rivalidade (3)


Hoje é um dia especial para as duas maiores forças do futebol do Rio Grande do Sul. Há exatos 100 anos nascia uma das maiores rivalidades esportivas do Brasil e até mesmo do mundo. No dia 18 de Julho de 1909, Grêmio e Internacional se enfrentaram pela primeira vez e de lá para cá, os dois clubes cresceram muito e muito desse crescimento deve-se à rivalidade.
O primeiro jogo entre Grêmio e Inter foi muito mais uma festividade do que um clássico. O Grêmio Foot-Baal Porto Alegrense, já com quase seis anos de fundação, fora desafiado por um novo time da cidade de Porto Alegre, o Spor Club Internacional. Até mesmo pelo fator experiência, o resultado não poderia ter sido muito diferente do que foi: Grêmio 10 x 0 Inter. A partida foi realizada no Estádio da Baixada e o primeiro gol da história do clássico foi do atacante Booth. Depois do jogo os dois times ainda foram confraternizar em um baile, demonstrando bem que a rivalidade ainda não se fazia presente.
Mas em 1915 isso começou a mudar. Em um novo embate, o Inter vence pela primeira vez, pelo placar de 4 a 1 e então nasce uma rivalidade.
De lá para cá o clássico e a rivalidade só fez crescer. São jogos memoráveis, ídolos eternos e heróis nos dois lados. A competitividade entre ambos, talvez seja o fator que fez com que os dois clubes tenham crescido tanto, sempre um querendo estar a frente do outro. E graças a esta rivalidade, hoje temos aqui no estado dois clubes campeões do mundo e duas das maiores forças do futebol do país e reconhecidos mundialmente.
Amanhã Grêmio e Inter irão se encontrar mais uma vez. O jogo no estádio Olímpico, casa do tricolor, vale pela 12ª rodada do Brasileirão 2009, mas para a maioria dos apaixonados torcedores da dupla, o Gre-Nal é um campeonato a parte, que vale até mesmo mais do que alguns títulos.
O Grêmio aposta no fator local para vencer o clássico. Sem poder contar com Thiego e Léo suspensos, Paulo Autuori ainda busca alternativas para formar a defesa do tricolor. Joílson e Rafael Marques são os favoritos para entrar no time. No ataque tricolor a dúvida era entre o argentino Herrera, e Jonas, mas no treino de ontem ficou definido que Herrera sai jogando.
No Inter o técnico Tite também tem problemas para escalar a equipe. Magrão e D’Alessandro suspensos não jogam. O volante Sandro deve voltar à equipe na vaga de Magrão e Andrezinho deve seguir no lugar de D’Alessandro. Outra dúvida do treinador colorado é em relação ao esquema de jogo. O 3-5-2 deu resultado contra o Fluminense, mas o técnico tem preferência pelo 4-4-2.
O Grêmio está há sete Gre-Nais sem vencer o maior rival. A última vitória foi em Setembro de 2007, pelo brasileirão daquele ano. Este ano foram três confrontos com três vitórias coloradas, todas pelo mesmo placar: 2 a 1.
O Gre-Nal dos 100 anos é o de número 377. A arbitragem será de Leonardo Gaciba. A partida de amanhã inicia às 16h.

100 anos de rivalidade (2)


O empresário João Veiga, 49 anos, é daquele tipo de torcedor que costumamos chamar de fanático pelo seu time do coração. Ele mesmo comprova isso ao afirmar que "o Sport Club Internacional faz parte da minha vida 24 horas por dia". E ele não está mentindo. No seu escritório a decoração é toda composta por quadros das conquistas do Internacional e uma cor é proibida: o azul do Grêmio.
Mas a verdadeira comprovação da paixão de Veiga pelo Inter está no seu apartamento. O imóvel tem dois andares e por onde olhamos encontramos objetos relacionados ao clube. No segundo piso a decoração é exclusivamente alvi-rubra. Vai desde a cor do sofá até os objetos do banheiro, passando até mesmo pelo teto da sala. Tudo em vermelho e branco e com o escudo do Internacional em destaque.
O amor do empresário pelo clube influencia inclusive no humor de Veiga no dia-a-dia no trabalho. "Quando o Inter ganha eu venho trabalhar com alegria. Mas quando perde eu sofro muito. Mas atualmente, na segunda-feira, quando eu venho trabalhar, a coisa que eu mais sinto alegria é ver a classificação do meu time", afirma o colorado com um sorriso de satisfação na face, já que o Inter ocupa as primeiras colocações na tabela do brasileirão.
Ele afirma que o clássico mais marcante para ele foi o Gre-Nal do século, disputado em 1989. "Eu estava assistindo esse jogo e o Inter estava perdendo por 1 a 0 e teve um jogador expulso. Mas o Inter ainda reverteu o resultado e nós ganhamos por 2 a 1", lembrou.
João Veiga tem uma opinião clara quanto à rivalidade. Segundo ele deve haver respeito entre as torcidas e aqueles que ofendem não podem ser considerados torcedores. "Eu não considero como torcedor quem vai ao estádio ou a um bar pensando em ofender moralmente o torcedor do outro time. Esse não é torcedor. É isso que está afastando muita gente do estádio", afirma o torcedor colorado, completando que "a rivalidade deve existir, mas de forma sadia. Deve existir uma corneta sadia, pois os clubes dependem um do outro".
Supersticioso, ele afirma que segue um ritual em todos os jogos. "Eu uso uma camiseta e se o Inter vence eu sigo usando até perder. Quando perde eu troco a camiseta porque aquela já está dando azar", afirmou João Veiga.
Entre tantos objetos do Internacional, ele sente dificuldade em destacar um em especial, mas é notório o carinho por tudo que leve o símbolo do clube.
Sobre a importância do Gre-Nal ele é enfático. "Perder o Gre-Nal e ganhar o campeonato perde a graça. O Gre-Nal é um campeonato à parte. É praticamente mais importante ganhar o Gre-Nal", afirma.
Esperançoso no time, João Veiga arrisca até o placar para amanhã. "3 a 1 com dois gols do Taison e um do Nilmar".

100 anos de rivalidade (1)


Aos sete anos de idade um dos objetos de desejo do garoto João Batista era um time de botão, pertecente ao seu tio, torcedor colorado. Certo dia este tio fez uma proposta ao menino. Ganharia todos os botões com uma condição: trocar de time. João Batista não teve dúvidas e respondeu: "Então o senhor pode ficar com os botões, porque eu vou continuar gremista".
Esta história representa bem o sentimento que João Batista Costa Saraiva, 50 anos, juiz de direito, nutre pelo tricolor. O amor ao Grêmio é tão grande, que hoje ele é cônsul do clube em Santo Ângelo. Quando solicitado a explicar o que sente pelo Grêmio, afirma: "Isso é uma trajetória de uma vida. É uma coisa de paixão e paixão não se explica, se sente".
Saraiva afirma que procura ir a todos os jogos do Grêmio em Porto Alegre, inclusive nos Gre-Nais. Apesar de admitir que a intolerância entre as torcidas esteja maior hoje em dia, acredita que o futebol de antigamente era mais violento que o atual. "Eu frequento estádio de futebol desde que eu tinha oito anos de idade. Acredito que o futebol se tornou muito mais civilizado. Eu sou de um tempo em que o campo de futebol era um espaço selvagem e hoje é um espetáculo, e evidente que um aglomerado de pessoas pode produzir algum conflito", afirma.
Questionado sobre um Gre-Nal que tenha marcado mais na memória, ele afirma ter vários confrontos inesquecíveis, mas destaca um em especial. O Gre-Nal de 1977, na decisão do campeonato gaúcho, vencido pelo tricolor com gol de André Catimba. "A década de 70 foi uma década colorada. E naquele ano o Grêmio montou um time espetacular, muito bem armado e aquela decisão foi épica. Ali se inaugurou uma nova era do Grêmio, que projetou nos anos 80 e 90 um período de mais de 20 anos de domínio do Grêmio no Rio Grande do Sul", salienta Saraiva, para depois completar que todo gremista da idade dele lembra deste jogo.
Em dia de jogo a camisa tricolor não pode faltar, além de sempre fazer o possível para ir ao estádio. João Batista Saraiva afirma ter camisetas do Grêmio de todas as épocas e chega a brincar que os objetos do clube e seus livros são os bens mais valiosos que possuiu. Mas o que tem dado orgulho especial a ele é a faixa do consulado, que é levada ao estádio em todos os jogos e pode ser vista por todos que vão ao estádio.
Saraiva acredita que o jogador mais importante do Grêmio hoje é o meia Tcheco e chega a fazer uma comparação sobre a importância dele no time com a de Riquelme no Boca Juniors.
Sem querer arriscar um placar para o clássico de amanhã, ele apenas afirma que o tricolor vai vencer bem e melhor ainda se for com um gol de Tcheco.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Ficam as lembranças...as amizades...e o aprendizado...

Lembro-me do dia 3 de Março de 2006 como se fosse hoje. Saímos pela manhã cedo de Rosário. Eu, o Milton e meu primo José Cláudio, o Zé. O motivo da saída ter sido cedo era em virtude da viagem longa que teríamos pela frente. Cerca de 4 horas de estrada até Cruz Alta. Não era a primeira vez que estaria na cidade, que seria pelos próximos 4 anos minha cidade, pois já havia ido anteriormente para fazer a comprovação de documentos e matrícula, mas levava comigo um sentimento diferente, já que sabia que estava indo para ficar dessa vez.
A viagem foi cansativa, como bem sabíamos que seria, e por volta das 11h30 chegamos ao nosso destino. Como combinado, fomos até o local onde eu iria morar na cidade. Uma casa de estudantes, com nove quartos. Em pouco tempo descarregamos o carro e fomos para outros compromissos de cunho social. Meu avô aproveitaria a oportunidade para rever um velho amigo e foi com ele e sua esposa que fomos almoçar. O almoço transcorreu normalmente e depois de algum tempo voltamos ao "Condomínio Central", que era a denominação do lugar onde passaria a residir.
Enfim era chegado o momento. Depois de um breve descanso de meu avô, ele e meu primo se prepararam para sair rumo a Rosário novamente. Eu, meio que ainda sem entender o que representava, me despedi deles normalmente, como se eles fossem apenas fazer um passeio, mas não era o que ia acontecer. Depois que saíram é que pareceu cair a ficha. Ao me ver ali sozinho, entendi o passo que estava dando.
Estava em uma nova cidade, sem ninguém da família por perto e com o desafio de iniciar a faculdade no dia seguinte, algo que também representava a realização de um sonho. Estava assustado com a nova realidade, mas feliz por ter conseguido finalmente ingressar na universidade.
Lembro-me que em determinado momento, já dentro do quarto número 4 daquele prédio, entre as várias incertezas e certezas que passavam em minha cabeça, soltei um sonoro "Eu consegui...". E esta expressão representou bem o que sentia ali. Estava assustado, com medo por não saber direito o que estaria reservado para mim, mas feliz, realizado por estar onde queria. Não tanto pela cidade em si, mas prestes a cursar Jornalismo.
É! Realmente nem mesmo em minha fértil imaginação eu poderia sonhar com tudo que se passou ao longo destes 3 anos e 4 meses de estadia em Cruz Alta. Foi uma época de uma intensidade sentimental incrível. Cresci como pessoa. Me tornei mais responsável, mais senhor de mim. Me conheci como ainda não conhecia. Venci muitos medos, assim como descobri que tenho tantos outros. Aprendi muita coisa boa, assim como também algumas sem nenhuma utilidade em minha vida. Aprendi a Amar, mas infelizmente, como reflexo disso, aprendi a sofrer. Muita gente passou pela minha vida nestes 3 anos e 4 meses. Fiz novas amizades, que acredito sinceras, assim como algumas que sei que não são amizades verdadeiras. Com certeza vou levar em minha memória muita coisa boa deste tempo e também muitas experiências de vida, que espero que sejam úteis nessa nova empreitada.
Agora, exatamente 3 anos, 4 meses e 11 dias depois, eu volto a sentir aquilo que senti no dia 3 de Março de 2006. Acabo de me acomodar em uma casa de estudantes em Santo Ângelo e por aqui irei ficar por algum tempo. Novamente sinto-me assustado com a mudança, sem saber direito o que irá acontecer, mas também carrego comigo a felicidade de estar alcançando mais um objetivo em minha vida. Espero obter mais sucesso do que decepções e em breve estar alcançando mais objetivos, mais sonhos. Ah, e são muitos por realizar ainda...e pode ter certeza, amigo leitor. Mr Gomelli pode sofrer, pode chorar, pode se machucar, mas jamais desistirá de seus sonhos, justamente por ter sentido o gosto e a satisfação de vê-los realizados. De Cruz Alta, ficarão guardadas as lembranças, as experiências, as amizades e tudo que aprendi neste tempo.
Mas principalmente o aprendizado de que tudo na vida acontece por algum motivo e tudo tem seu tempo. Nós, com nossa ansiedade, nossa vontade de dar o passo maior que a perna, queremos fazer as coisas de forma atropelada e é aí que muitas vezes nos machucamos. Podemos sim ter nossos objetivos e nossos sonhos, mas temos que saber que não será fácil alcançá-los e que não devemos desistir nas primeiras adversidades. É preciso lutar. É preciso haver superação, pois esta superação será recompensada.